10/06/2020

Coisas da vida

Olha, não curto muito esse tipo de coisa, mas quando me falaram que eu teria uma experiência completamente inédita, diferente de tudo que poderia imaginar, eu tive que aceitar. 

Minha vida sempre foi bem miserável sabe? Eu PRECISAVA de alguma emoção, qualquer coisa que fizesse sentir VIVA realmente. Saí de casa com uns 16 anos, na primeira oportunidade que tive, meus pais eram insuportáveis e eu não podia aguentar aquele tipo de coisa. Basicamente eles (meu pai e minha mãe JUNTOS) abusavam de mim constantemente e eu não tinha a quem recorrer, na verdade eu não tinha muita noção de como pedir por ajuda. Enfim, consegui fugir, anos depois voltei e cravei um cano de ferro do ânus de cada um, foi lindo, mas faltava alguma coisa.

Voltando... Um amigo chegou pra mim e disse que uma empresa estava realizando testes clandestinamente e precisava de umas 60 cobaias, ele me garantiu que era uma droga nova que a indústria farmacêutica desenvolveu na surdina, mas ele sempre foi louco por conspirações então não coloquei muita fé, mas aceitei participar de qualquer forma.

Tínhamos combinado que ele viria me buscar, me surpreendi bastante quando vi ele chegando com uma van lotada com aproximadamente 8 pessoas sobrando apenas um único lugar, para mim é claro.
Isso me lembra uma vez que me enfiaram no porta-malas cheio de bonecas de pano quando eu tinha 7 anos, era meu aniversário, meus pais disseram que iriam me fazer uma surpresa e por isso eu não pude viajar no banco de trás. Quando chegamos lá, meus olhos arderam com a claridade, mas quando senti a areia sob meus pés percebi que estava na praia e era absurdamente linda, mas estava vazia porque fomos no inverno, mesmo assim eu me animei muito. Minha mãe me levou para nadar e a água estava fria como gelo, tanto que meus ossos doíam, quando eu quis voltar pra areia ela segurou meu pescoço debaixo d'água, meus pulmões queimavam, olhos e narinas também, não sei quanto tempo fiquei lá, mas tudo ficou turvo e não consegui enxergar mais nada. Horas depois acordei em casa, apesar da minha mãe ser enfermeira, ela era uma mulher horrível que não se importava com as pessoas e, sempre me machucou muito.

Desculpe, meus devaneios sempre foram muito frequentes. 

Depois do que pareceu horas chegamos em um prédio enorme e muito bem conservado, quando Gregório (o amigo conspiracionista) estacionou, fomos logo recebidos por uma mulher de jaleco segurando uma prancheta que se apresentou como Rosana, parecia muito simpática e exalava uma aura de confiança, novamente para minha surpresa, ela já sabia nossos nomes e idades, confesso que me assustou um pouco. Rosana nos guiou para o subsolo do prédio, onde seriam realizados os testes e eu tenho que dizer, o prédio é simplesmente magnífico tanto dentro, quanto fora, mas tem um pequeno detalhe: depois de adentrarmos o subsolo, logo percebi que as salas eram como "caixas" de vidro blindado e em TODAS pelas quais passamos tinham cerca de cinco pessoas, completamente imóveis e sentadas, algumas salas estavam sujas de sangue no chão e nas paredes, mas em nenhuma delas haviam pessoas fazendo qualquer outra coisa além do estado catatônico em que se encontravam e, foi nesse ponto que eu comecei a me assustar de verdade. Sabe aqueles momentos de pura angústia quando seu pai ou sua mãe te ameaçam dizendo que vão queimar seus olhos com uma faca quente ou quando te fazem comer a areia do gato só porque você não foi uma boa menina? Então, fora mais ou menos assim que eu me senti naquele momento e ninguém poderia tirar aquilo de mim. Por que estavam todos parados? O que estava acontecendo ali? Era o que eu me perguntava. A única coisa que mexia comigo de verdade era aquele catatonismo.

