Primeiramente: John Valley, tenho 27 anos e se teve a oportunidade de ler esta carta significa que estou morto. Vamos do início, não quero me prolongar desnecessariamente. Com a recente conclusão da minha faculdade de psicologia, pude arrecadar uma quantia específica com o dinheiro obtido com o estágio e realizar o meu sonho de comprar uma casa própria numa vizinhança pacata e recomendada por um amigo próximo. Não sei se é correto chama-lo de amigo numa hora dessas, mas quero muito acreditar que ele foi ignorante sobre a história da casa. Quem vivia nela, sendo mais exato.
Na primeira olhada entrei com o corretor de imóveis para avaliar as condições e não pude deixar de notar a porta de um armário entre a sala e o corredor que levava aos quartos. Nela estava grudado um papel meio amarelado com os dizeres: "Não perturbe!"
Liguei para o meu amigo, nesse mesmo dia, procurando saber mais informações, e ele simplesmente respondeu que a casa lhe foi ofertada por alguém que não quis se identificar e que se recusasse não teria problema, ele poderia indicar um parente ou amigo pois o preço era o menos salgado dentre todas as outras casas que estavam desocupadas e que não importando quem fosse esta pessoa não se arrependeria do negócio.
Quanto mais perguntas eu fazia, ele ia se evadindo, como se não quisesse revelar mais nada e me passou pela cabeça ele ter até sido ameaçado de morte ao contrário do que me disse. Que tipo de cara faz uma oferta e se nega a dizer quem é?
Por isso, acredito com todas as minhas forças, que ele, à essa altura, está morto!
Não consegui saber, infelizmente, quem foram os moradores antigos. Mas a porta do armário me tirou o sono mais do que qualquer coisa que normalmente me preocuparia - como uma prova ou uma entrevista de emprego.
Escondido do corretor, arranquei o papel e o amassei. Mais do que o papel e o aviso... o que verdadeiramente me chamou mais atenção foi o olho mágico. Quem diabos coloca um olho mágico na porta de um armário? De um armário... Sério isso? O único da casa. Apenas no armário. Não faz sentido, à primeira vista.
Dei duas batidinhas na portas com dois dedos e não tive resposta.
Foi a primeira teoria: Alguém mantido em cárcere privado.
Mas não explicava o aviso. A menos que o morador anterior tenha se trancado por qualquer razão maluca, o que explicaria ele ser desconhecido. Aparentemente, o meu corretor não foi o mesmo do dele.
A vizinhança, em sua maioria, é composta por pessoas que se mudaram muito recentemente.
Felizmente (ou não) descobri a resposta para o mistério que ocupou minha mente por duas semanas. Um prazo que soou para o corretor para um morador tão ávido em adquirir seu tão sonhado lar particular.
Não me resta muito tempo, então serei o mais direto possível.
Consegui uma "cópia" da chave do armário, que, por sorte, funcionou e me possibilitou entrar nele. O interior é basicamente do mesmo tamanho que um porão ou sótão.
Sem lamparinas, mas terrivelmente encoberto de poeira em cada polegada. Usei a lanterna do meu celular e explorei até onde deu. na verdade, até onde eu pude contar com a sorte.
Ouvi passos atrás de mim e por reflexo me virei de frente à porta aberta e vi rapidamente um vulto correndo para fora. As dobradiças tinham chegado ao limite e ele ainda parecia estar lá, mas não sei porque fui tão idiota em ficar parado esperando algo me surpreender. mas tomei iniciativa tarde demais quando ele fechou a porta com uma velocidade incrível. Quase bati meu rosto. Gritei para que ele destrancasse e ameacei chamar a polícia.
Ele tinha grudado um papel do verso da porta - para o lado de dentro. Nele diz: "Sua vez de espiar agora".
Não sei como ele (ou ela?) escreveu com tanta rapidez, em segundos praticamente. O papel certamente já estava ali desde o início, pois está tão gasto e amarelado quanto o da frente.
Depois recebi um torpedo no celular de alguém anônimo, dizendo ser o ofertante da casa e me dando algumas instruções.
A última delas foi destruir o celular, pegar uma faca e cortar a carne de um rato infectado com alguma substância tóxica que ele injetou - tem pelo menos três seringas vazias aqui - e beber de pouca quantidade de sangue dele prometendo que a coisa fortaleceria minha boa memória... e que a obediência faria a vida do meu amigo ser poupada.
