Quando meu
velho amigo da escola, Eric, ligou para casa, eu fiquei mais do que chocado. E
pensar que ele lembrava o número. Havia trocado meu celular várias vezes desde
a última vez que havia falado com ele.
"Quanto
tempo, Keener", ele disse para mim.
"Você
ainda se lembra do apelido também", respondi, sorrindo para o nada.
"Nunca
esqueço", ele disse, rindo, "Então, vou estar na cidade esse final de
semana, só no sábado, você está livre?"
"Sim cara,
vai ser ótimo ver você."
"Digo o
mesmo. Darren e Gazz ainda estão por aí?"
"Não, eles
foram para a universidade e eu meio que perdi o contato."
"Você é
bom nisso", ele disse, se referindo ao fato de não termos conversado por
um longo tempo.
"Ei, é uma
via de mão dupla."
"Brincadeira,
nos vemos no Charlie's às sete?"
"Sim, é um
dos únicos lugares que ainda tem aqui. Quando o mundo acabar, a última coisa a
sumir provavelmente vai ser aquela placa."
Nós dois rimos.
"Estou
ansioso para te ver."
E foi isso. Uma
conversa rápida, como se não houvéssemos nos separado nem por um dia, imagina
quatro anos.
É incrível como
sua cidade natal muda conforme o tempo. Quando você mora nela, as mudanças são
pequenas e infrequentes, é como se nunca mudasse realmente. Mas para o Eric, ia
parecer tão diferente. A biblioteca do cruzamento era agora uma pilha de
entulho. O posto policial era meu vizinho, vindo da extremidade da cidade. E os
semáforos, eles não estavam lá antes. Mas agora eles brilhavam em fases como
luzes natalinas.
Cheguei ao
Charlie's. A placa de neon desafiava os anos enquanto iluminava o céu noturno.
Ela zumbia e piscava, chamando a atenção dos clientes, persuadindo-os a entrar.
Sabendo que dentro seria aconchegante, e teria cerveja no balcão.
Uma fumaça
fedorenta me cumprimentou assim que abri a porta. A jukebox retrô dava seu
máximo em tocar a música country que lhe empurraram; como um velho recitando
canções que há muito esquecera. E lá estava ele, sentado em um banco de frente
com o bar.
"Ei, Eric,
já podemos te chamar de Doutor?"
Ele corou,
"Ainda não, Mike, tem mais alguns anos até poderem."
"Bom te
ver, cara", ele disse, me dando tapinhas nas costas.
Ele exalava
álcool.
"Igualmente.
A quanto tempo está aqui bebendo? Seu hálito parece vodka pura!"
"Eu
cheguei um pouquinho mais cedo, e temos que viver o presente."
O encarei,
preocupado em ter ofendido meu velho amigo. Pelo que pareceram minutos, nós
permanecemos olhando um nos olhos do outro, até que Eric se rendeu, um sorriso
apareceu em seu rosto.
"Tô
zoando! Só porque fui para a faculdade de medicina, não significa que não tenho
senso de humor."
Aliviado, eu
sorri de volta.
"Deveríamos
pegar uma mesa?" Eu perguntei.
"Tudo no
seu tempo; deixe eu te pagar uma bebida, qual você quer?"
"Uma
cerveja?"
"Bom, pelo
menos seu gosto não mudou. Ei Mike, você se lembra de quando Darren bebeu todo
o Miller Light do seu pai? Nós o encontramos numa piscina de vômito no
porão."
"Sabe, meu
pai ainda menciona isso quando descemos lá. A marca do vômito ainda aparece no
concreto", eu disse rindo.
Era como se ele
nunca tivesse me deixado.
Peguei minha
cerveja e nos dirigimos para uma mesa.
"Então,
como a Universidade te tratou?" perguntei.
"Foi bom,
bom. Trabalho pesado, mas vale a pena."
"Por que
você não voltou antes?"
"Uh,"
ele gaguejou.
"Tudo bem,
você não queria se misturar com a gente, caipiras, é muito baixo para o seu
nível." Respondi.
"Ah, cara,
não é bem assim."
"Estou
brincando, você está muito nervoso."
"Desculpa,
me sinto mal sobre isso. Você sabe como é, em período letivo eu não podia, e
nos feriados eu estava trabalhando."
"Trabalhando
no quê?"
