Me chamo Regina Alcântara e morava em São Paulo no ano de 1995, na época eu tinha 16 anos e morava com meus pais num casarão antigo deixado pelo meu avó. Nós éramos uma família de classe média e nada faltava para mim, mas depois que meu pai perdeu o emprego de carteiro começamos a passar por bastantes dificuldades, era a pior época que já tínhamos passado e as costuras da minha mãe já não eram suficientes para suprir todas as despesas.
Eu era uma moça bonita de pele negra, cabelos ondulados e um sorriso extremamente bem cuidado; até tentei ir numa agência de modelos tentar algum trabalho, mas não passei nem da entrada, a recepcionista me olhou dos pés a cabeça naquele dia e me senti um lixo. Todos os dias eu saía de casa na esperança de encontrar algum trabalho para ajudar meus pais, mas nunca encontrava nada, nem mesmo trabalho de domestica.
Aos poucos meu pai começou a vender alguns móveis, mas não era para comprar comida ou pagar contas e sim para tomar bebidas; com o tempo ele até criou uma alta dívida no bar que ficava no centro.
Minha mãe começou a ter depressão e eu já não tinha mais como ajudá-la, pois meu psicológico também estava abalado. Era insuportável ver meu pai chegar bêbado em casa todas as noites e escutar os gritos de fúria misturados com os choros da minha mãe, não tinha como deixar de ouvir mesmo que eu abafasse os ouvidos com o travesseiro.
Era uma tarde de sábado quando saí novamente para procurar um emprego e mais uma vez não encontrei nada; chegando em casa percebi que tínhamos visita, havia um chapéu no cabide que ficava na sala. Quando entrei vi meus pais sentados no sofá conversando com um homem bem alinhado, com roupas de boa qualidade e um cabelo bem cortado, parecia ser um homem da alta sociedade e realmente era. Meu pai me chamou para se juntar a eles, mas eu disse que estava cansada então o cumprimentei e subi para o meu quarto.
Fiquei me perguntando aquele dia o que meus pais tanto conversavam com aquele homem. Durante um tempo cheguei a desconfiar que talvez ele quisesse comprar a casa, mas depois ele não voltou mais lá e também não quis perguntar nada sobre aquilo, minha cabeça já tinha problemas demais.
Dias depois uma mulher veio até a nossa casa, ela estava acompanhada de duas crianças, eu apenas observei do que se tratava a conversa e ela falou sobre uma grande quantia de dinheiro.
Subi para o quarto com um sorriso cheio de emoção, finalmente as coisas começariam a dar certo novamente e meu pai quitaria sua divida. As dificuldades já eram tão insuportáveis que certo dia encontrei minha mãe pedindo dinheiro a vizinha, logo minha mãe que era um poço de orgulho.
Mais um dia se passou e minha mãe me pediu para que eu me arrumasse, pois teríamos um grande evento de comemoração, jantar seria dado para comemorar o sucesso dos negócios do papai que logo teria um bom dinheiro em mãos. Chegada a hora do jantar os convidados se sentaram a mesa; o homem elegante, a mulher acompanhada de duas crianças e um senhor que parecia meio bêbado. Meu pai cochichou para minha mãe que o senhor era o tal dono do bar.
Meu pai se levantou e deu boa noite aos convidados, minha mãe pediu para que eles ficassem a vontade e se servissem. Depois do jantar meu pai disse que estava na hora da negociação começar. As propostas eram muito boas, mas eu não entendia qual interesse eles poderiam ter numa casa tão antiga. Meus pais ficaram um bom tempo falando de valores e fazendo negociações e era muito difícil para mim imaginar que a casa onde passei a infância seria vendida, ela me trazia tantas recordações boas. Meu pai me perguntou porque eu estava chorando e eu disse que não era para ele vender a nossa casa e que daria um jeito de arranjar um emprego para ajudar nas despesas.
‘’-Você já está ajudando eles.’’ Disse o homem enquanto entregava um cheque para o meu pai que agradecia com um sorriso generoso.
Foi nesse dia que descobri que eu estava sendo leiloada como um objeto pelos meus próprios pais. Acabei me casando com aquele homem, mas pouco tempo depois ele faleceu me deixando uma boa herança, mas nada que me faça esquecer a crueldade humana.
Autor: Andrey D. Menezes.
(Hoje trago pra vocês uma proposta um pouco diferente, não sei se vocês vão gostar, mas espero que sim. Estou construindo aos poucos uma creepy que ia postar hoje, mas lembrei do conselho de vocês sobre ir mais devagar rs.)
(Ps:Obrigado pelos conselhos e quando forem ''brigar'' comigo tudo bem, já acostumei um pouco, mas sejam mais gentis com algumas pessoas nos comentários. Um menino postou uma creepy nos comentários e quase foi linchado rs, não estou aqui pra dar lição de moral, mas lembrem-se que sempre erramos e sempre estamos aprendendo na vida.)
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ResponderExcluirCreepy top... Demais
ResponderExcluirFoi legal, gostei de como a história se desenrolou, só esperava um final um pouco diferente, o que acabou me decepcionando
ResponderExcluireu previ esse final, triste que ela não tenha previsto pq podia pegar o cheque e sair correndo
ResponderExcluirEsse Andrey tenta, tenta. Mas tá ruim demais cara.
ResponderExcluirTenta você.
ExcluirHoje em dia chama qualquer coisa de "muito bom".
ResponderExcluirQue final foi esse? Contou uma história inteira e o final "jogou".
