11/01/2020

A Coisa

Você está em sua casa e é uma noite bastante fria. Vai ao quarto e aproxima-se da velha cama. Antes de chegar à cama, nota que algo está vindo ao seu quarto... Você sabe que mora sozinho nessa casa faz muitos anos, muitíssimos anos... Mas algo está se aproximando de você, da cama! Se esconde, o cobertor é um escudo e a falta de luz é mais um obstáculo para que aquilo não lhe pegue, mas não adianta, porque você não tem plano de fugir. Fica apenas observando enquanto aquilo passeia dentro do quarto escuro. Não há eletricidade, possivelmente é falha por conta da chuva.

Não consegue controlar o seu corpo porque sabe que está com muito medo, sempre teve medo dessas coisas, mas nunca teve coragem de enfrentá-las. Sabia que mais cedo ou mais tarde uma das coisas irá lhe ver e, o que vai acontecer depois disso, ninguém sabe... A coisa fica caminhando dentro do quarto, mas não liga uma lanterna ou acende uma vela. Aproxima-se de uma mesa e pega algo. Você não consegue se mexer e não consegue falar, apenas fica observando aquilo.

Uma adrenalina de medo e tensão começam a deixar você trêmulo, sabe que precisa fazer algo antes que seja tarde demais. Aquilo é uma das coisas que você mais teve medo desde o início da sua existência, sabe que aquilo não deveria está dentro da sua velha casa que você herdou de gerações, tem que fazer algo! Não pode deixar ser dominado pelo medo. Então, você finalmente tem coragem e vai esperar aquilo se aproximar suficiente e ficar distraído para quê faça algo.

Você saiu debaixo da cama onde esteve sempre escondido por vários meses e começa a caminhar, no escuro, despercebido como sempre foi. A coisa não percebeu a sua aproximação. Então, você caminha devagar, lentamente. A casa está escura, quando você se prepara para correr, para que possa atacar aquilo antes que seja notado: a janela do quarto abre por causa da tempestade e ilumina todo lugar. Nesse momento, a coisa olha para você e você olha para ela.

O tempo parece parar, ficando você e ele um olhando para o outro. Os olhos arregalados e a adrenalina fluindo de uma forma tão intensa que você não consegue controlar a sua própria respiração.

O seu medo é substituído por uma sede de sangue, você se torna extremamente sedento por sangue. O seu corpo trêmulo, começa a endurecer e você trinca os dentes, fechado as mãos com vontade de esmagar aquilo. A coisa fica imóvel, sem conseguir correr e nem se mexer, mas ele também está preparado para lhe atacar. Então, você faz o primeiro movimento, indo em direção àquilo, pronto para matar e morrer. Você é mais ágil e forte. Ele dá socos em seu rosto, mas você é bem mais forte, joga-lo contra a parede e ele se levanta tentando correr. Você o agarra, novamente, apertando o seu pescoço enquanto a coisa começa a ficar fraca e vai perdendo as suas forças e arrefecendo em seus braços.

Você observa o corpo daquele homem sem vida ao chão, e sabe que ele não é o primeiro que virá morar em sua casa. Você sabe que a família é construída por 5 pessoas: dois adultos e três crianças. Sabe que na manhã seguinte, eles chegaram porque que estavam fora e terá que matar todos para que você tenha sua casa novamente para você. Então, esconde o corpo do homem dentro da própria casa e fica embaixo da cama, aguardando escurecer. Sabe que essa é a hora melhor para que possa matar os invasores.

Autor: Sinistro

6 comentários:

  1. Achei meio fraca deu para perceber logo no comecinho que a gente que era o monstro

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  2. Há alguns erros de português, mas isso é algo que a gente aprende a melhorar com a prática. Fora isso, achei a ideia interessante, só não entendi direito se "nós" (o protagonista) somos uma criatura ou um ser humano mesmo

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