Eric tomou um
grande gole de cerveja antes de admitir, "Estive trabalhando no necrotério
da Universidade, sabe, ajudando."
"Puta
merda, sério?"
"Sim, eles
pagam muito bem."
"O que
você fazia?"
"Tinha que
lavar os corpos para a preparação dos funerais."
"Porra,
não tem dinheiro que pague isso. Quanto você ganhava?"
"$50 por
hora."
"$50 por
hora? Ok, talvez isso pague o serviço."
"Não é
fácil como você está pensando."
"Que?
Pegue uma esponja, esfregue em algum velho e leve para casa um puta
dinheiro?"
"Essa
parte é fácil. É quando o corpo não está em perfeitas condições que você
realmente começa a batalhar pelo dinheiro."
"Como assim?"
"Bom,
corpos baleados são mais difíceis de limpar. Você tem que tomar cuidado para
não desmanchar tudo."
"Desmanchar?"
"Sim, se
alguém foi baleado no rosto, você tem que tomar cuidado em não mexer muito na
cabeça. Os técnicos do necrotério fazem o melhor para reconstruir as coisas,
mas não é como se colocassem chapas de metal."
"Por
exemplo, se alguém morre numa batida de carro, os ossos não vão se curar.
Manter o cadáver parecendo um humano é um trabalho difícil. E quando você pega
um resmungão... Isso vai te assustar pra caralho."
"Um
resmungão?" perguntei, tomando outro gole da minha bebida.
"Imagina,
você está trabalhando até tarde. É um dia ruim; algumas vezes, eu tive seis
corpos para lavar. Eles estão deitados em suas respectivas macas de ferro. Você
tenta ser o mais respeitoso possível. Mas cada corpo tem a mesma incisão em
formato de Y da autópsia. Algumas são piores, devido à quantidade de teste
forenses e seus abusos. Você se torna distraído, já que normalmente trabalha
sozinho, e de repente houve um gemido."
"Você olha
ao redor para ver se tem mais alguém ali. Mas você está sozinho, a única
companhia sendo a morte. O gemido se torna mais alto antes de você ver um dos
corpos se sentar. Você derruba o quer que esteja em suas mãos e corre igual um
desgraçado!"
"Porra
cara! Eles estavam vivos?"
Eric ri com
escárnio, "Não. Quando você atinge o topo das escadas e vê um zelador
encerando o chão, as luzes fluorescentes do hospital te acordam. Você desce as
escadas, um pouco envergonhado, e volta ao necrotério."
"Você vê o
corpo que agora estende no chão, por ter caído de sua maca. Você se repreende
por ter de assustando tanto. A coisa mais vergonhosa é quando você precisa
procurar por ajuda para colocar o cadáver de volta no lugar."
"Uma vez,
tentei mover um sozinho, e devo ter rompido os pontos, porque os intestinos se
espalharam pelo chão como cobras."
"Mas então
o que causa isso?", perguntei.
"Dilatação
de gás. Acontece com mais frequência do que você poderia imaginar. O cheiro que
deixa é horrível. Eu uso Vick Vaporub como se fosse licor de malte."
"Mudei de
ideia; $50 por hora não é suficiente!" eu falei envergonhado, "Acho
que precisamos de mais bebida."
Eu sinalizei
para a garçonete, que se aproximou e anotou nossos pedidos.
"Minha
vez", falei, estendendo minha carteira para Eric. Ele tirou uma nota
vinte. "Pegue algo legal pra você, linda", ele disse para a
garçonete, antes de bater na bunda dela. Ela riu. Não soube se ela estava sendo
educada ou tinha curtido.
"Jesus,
cara, você tem mais algumas histórias?", perguntei intrigado.
"Sim, isso
aconteceu algumas vezes, mas a primeira delas foi assustadora pra porra. Quando
você está lavando os corpos, usa luvas e ensaboa as coisas. Tem que levantar os
braços e ter certeza de que limpou tudo. De vez em quando, a mão do cadáver vai
agarrar a sua com força. Nunca fica mais fácil, sempre assusta. Você encara o
corpo, procurando por algum sinal de movimento, e quando não há, você solta os
dedos dele um por vez."
"Às vezes
você ouve um estalo quando a pressão sobe. Os novatos sempre entram em pânico e
não há nada que se possa fazer além de rir. Você tem que encontrar humor nesse
trabalho, entende?"