Vou chamar de final BOZENA
O que tem de assustador nisso
ResponderExcluircaralho amg, sangue frio voce ein... vc quer algo mais assustador que a crueldade humana? kk
ExcluirAêê Andrey, mt bom. Não é bem uma creepy, mas na proposta que vc trouxe ficou legal sim. Espero que a moça tenha tido uma boa vida e não tenha dado um centavo pra "família" dela, já que devem ter aproveitado bem a grana "suja" que ganharam com a filha :D hehe
ResponderExcluirA Creepy tinha tudo pra ser 10/10, mas esse final tá bem ruim
ResponderExcluirNão vejo como uma creepy e sim como um conto comum... Gosto do que você escreve, mas muitas vezes acaba não sendo assustador e acaba destoando da proposta do blog. Mesmo assim você tem muito o meu respeito, porque mesmo que te critiquem você tá sempre se esforçando. Tem gente que é "O" crítico e age como se fosse "O escritor" também.
ResponderExcluirContinue tentando e se aprimorando, terror/horror são coisas difíceis de escrever, mas quando você pegar o jeito vai dar muito bom.
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ResponderExcluirFoi ótimo!!
ResponderExcluirAs pessoas criticam demais...
Foi ótimo!!
ResponderExcluirAs pessoas criticam demais...
Só pelo nome andrey no final não vou nem ler.
ResponderExcluirkkkkkkkkkkk fdp
ExcluirHeuheueheuejeuejeuejeueehueheheeheuheueheue esbocei d+
ExcluirMelhor pessoa
ExcluirApesar de ser um direito seu, esse comentário foi completamente desnecessário/inútil.
ExcluirEu percebi que você desenvolve a creepy mas não consegue finaliza-la,tenta fazer o final com calma,mesmo se a creepy ficar grande não tem problema,o importante é ficar boa.
ResponderExcluirMuito ruim! O cara posta como se fosse blog pessoal dele. Tá na hora de tirar esse cara daí!
ResponderExcluirSENSACIONAL! CONTINUA ASSIM ANDREY <
ResponderExcluir10/10
Mano, tu escreve bem, mas essa " creepy " bem que poderia ter um fim kk, ela é até bem envolvente
ResponderExcluirSucesso mano
Oi,Andrey. Não gostei da ideia da creepy, mas apesar de alguns erros ortográficos e a repetição de palavras no mesmo parágrafo (que torna a leitura muito cansativa) tu soubeste construir bem o texto; mas o final decepcionou legal. Abraço, espero ter ajudado.
ResponderExcluirVou deixar aqui a indignação de que não podemos mais dar a opinião sem a pessoa se ofender (leia com a voz do Julinho da Van)
ResponderExcluirTá certa a indignação!
ExcluirDar opinião e critica é uma coisa, faltar com respeito como você fez é outra, aprenda a fazer criticas construtivas, em vez de sair bostejando por aí, acha que terror/horror é só coisas satanicas, rituais, essas coisas ? Quer fazer melhor ? monta a porra do blog que tu quiser e vai escrever as tuas historinhas lá...Eu hein -.- (Povo besta)
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ExcluirMandou muito bem palestrinha!
ExcluirNão ia comentar nada, mas depois de ler os comentários resolvi dar a minha opinião, eu até que gostei
ResponderExcluirSempre vem os críticos autênticos de literatura para falar mal...
ResponderExcluirA creepy foi muito boa. O problema dessa galera é achar que toda creepy precisa de monstros e morte. A sua foi muito boa por conseguir mostrar a realidade de muitas pessoas pelo mundo afora. Continue escrevendo, você está sempre progredindo!
Andrey, eu sempre leio o que tu posta. Sim, a maioria das vezes não é legal, você se empolga e acaba deixando um detalhe aqui ou ali se passar, detalhes essenciais. Acredito que se você apagar pelo o menos três parágrafos e reescrever, ficaria melhor. Você pode desenvolver coisas que tornem a História horripilante, coisas como: tráfico de meninas, mutilação de corpos, rituais, culto satânico,essas coisas sabe? Um homem rico compra uma mulher só pra casar? Rico/comprar pra casar? Muitas já estariam ao pé dele de graça. Refaça com calma, eu aposto em você, campeao!
ResponderExcluirEu jurei que seria pacto, entao me surpreendeu
ResponderExcluirFoi fraco beirando o derrame na narrativa desculpa nao quero ser chato mas o final foi tao previsivel que eu desisti quando vi classe media e carteiro.
ResponderExcluirLembrou-me do filme "Get Out" ("Corra!" ~ título no Brasil). Conta a história de um jovem negro que namora uma bela moça loira. Um dia, ele vai à casa dos pais dela para conhecer a sua família, até que, depois de alguns dias, ele descobre que a mulher é uma sedutora de homens negros, e que a sua família promove leilões para vendê-los. Muito bom, o filme; recomendo.
ResponderExcluirEu achava que ela iria ser estuprada, até pensei em escravidão fora de época, podia ter algo mais "impactante".
ResponderExcluirEu sempre volto nas creepys do Andrey por causa dos comentários... é bem interessante *-*
ResponderExcluirEu adoro tbm
ExcluirSó pra ver a treta kkkkkkkkkkk
ExcluirKkkkkkkkkkkkkkkk
ExcluirOi Andrey ♡ eu gosto de como vc ecreve e gosto das suas estórias ♡ nunca desista de escrever!
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