14/01/2020

O final da Terceira Guerra Mundial deixou consequências graves

A noite parecia que se tornava cada vez mais silenciosa. A casa estava escura, mas com iluminação necessária para que eu não tropeçasse em nenhum móvel, e o sofá era o que eu precisava para descansar os meus pés pesados, a programação continuava falando sobre a paz e o fim da guerra. Todos estavam felizes porque já havia acontecido muitas mortes, porém, as consequências das bombas atômicas - como seus efeitos, que até hoje estão deteriorando cada país que participou ou se envolveu, não diminuiu. A angústia nos olhos dos apresentadores tenta diminuir o pavor. Então, mais uma notícia apareceu, essas que costumam chegar a cada momento do dia, tanto no rádio quanto na televisão e até nas publicações de papel, falando sobre os efeitos dos explosivos atômicos, que cada vez parecem ficar mais mordaz.

"Últimas notícias e novidades sobre a nova doença sem controle: tenham cuidado com todos os membros da família, esses que apresentaram algum comportamento agressivo. De acordo com as informações, o último estágio é matar os seus filhos e depois os seus companheiros." - palavras do jornal semana passada, exibido durante o período da manhã.

"Os infectados costumam reclamar que estão vendo borboletas voando e, de acordo com os exames dos corpos das vítimas e agressores, os contaminados tiveram seu sangue transformado em uma pasta doce que atrai borboletas, como se fosse alimento. Elas sempre estarão acompanhando quem está sobre esse tormento." - notícia do início da semana em rádios frenéticas com as perdas que não param e ataques frequentes.

"Jornal Nacional das sete horas da noite. De acordo com as informações, os agressores estão sentindo uma fome feroz por carne; qualquer tipo de carne, tanto animal como humana. Esse é um comportamento bem típico de infectados. Nessas circunstâncias, em caso de algo semelhante, comuniquem às autoridades o mais rápido possível e se escondam com seus filhos. O mesmo serve para as crianças que estão assistindo, se observarem algo com seus progenitores. Canibalismo está aumentando antes das mortes e depois... Desejo boa sorte para todos e que Deus esteja com vocês!" - William Bonner tenta segurar as emoções, ao falar as notícias às oito horas da noite, antes que a programação ficasse em estática.

As crianças estão brincando no water-closet, dentro da banheira, e pediram para permanecer mais um pouco. Como uma boa mãe, deixei, pois não queria que ficassem mais tristes por causa do sumiço do seu pai, o meu marido. Desliguei a televisão, já que estava começando a falar mais uma vez sobre a trégua dos Estados Unidos e Irã. Hoje o dia foi muito calmo, e a única coisa que desejo é dormir, mas sempre fico até tarde das horas aguardando ele chegar. Minha preocupação maior sempre são as crianças, faço de tudo para que fiquem felizes e não saibam das coisas que estão acontecendo pelo mundo. Não é fácil você inventar uma desculpa cada hora do dia para os seus olhos inocentes e desejando o progenitor de volta.

Estava distraída, observando que eu precisava trocar o papel de parede de casa, e fiquei navegando na internet para vislumbrar preços baixos. A maioria das pessoas não cobrariam caro por, conta das mortes, e qualquer um trabalharia de graça para ter pelo menos o que comer. Fechei o navegador e desliguei o tablet, já fiquei tempo demais na sala e precisava ver como é que as crianças estavam no banheiro. Quando cheguei, observei que o meu filho, Rain, com seus oito anos, e a, Lee, com os seus onze, estavam dando tapas na água e brincando com patinho de borracha marrom. Eles ficaram tristonhos quando me viram, e eu disse que daria mais dez minutos antes que fossem dormir.

O tempo que eu dei para eles seria o necessário para lavar as louças e preparar as suas camas confortáveis e quentes para essa noite rotineira. Os meus passos foram ficando pesados e eu não estava me sentindo muito bem, com a sensação estranha de perigo. Pois, enquanto caminhava, estava ouvindo barulhos vindo da cozinha. Caminhei mais um pouco para perceber que a porta dos fundos foi aberta. Sei muito bem disso, sem precisar chegar até lá, dado que conheço o som e a sensação de arrepio nos meus joelhos quando a porta encontra-se arreganhada - dá, também, para ouvir a brisa sendo jogada dentro do imóvel e uivando como um lobo.

