17/04/2018

Eu e Meu Irmão Vimos Algo Assustador – Parte 2


Era sábado e meu pai já havia voltado ao normal depois de ontem. Como era o dia de trabalho dele, ele foi terminando de tomar o seu café e preparando seus papéis na sua mala. Minha mãe está na cozinha lavando os pratos e tigelas. Matt assistindo Tom & Jerry na sala e eu estou no meu tablet jogando no sofá. Quando meu pai já ia se despedir de minha mãe, alguém bateu na porta. Meus pais trocaram olhares, e meu pai foi atender a porta.

“Bom dia, Sr. Hungers. Como vai?”, era Tommy, seu sorriso me dá medo.

“B-bom dia, vou bem”, meu pai engoliu a seco diante de Tommy.

“T-tenho que ir”, se virou e deu um beijo em mim e Matt. Deu o último aceno e fechou a porta.

De tarde, fomos brincar na varanda de pega pega e vi Tommy saindo de sua casa. Aquele sorriso não desgrudava de seu rosto e sempre vestia as mesmas roupas pretas. Ele viu a gente e andou na nossa direção. Paramos de brincar e ficamos parados com os nossos olhos fixos nos dele, o medo começou a subir.

“Olá crianças”

“O-olá”, falamos em uníssono.

“Hehehehehe...”

Sua risada fez meu corpo estremecer e vi que Matt sentiu a mesma coisa que eu.

“Vocês são tão fofos, eu adoraria conhecer vocês”

Tommy nos levou ao banquinho que fica debaixo de uma árvore e sentamos. Matt se afastou de fininho de Tommy, se juntando a mim.

“Como vocês se chamam?”

“Eu sou Matt e ela é Alice”, Matt não tirava os olhos de Tommy, observando sua ação e seu comportamento.

“Belos nomes para um menino tão gentil e uma menina tão linda”, redirecionou seus olhos pretos para mim.

“O-obrigada senhor”, Tommy abaixou a cabeça e voltou a olhar para Matt, que ainda não tirava os olhos.

“S-senhor, como vo-“, cortei-o

“Matt, temos que fazer o dever de casa. Esqueceu?”, menti, a presença de Tommy me deixa desconfortável e essa foi a maneira que eu achei para me livrar dele.

“Mas...”, Matt franziu a testa.

“Vamos, você não quer receber zero da professora...”, fui interrompida por Tommy.

“Melhor vocês irem, porque a mãe de vocês está logo ali na porta”

Olhamos para a nossa mãe, ela estava muito brava. Matt e eu corremos para dentro de casa e minha mãe nos proibiu de sair por três dias.

Era melhor ficar em casa do que sair e se deparar com Tommy te observando no outro lado da cerca, a espera pelo alvo certeiro.

Seu sorriso de orelha a orelha que nunca saía de seu rosto, suas roupas pretas que mais pareciam armaduras, seu jeito de olhar e falar dava um certo medo em qualquer um. Com certeza, tem algo errado com esse Tommy.

*

Mais tarde, Matt queria falar comigo. Era sobre a respeito de Tommy, nosso vizinho misterioso. Ele acha que ele é um assassino ou algo do tipo. Para mim, é um homem perigoso e devemos tomar cuidado com ele. Matt acha isso como verdade, e ele tem certeza que o homem é assassino ou sequestrador, como o Jack O Estripador.

“Será que ele já matou alguém?”

“Não sei e nem quero saber, o que eu mais quero é que ele fique longe de nós”

“Eu não sei, eu estou com medo”

“Eu também, mas não devemos ficar mais per...”

Fui cortada quando ouvimos um barulho de fora da janela. Matt se encolheu todo como se estivesse com muito frio, expressão de choque em seu rosto. Olhei para a janela com a boca boquiaberta, meu corpo paralisado. E então ouvimos um grunhido, seguido de um galho sendo pisado.

Matt saiu em disparada para o seu quarto, me deixando sozinha. Quando me levantei ouvi galhos sendo pisados, mas mais perto da janela. Lágrimas começaram a correr nas minhas bochechas e caindo em minha blusa, tinha certeza que era o Tommy fazendo isso. Quando ouvi o último barulho, corri para a sala a procura de minha mãe, por sorte ela tava na sala assistindo TV. Abracei-a mais forte, minhas bochechas molhadas e os olhos cheios de lágrimas.

“O que foi, Alice? Por que você está chorando?”

“Tinha algo do lado de fora da janela do meu quarto, mãe”

Minha mãe não acreditou no que eu disse e foi para o meu quarto investigar. Eu fui atrás dela, ainda com muito medo. Matt tava na porta de seu quarto, segurando o seu ursinho de pelúcia e chorando. Minha mãe o chamou, mas ele se recusou. Quando chegamos no meu quarto, a janela tava intacta, ninguém havia entrado ou quebrado ela.

“Alice, não tem nada na janela”

“Mas mãe, tinha alguma coisa na janela”

“O quê?”

“Só ouvi barulhos nos arbustos, galhos sendo pisados e um grunhido”

“Talvez seja só um gato, guaxinim ou um cachorro, filha. Nada de mais”

Ela abriu a janela e olhou para todos os lados, estava muito escuro lá fora.

“Viu, não tem nada, agora vá dormir”

Ela fechou a janela e a trancou. Fiquei uns 10 minutos olhando a janela, para ver alguma coisa que estava me assustando. Cobri a janela com a cortina e fui me preparar para dormir, ainda muito assustada pelo ocorrido. Não tirava meus olhos da janela nem por um segundo até que finalmente fui para a minha cama. Amanhã eu conto mais sobre esse Tommy.

Autora: Ely Costa

20 comentários:

  1. Levei um susto no começo da história...

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  2. Tommy.. Matt???? É NOIS Tommy Taffy

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  3. Quando li a risada, a coluna vifoj geléia. Para não que o bicho ta bom!

    não precisa esse Tommy ser o boneco do capiroto. O visual do seu é mais legal.

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  4. Pra essa creepy ficar tinindo de boa, só falta o elemento principal: a impotência dos pais perante a invasão do tommy

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    1. E um português melhorzinho, não querendo ofender nem nada, só dizendo msm pq faz diferença

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  5. foi o que eu disse na ultima vez, se for pra falar do Tommy que seja uma creep boa e não estrague ele, parabéns, você está mantendo uma história boa e digna, continue ! :D

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  6. Essa risadinha do Tommy me dá calafrios mano. "Hehehehehehe"

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  7. Não querendo desmerecer a creepy, mas eu só fiquei angustiada pq já conheci a historia do Tommy, pq não é nada surpreendente essa creepy, acho que está se desenrolando mto lentamente, e é mais do mesmo. Seria interessante uma creepy que contasse oq o tommy é, como ele surgiu, como ele escolha as famílias.

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    1. Eu concordo, poderia ser uma creepy contada da visão do Tommy ou algo assim.

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  8. Achei a creepy otimaaa
    Mas tire a foto. É uma ordem '-'

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  9. Eu to gostando da Creepy.Só quero dar uma sugestão sobre o tempo.Eu fico meio perdida porque você começa com um belo dia, ou no dia seguinte e ao decorrer do parágrafo fala como se fosse "hoje"
    Eu não sei se to sendo boba e tudo mais, mas é que acabo ficando bem perdida com isso.
    A creepy tá ótima! Ansiosa pela 3ª parte ;)

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  10. Eu voltando aqui pra ler uma creepy de 4 anos atrás 😀

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