O que se seguiu quando chegamos a nossa sala não foi nada muito assustador, quer dizer, Rosana pediu para nos sentarmos e nos deu uma pílula metade roxa metade vermelha.

OBS.: Neste ponto, eu já não via mais Gregório, meu pequeno grupo e eu entramos na primeira sala vazia que apareceu, então para onde ele foi? Achei que também fosse participar.

Bem, depois disso não recebi outras instruções senão "tome a pílula e se acomode", nada mais.
Eu tomei e me acomodei, os primeiros minutos (ou talvez horas) foram absolutamente nada, mas os efeitos chegaram pouco sutis, com uma leve tontura...
Olhe só a sala está vermelha... Será o sangue de alguém? Ou será que pintaram? Mas se pintaram, por que vermelho? Me lembra sangue e sangue lembra meus pais.
Xiu! A sala parou de girar.

- "Quem parou de girar?"

- "É mesmo... Quem?"

- "EEI! não gire o cano no rabo do seu pai!"

- " Ah que pena, já acabei hehehehe"

- "A sala parou de girar, Sofia."

- "Do que adianta a sala parar de girar se os malditos cachorros na calam a boca!"

Acho que não estou me sentindo bem... Isso me lembra da vez que meu pai e os amigos dele me fizeram usar drogas, não lembro quais, mas foi uma tragédia, daquelas que te abusam com um porno de palhaço reproduzindo na televisão por horas, daquelas que sua mãe te espanca porque acha que você está seduzindo o próprio pai... Sinceramente, o mar é realmente lindo! Eu sinto a areia, a brisa e os corpos sob meus pés. Sento-me num banco para observar a bela vista, mas sou interrompida por uma cabeça...

- "Você não se envergonha, Sofia?"

- "De quê?" Suspiro.

- "De tudo! De sua vida miserável, das pessoas que matou, dos seus irmãos de te abandonaram... Você pensou em fazer algo realmente bom? Quer dizer, eu entendo que sua infância foi difícil, mas e se você fizer algo bom pelo menos uma vez na sua vida, hm?"

- "Primeiro, não, não me envorgonho nem me arrependo. Segundo, você não entende porra nenhuma, eu não sirvo pra fazer coisas boas, eu sirvo apenas para causar sofrimento."

- "Isso é o que seus pais querem que você pense." Disse a sem-corpo, piscando pra mim... Repugnante.

- "Que se foda meus pais, eles estão mortos e adivinha só! Eu os matei. Não quero saber se é justo ou não, muito menos se é bom. Se tivesse outra chance eu faria pior."

- "A sala está girando, Sofia."

- "Cala a boca!"

- "A SALA VAI CAIR, SOFIA! ELA ESTÁ GIRANDO! GIRANDO COMO UMA ESPIRAL DO INFERNO, SOFIA!!! UMA MALDITA ESPIRAL DO INFERNO!"

- "CALA A BOCA, SUA CABEÇA MALDITA OU EU CORTO SUA LÍNGUA IMUNDA!"

Eu volto pra sala. Acho que vou vomitar... Eu preciso sair daqui. Eu preciso sair...

- " Você. Não. Pode. Sair. HAHAHAHAHA que pena"

Diz a figura humanoide totalmente preta sorrindo pra mim e ela me enche de pavor, eu estremeço até os ossos com cada sílaba que sai de sua boca asquerosa.

- "Sabe, Sofia..." Começa meu cachorro "a sala está girando loucamente e você morrerá como numa centrífuga hauhauaha coitadinha, vai morrer igual uma putinha"

- " AHHHHHH CALE A BOCA" eu pego um martelo e esmago a cabeça dele, quero ver esse cachorro me perturbar agora.

