O garoto atirou uma pedra em uma pessoa aleatória que passava pela rua, mas pedra não tocou a pessoa. Ele passou por dentro do corpo.
Foi naquele momento que ele pôde concluir que sua teoria estava correta: pessoas que são figurantes na sua vida na verdade não existem. Elas estão ali andando em seus carros, trabalhando ou simplesmente caminhando na rua para que a ilusão seja mais realista.
Mas alguns dos experimentos percebem essas coisas. Alguns até tiram a própria vida achando que vão descobrir a verdade, e as mesmas pessoas que eram figurantes na vida daquele experimento passam a apelida-lo de louco para que os outros experimentos não façam o mesmo.
A verdade nunca esteve coberta para alguém ter que descobrir antes de saber como funcionam as coisas. Nunca existiu um pano que a cobrisse e precisasse ser retirado. O que existe é a tolice. Esta sim é uma barreira pela qual a maior parte dos experimentos passa.
Quando um ultrapassa a tolice, procura por outros experimentos. Não há como diferenciar um figurante de um experimento. Não há sequer uma forma de saber se ele está falando a verdade; um figurante também vai falar que é um experimento, e tudo que você falar para ele será enviado para só Deus sabe quem.
O garoto que mencionei antes cometeu suicídio. A verdade é que não havia nenhum outro figurante na cidade dele, que não era das maiores. Esses figurantes sumiram logo após o cérebro do garoto parar. Claro que sumiram. Não havia mais nenhum experimento ali, logo os figurantes não tinham mais uma missão para existir.
Sim, é assim que funciona. A cidade também sumiu, mas voltará assim que alguém a observar de qualquer maneira. Se você for um experimento, diga para si mesmo como pode se provar que as coisas além do que sua visão pode enxergar realmente existe. Ou que um objeto que não está tocando é tocável. Ou que um som que não está ouvindo é realmente transmitido.
Claro, se você correr para fora de casa e olhar a rua, ela estará lá como sempre está. Os figurantes estarão lá como sempre estão. Mas eles não estavam lá antes disso, a menos que tivesse outro experimento observando também.
Preciso falar que um experimento raramente dura vinte anos. Sim, existem experimentos com oitenta anos de idade, mas isso não significa que ele existe a esse tempo todo.
Um experimento não nasce. Simplesmente, não nasce. Ele é criado do zero e colocado em um corpo que outrora fora de um figurante. Você que é um experimento e está lendo isso, sinto muito. Você pode ter sido criado neste exato momento. Seu passado não é alcançável o suficiente para você ter certeza de que ele existiu. Isso porque ele realmente não existiu.
Deve ser estranho pensar que você não viveu todas as suas memórias. Mas não se preocupe. Se você tem consciência de que não é um figurante, você é um experimento. Se você é um experimento, você possui pelo menos uma memória que é realmente sua. Ou não, se você estiver entrando nesse corpo agora. Quem sabe.
Também deve ser estranho pensar que, além de você não ter vivido todas as suas memórias, as pessoas com quem seu corpo compartilhou suas memórias provavelmente não tem sequer uma consciência.
Sim, figurantes não possuem uma consciência nem um raciocínio. Isso não significa que eles não pensam; eles são como um programa que faz o que tiver que ser feito para agir de acordo com seu propósito de criação. E só existem dois propósitos possíveis: controlar o corpo até que um experimento seja feito para ele ou só fingir ser uma pessoa até que não tenha mais uma utilidade.
Uma coisa engraçada é que um figurante que é feito para um dia abrigar um experimento possui uma memória, mas ele não a perde com o tempo. Um figurante com esse propósito é como um experimento, mas sem raciocínio: ele apenas segue ordens. Mas tudo que ele passa fica arquivado para quando o experimento chegar, ter uma memória real. Logo, esses figurantes não somem quando não estão na visão de um experimento, e os figurantes que têm contato com ele também não. Eu quero abrir os olhos dos experimentos. Perguntas serão sempre aceitas, e eu as responderei em outras postagens.
Eu sei de quase tudo. Tenho acesso total ao Centro Universal de Informações, e fui autorizado a usar como quiser tudo que existe nele. Você é um experimento. Você foi criado com uma razão que é unicamente sua, mas nunca vai encontra-la se não souber sequer onde você está e o que te cerca.
Autor: Fernando Vicente
Gostei
ResponderExcluir🤔🤔🤔🤔
ResponderExcluirDar o nome do autor tira a graça
ResponderExcluirEu já subia disso já que eu tenho byakugan!
ResponderExcluirEu já subia disso já que eu tenho byakugan!
ResponderExcluirLegalzinha, legalzinha. Às vezes fica mais complexa/enrolada do que precisa, a repetição prejudica um pouco, mas a história no geral parece bacana.
ResponderExcluirAliás, sobre essas histórias nas linhas de Matrix: que escapar que nada. Tô nem aí de produzir energia pra robô se posso viver numa sociedade mais ou menos confortável. Ainda que a parte de voar e ter poderzinho seja legal, não tô afim de viver comendo sopinha de água de esgoto e fugindo de robô.
Por isso eu disse mais ou menos. Sério, imagina que nossa sociedade na verdade é uma simulação criada por robôs que nem em Matrix. Eu prefiro mil vezes ficar aqui na máquina vendo anime e bebendo Coca-Cola do que viver fugindo de robôs e tomando sopinha.
ExcluirÉ mais confortável.
Alô? Alguém ... 😥
ExcluirEu diria que os humanos é que usam a Matrix, ou usavam antes dele começar a matar todos.
ExcluirOlha que bacana que legal
ResponderExcluirOlha esses raios de luz olha esses raios de luz
ResponderExcluirVou sair jogando pedra nas pessoas
ResponderExcluirDps disso também
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