Cheguei até à cozinha para observar a carne espalhada por todas as partes, vindo da geladeira, e os seus pés, desequilibrados, pisando em cima dela. Ele estava espalhando todas as gavetas, derrubando as cadeiras e procurando algo. Eu vi o meu marido depois de quase dois dias sumido, este estava evitando falar comigo, mas era evidente que já tinha notado a minha presença, quando fiquei parada, apenas o observando e sem dizer nenhuma sentença. Várias coisas ficaram na minha cabeça e eu não sabia o que fazer diante da situação. Amarrada nesta circunstância, os meus lábios se tornaram tentadores para dizer algo simples:

- Amor, onde você esteve por tanto tempo? - em cada segundo que eu juntava as palavras na minha língua, ficavam pesadas e trêmulas, ao enxergar a atmosfera tenebrosa se envolvendo diante do seu comportamento incomum.

- Cadê a droga dos meus filhos!? Que merda de borboletas são essas invadindo a minha casa? Não quero perguntar por uma segunda vez, senão terei que lhe machucar! - o seu hábito ficou mais agressivo e ele começou a puxar as gavetas jogando-as nos seus pés e destruindo o assoalho. Eu fiquei mais nervosa e os meus membros começaram a tremer. Sei que a situação aparente diz uma coisa, mas minha cabeça quer acreditar em outra.

- Sua cachorra! O que você fez com as facas? Eu preciso de uma delas e irei ver os meus filhos! É melhor você não me esconder nada! Não aguento mais essas borboletas, estão deixando-me louco! - ele estava arrancando todas as gavetas do balcão multimóveis linea, abriu a geladeira onde estava todos os alimentos. Eu sabia que o seu único objetivo era vir na minha direção e dos nossos filhos inocentes no water-closet.

- Você não vai encostar em mim, nem nos meus filhos! É melhor sair o mais rápido possível, porque eu vou chamar a polícia e não vai desejar isso, nem eu quero. Por favor, nos deixa em paz... Você não é o meu marido e nem o pai das minhas crianças! - desde que nós nos casamos, eu nunca disse que guardava uma arma na caixa de sapatos, dentro dos presentes do meu pai falecido. Ele se aproximou, pronto para me atacar, e disparei três vezes no seu peito, fazendo-o cair no chão atormentando pela histeria.

As minhas mãos permaneceram apontadas na mesma direção que eu disparei quando ele estava em pé. Eu nunca havia matado ninguém e nem brigado com meu marido desde que nós nos casamos. Larguei o ferro no chão, e o seu cano estava fumaçando por conta da pólvora e a poeira seca. Respirou por alguns segundos até se entregar aos ferimentos no peito. Antes de mais nada, fiquei preocupada com os garotos e fui ao banheiro para encontrar os dois em paz. Me ajoelhei na banheira e acariciei os seus cabelos dizendo que tudo estava bem.

Eles disseram que queriam ficar um pouco mais dentro da água, mesmo que os seus dedos estivessem muito enrugados e os seus corpos inchandos por causa do fluído plácido. Eu estava sendo apenas uma mãe boa e fiquei a maior parte do tempo na sala, assistindo televisão, enquanto estava com fome, tanta fome que eu seria capaz de fazer qualquer coisa para preencher o vazio em mim. Continuei preocupada com os lábios inchados e roxos dos meninos e coloquei um pouco de batom hidratante, os seus olhos estavam muito abertos e brancos. Apesar da diversão com consequências, eles ficaram insistindo e deixei mais um pouco. Já estavam há quase dois dias na banheira e não paravam de insistir. Eu estou com frio, mas as borboletas aquecem o meu corpo e eu tento ser uma protetora e boa mãe...