Não sei quem é esse cara, mas acho que sei qual é a jogada. Deve ser um plano para colher informações sobre novos moradores da casa. Alguém sempre tem que ficar espiando. Mas por que?
Meu tempo está quase se esgotando...
O processo vai se completar dentro de poucos minutos...
Vou dobrar esta carta e fazê-la passar pela brecha inferior da porta, depois usar a faca para cortar minha garganta. Quem sabe o próximo interessado na casa a encontre ou algum invasor.
Não... Sinto outras coisas... outras presenças. Aqui dentro e no resto da casa.
Pensando bem, talvez ainda dê tempo de dar uma espiadinha.
Autor: Lucas Rodrigo
Bem loco
ResponderExcluirEu meio que entendi um pouco, gostei
ResponderExcluirÓtima creepy
ResponderExcluirCaralho o cara conseguiu comprar uma casa com salario do estágio?
ResponderExcluirTo pensando nisso até agora, teria que passar 20 anos estagiando
ExcluirIsso sim é Assustador.
ExcluirBota a suspensão de descrença pra funcionar hahahahah :p
ExcluirNão entendi...
ResponderExcluirIsso sim é assustador.
ResponderExcluirEnviei sem acreditar muito que ia ser postado (pra ser sincero). Valeu CPBr :)
ResponderExcluirMenino me explica
ExcluirExplica ai
ExcluirO amigo do John forneceu todos os dados dele, até número de celular sabendo do seu desejo de conseguir a casa própria. A pessoa que espiava pelo olho mágico é basicamente um eremita forçado a vigiar os fantasmas da casa (o John fala que sente outras presenças), é um contrato onde só uma pessoa sabe dos termos e esse alguém é o ofertante que armou a cilada para o próximo morador (no caso, John). Assim que um novo inquilino chegasse, o espionador saberia que era pra cair fora e o olho mágico chamaria atenção dele, cedendo seu lugar. O ofertante infectou os ratos desse cômodo com a tal substância que coloca a vítima num estado de obediência ou transe hipnótico logo após assimilar as instruções. Se o ofertante ligasse novamente pro celular do John e não chamasse, era sinal de que tudo correu bem, o aparelho foi destruído e o novo espionador foi criado. Ele deu essa instrução justamente para chantagear a vítima sobre matar algum amigo ou parente. Vou dar um mega-spoiler aqui: O ofertante que não se identificou é o corretor. Pronto, já expliquei, até demais hahahah
ExcluirContinuei sem entender
ExcluirFicar vigiando os fantasmas é um tipo de punição, o que é possível graças à substância que estava no sangue do rato que ele bebeu. É um ciclo infinito. Alguém se interessa pela casa, contata o ofertante, depois o corretor (que são a mesma pessoa), o olho mágico no armário chama a atenção da pessoa, quando tudo estiver acertado ela vai lá movida pela curiosidade, alguém ligado ao corretor oferece uma cópia da chave (ele não trabalha totalmente sozinho), a pessoa entra no armário pra explorar, o espionador aproveita e sai, trancando o novo morador, em seguida o ofertante/corretor liga para se certificar de que o plano deu certo, a pessoa atende, é ameaçada a seguir as instruções, faz o que ele manda e se torna o novo espionador. Pode não acontecer de ser igual sempre, nem todo mundo tem uma extrema curiosidade como o protagonista sobre o olho mágico num cômodo que não seja quarto nem sala. Até esse ponto, de estranhar o olho mágico, a pessoa tá livre pra cair fora e esquecer disso. Será que agora fui claro?
Excluirfoi
ExcluirNamoral msm ficou muito boa, eu até achei q era gringa, continue escrevendo e mantendo a qualidade, espero ver mais Creepypastas suas aqui.
ExcluirParabéns
Cara, boa mas não entendi bem.
ResponderExcluirTenho que pedir o numero desse cara para jogar meu currículo onde ele trabalha para eu comprar uma casa também com salario de estagiário
ResponderExcluirEu n entendi :c
ResponderExcluirEu não entendi muito bem, muitos "por quês" e menos "porquês"
ResponderExcluirq?
ResponderExcluirTinha tudo para ser uma ótima história, mas o final não é nada convincente e ficam muitas perguntas ao ar.
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