23/05/2020

Encontro

Quando entramos na minha casa, foi quase que automaticamente para que caíssemos em cima do sofá e começássemos a nos beijar loucamente. Começamos a tirar as roupas, em conjunto, quase que sincronizados e continuamos no mesmo local. Eu olhei nos seus olhos, naqueles grandes e brilhosos olhos verdes, lembrei da minha genitora, da minha tão bela e delicada mãe, mas ignorei para não atrapalhar na nossa noite romântica.

Estávamos sem nada cobrindo os nossos corpos, ela continuou beijando-me e a forma que fazia, era óbvio que havia tempo que não beija alguém, dado que, no primeiro momento do nosso encontro, ela disse que tinha filhos e não havia saído com mais ninguém faz muito tempo. Já eu, naquele momento intenso, continue ignorando as suas palavras. Mas algo fez com que sua voz fosse destruída na minha mente ao observar a sua pele, a sua pele tão branca e nostálgica, quase que sendo um retrato de algo da minha infância. Eu estremeci o meu corpo e apertei a sua mão, que até ficou vermelha, e ela assustou-se por um momento. Expliquei o ocorrido, que exagerei no meu carinho.

- Eu te amo, mamãe, sempre vou te amar para todo sempre... Não é assim que você queria!? - Mais uma vez ela se assustou quando deixei escapar os meus pensamentos estranhos, mas eu percebi que não queria quebrar o clima e continuou naquele momento entre nós dois.

- Acho que nós não podemos fazer isso no primeiro encontro. Aliás, eu esqueci de alimentar o meu filho mais novo e preciso voltar para casa. Sinto muito por qualquer coisa, quem sabe essa semana podemos nos encontrar uma segunda vez, não acha? -Não foi difícil não reparar a cor dos seus olhos, roubados do meu passado, tão verdes e radiantes, que fez com que os meus dentes trincassem com as aquelas palavras, mostrando que estava com medo e percebendo o meu comportamento, o qual se transformou radicalmente. Ela estava visivelmente assustada, sua pele branca ficou um pouco amarelada por conta da palidez. Por alguma razão, esta sentiu aversão a minha pessoa, diante do nosso momento amoroso.

Ela tentou levantar, no entanto, já era tarde demais porque, naquele momento quente do nosso amor, eu comecei a penetrar no seu corpo, diversas e diversas vezes. Ela agarrou o meu rosto, com sua mão machucando a minha face, com a outra, arranhou os meus braços. Eu continuei olhando nos seus olhos e dizendo que estava com saudades, chamando-a de "mãe", lembrando o passado. Isso deixou ainda mais assustada, mas ficou concentrada no momento no qual eu estava penetrando o seu corpo, de forma um pouco selvagem e sem pensar no romantismo dessa noite.

O sofá ficou úmido, eu disse que estava apaixonado, e ela continuou contorcendo-se. Eu não parei de penetrar, em razão de que os seus olhos arregalaram-se, esta deixou escapar um gemido, que foi sendo censurado por aquele momento. Parei por alguns minutos para respirar e observar o que eu fiz, deixando-me chocado, fazendo-me caí do sofá, derrubando alguns móveis e se afastando daquela cena. O meu ódio ficou maior por perceber que não ela nunca vai ser a minha mãe, apesar das semelhanças e de roubar tudo do meu passado. Aquela mulher não era minha mãe!

Conheci ela em um site de encontros, cheio de pessoas carentes e desesperadas, senti algo que havia vislumbrado no meu passado e parecia ser muito ela, mas não... Eu enganei-me mais uma vez! A faca estava quase que grudada no meu braço, como se fosse parte do meu corpo e, para ter razão que não estava errado, fui ao encontro do seu corpo e penetrei mais dezenas de vezes o objeto. Não parecia ser a mamãe! Ela não conseguiu segurar o mesmo ódio que eu tinha por aquela pessoa quando o Sol era jovem. Eu não posso matar mamãe mais uma segunda vez, contudo sinto que eu vou encontrar ela de alguma forma, vou conseguir me vingar mais uma vez daquela pessoa do passado, aquele fantasma horroroso.

Eu preciso! Necessito disso! Não consigo dormir direito! Tenho que fazer mais uma vez! Sei que os seus olhos, a sua pele e a forma de se comportar são as partes chaves que eu vou conseguir encontrar a mamãe. Mesmo após morta, ela está em todos os lugares, e eu conheci uma mulher, creio eu que, dessa vez, eu posso me vingar, tentar sentir o que eu senti naquela época. Vou poder penetrar o seu corpo, dezenas e dezenas de vezes, com a minha faca e sentir o seu sangue sobre o meu corpo, livrando-me do sofrimento que ela me causou...

Autor: Sinistro

9 comentários:

  1. boa creepy. Deixou tudo bem explicadinho.

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  2. Aiin fiquei com medo, achei que vcs estavam trasando, mas vc tava penetrando ela cm afaca

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  3. hey, eu gostaria de saber se tem como poder trabalhar no blog?

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  4. hey, eu gostaria de saber se tem como poder trabalhar no blog?

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  5. Sinceramente, isso me deu uma breve lembrança de killing stalking

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  6. isso me lembrou taaaanto american horror story!!!

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