Autor: Sinistro

18 comentários:

  1. Espera aí, quer dizer que mesmo depois de uma catástrofe nuclear, o Jornal Nacional vai continuar ativo? Não me assusta assim não cara xD

    ResponderExcluir
  2. Nunca comentei em nenhuma crepy desde q começei a ler as crepys do site ms de 2 ano atrás e tive q comentar nessa pq é a pior crepy q eu li

    ResponderExcluir
  3. gente nada a ver com essa creepy mas, alguem lembra o nome de uma serie onde um cara sonhava com um monstro que perseguia ele nos sonhos dele, entao ele ficou muito tempo tentando descobrir como matar esse monstro e acabou se suicidando

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. queria muito ler de novo mas nao acho de jeito nenhum

      Excluir
    2. Creio q vc esteja falando de Ubloo?

      Excluir
    3. Se for ea qualu estou pensando, ela se chama "Ubloo".

      Excluir
    4. essa mesmo, tava procurando faz tempo ja KKKKKKKKKK valeu gente

      Excluir
  4. Não é tão ruim se a gente analisar a estória da maneira sintética. Mas esta mal elaborada, por exemplo, crianças de 11 e 8 anos na banheira dando tapas na água, nessa idade não se tem esse comportamento. E no fim estão mortas, okk, ela imaginou os tapas. Mas por que??? Será que antes de morrer eles eram retardados? Tinham alguma debilidade? Oh céus, eles são casados há mais de onze anos e ela conseguiu esconder uma arma na caixa de presentes sem que ele descobrisse. Esse homem também era retardado? E me diga, qual a coerência de dizer que alguém trabalharia de graça só para ter o que comer? É de graça ou não é? Coloque assim “não é difícil encontrar alguém que trabalhe por comida”.

    ResponderExcluir
  5. Não é tão ruim se a gente analisar a estória da maneira sintética. Mas esta mal elaborada, por exemplo, crianças de 11 e 8 anos na banheira dando tapas na água, nessa idade não se tem esse comportamento. E no fim estão mortas, okk, ela imaginou os tapas. Mas por que??? Será que antes de morrer eles eram retardados? Tinham alguma debilidade? Oh céus, eles são casados há mais de onze anos e ela conseguiu esconder uma arma na caixa de presentes sem que ele descobrisse. Esse homem também era retardado? E me diga, qual a coerência de dizer que alguém trabalharia de graça só para ter o que comer? É de graça ou não é? Coloque assim “não é difícil encontrar alguém que trabalhe por comida”.

    ResponderExcluir
  6. Não é tão ruim se a gente analisar a estória da maneira sintética. Mas esta mal elaborada, por exemplo, crianças de 11 e 8 anos na banheira dando tapas na água, nessa idade não se tem esse comportamento. E no fim estão mortas, okk, ela imaginou os tapas. Mas por que??? Será que antes de morrer eles eram retardados? Tinham alguma debilidade? Oh céus, eles são casados há mais de onze anos e ela conseguiu esconder uma arma na caixa de presentes sem que ele descobrisse. Esse homem também era retardado? E me diga, qual a coerência de dizer que alguém trabalharia de graça só para ter o que comer? É de graça ou não é? Coloque assim “não é difícil encontrar alguém que trabalhe por comida”.

    ResponderExcluir
  7. Eh uma boa história porém foi mal elaborada

    ResponderExcluir
  8. As crianças estavam mortas desde o início?

    ResponderExcluir
  9. Mal escrita pra cacete. Como alguém que não tem domínio básico do idioma entra numa de ficar escrevendo contos?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não precisa ser um gênio na escrita para se expressar, não é mesmo? O que importa é a intenção, já que o blog se trata de "creepypasta dos fãs". Então, pelo menos, tenha modos e não venha do Amino fazer críticas exageradas e sem sentido algum.

      Excluir
  10. PRGDL02022

    Muito boa, gostei! Interessante ter se passado no Brasil.

    ResponderExcluir
  11. Na vdd nao gostei...
    Seria ótima se nao existisse...

    ResponderExcluir