Eu sinto que estou girando lentamente, sinto meu corpo derretendo e então ele volta a sua forma original, vira estática e volta a sua forma original, derreto novamente e transformo-me numa jujuba e volto a forma original e então subitamente eu apago. Tenho que dizer, essa foi a pior experiência da minha vida. Nunca deveria ter dado ouvidos ao Gregório.
Quando acordo, vejo que não estou mais na sala, agora eu me encontro numa cama macia, me levanto e vejo Gregório sentado a minha frente de jaleco, escrevendo na prancheta.

- "Ah bom dia, Sofia. Como você se sente?"

- "Bom dia? O que você tá achando que é? Um doutorzinho? Achei que você fosse um drogado de sarjeta, mas não... Me arrastou pra essa porra!"

- "Bem, tecnicamente eu sou doutor, mas não o que você imagina hehe. E você veio livre e espontânea vontade, eu disse que seria inédito, não bom."

- "Aquilo foi real?"

- "Sim e não. Seu cérebro recebeu todos os impulsos necessários pra fazer da experiência palpável, porém seu corpo não mexeu um músculo. O que minha equipe está desenvolvendo é uma substância que proporciona —————— chamada N,N-dimetiltriptamina que ——————— e ————————— ixa de letalidade é ——————— um —————————————————————————

Sinto o quarto girar. Vejo o Gregório derretendo. Encaro-o.

- "Ei, ———— você está ———— "

- "Que?"

- " ————— "

- " Eu não-" apago novamente.

Dessa vez eu acordo na sala de vidro, ela está vazia. Minha cabeça começa a girar, literalmente. Socorro! Minha cabeça está girando, como isso é possível?! SOCORRO! A sala gira pra esquerda, minha cabeça gira pra direita. Meu Deus.

Eu apago...

Acordo na praia cheia de corpos, areia vermelha, mar vermelho. Os corpos levantam a uns 2 metros do chão, todos eles... Ahhh não... Eles pendem como se pendurados pelo tronco e começam a girar, muito, mas MUITO rápido. Meu corpo gira, minha cabeça não. A porra da minha cabeça está imóvel enquanto meu corpo gira.

Eu apago.

Autor: Koolt

13 comentários:

  1. tem uns erros de ortografia mas eu n entendi bem o final da creepy e n acho q se tivesse menos erros ajudaria.
    Alguém pode me explicar a creepy?

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    1. Ela ingeriu n,n dimetiltriptamina (DMT) é o composto ativo do chá ayahuasca, é um alucinógeno muito potente, então o final é assim pq ela ainda está viajando com a droga

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    2. ah saquei valeu pela explicação creepy top

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  2. Que creepy ridicula,erros de português,história sem pé nem cabeça... esses site já foi melhor.O que meu irmão de 7 anos escreve é uma obra-prima perto disso kkkkkkkkkkk

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    1. Realmente tem muitos erros, mas parece sem pé nem cabeça pq a protagonista está tendo uma viagem alucinógena causada pela dimetiltriptamina

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    2. Ta achando ruim manda teu irmão abrir um site e se responsabilizar por escrever todo dia para uns mimados igual tu vir reclamar achando que o site tem obrigação de te agradar.

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    3. Ele tem o direito de achar ruim e de falar que achou ruim, tá achando ruim por que ele achou ruim? Cada um tem sua opinião e as pessoas dão elas para tentar melhorar o site, se não o seu tão amado site vai achar que está postando creepys magnificas quando na verdade só vão estar postando coisas ruins. Se os donos do site não quisessem opinião não daria nem pra gente comentar, então cala sua boquinha e aprenda a respeitar a porra da opinião dos outros, porque se todo mundo falou que é uma bosta é porque é uma bosta.

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  3. PRGDL02022

    VISH!! Azedou o "cardo"....

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  4. Se a pessoa ler uma história e precisa dos comentários para entender essa história, é oq algo não está certo.

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  5. Que creepypasta bosta mano aprende a escrever primeiro.

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  6. Já perdi o interesse só ler a primeira estrofe.

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