"Puta
merda, cara", falei, "você sai por alguns anos e volta um filho da
puta mórbido. Então, você cheira a formaldeído o tempo todo e essas
bostas?"
"Bom, os
banhos são mais longos e tenho que limpar minhas narinas profundamente. Senão,
o cheiro da morte dura por dias."
"Isso é
loucura cara. Por que você faz?”
Ele esfregou os
dedos, simbolizando dinheiro, "$50 por hora, amigo."
Terminei minha
primeira bebida e comecei a nova.
"Então, o
que você tem feito?" Eric perguntou.
"Nada
demais, trabalhando com construções."
"Como é
isso?"
"Nem
metade do seu trabalho. Fico muito tempo ao ar livre. Não é ruim, pra falar a
verdade. Poderia ser pior, tipo lavar o saco de algum cadáver. Mas isso é mais
a sua cara."
Ele sorriu. Eu
estava feliz em estar com meu amigo, com quem eu tinha passado tanto tempo da
minha vida. É incrível como amigos verdadeiros podem fazer você voltar no
tempo. Foi esse sentimento que me fez sentir culpa.
"Sinto
muito por não ter mantido contato", falei.
"Parece
que a cerveja foi direto pra sua cabeça."
"Não é
isso, é que eu deveria ter mantido."
"Ei, eu
também não mantive. Mas estamos aqui agora. Aproveite isso."
"Qual foi
a pior coisa que já aconteceu?"
"O que, no
meu trabalho?" Eric perguntou, confuso.
"Qualquer
lugar, quero ficar traumatizado."
Ele ergueu sua
cabeça e encarou um ponto distante. Um sorriso brincou no canto da sua boca,
seus olhos foram de um lado para o outro, como se ele lembrasse de alguma
coisa. Pegou sua bebida com uma mão e a levou até a boca.
"Se eu te
contar, você promete nunca falar pra ninguém? Tipo, sério."
"Bom, eu
não sei o que é ainda."
Ele abaixou a
cerveja.
Seu tom se
tornou mais baixo e sombrio, "Posso confiar em você, não posso,
Mike?"
"Claro",
falei, me inclinando intrigado.
"Lembre-se
que eu sei onde você mora."
Me sentei ereto
novamente.
"Isso é
meio sinistro."
Ele riu,
"Não estou brincando."
"Prometo."
Ele assentiu,
como se juntando a coragem para contar esta história. Seus olhos se voltaram
para mim de novo e ele começou.
"Era
verão, eu tinha 16 anos. Você estava fora visitando parentes. Me lembro de como
estava sozinho, então meu pai me levou para seu trabalho no posto. Como você
sabe, ele era policial. Já tinha ido trabalhar com ele antes. Mas quando eu era
menor, ele me colocava sentado com a secretária, e me pegava na hora de ir pra
casa. Aquele dia foi diferente.
Ele me disse
que eu era um homem jovem agora, e que se eu quisesse, podia ir com ele. Ele
estava programando a busca por uma garota perdida da nossa escola.
"Eita
porra, eu lembro disso", falei.
Eric ficou
irritado com minha interrupção, "Você quer que eu conte a história ou
não?"
"Foi mal,
cara. Continue."
"Nós
dirigimos em silêncio por algumas quadras, antes de virar uma rua para o bosque
Mayberry. Enquanto nos aproximávamos do estacionamento de cascalho, puder ver
vários carros estacionados. Reconheci alguma das pessoas, familiares e
vizinhos. Meu pai estava feliz, disse que era uma boa ajuda. Quanto mais gente,
melhor. Que cada minuto contava enquanto procurávamos por alguém vivo."
"Saímos do
carro e ele começou a reunir todas as pessoas. Lhes deu instruções. Deveriam se
dividir em grupos e andar em linhas retas dentro do bosque. Para cobrir a maior
área possível."
"Eu fiquei
no meio do aglomerado, fascinado como o jeito que todos ouviam e obedeciam meu
pai. Alguém nos entregou apitos. Meu pai explicou para os usarmos quando
encontrássemos algo interessante. Assim que ele terminou, todos estavam se
dividindo e cuidando de seus trabalhos. Sendo um adolescente, fiquei para trás,
chutando pedras, minhas mãos enfiadas nos meus bolsos. Depois de mais ou menos
quinze minutos, fiquei entediado."
"Não notei
quão longe eu tinha ficado do grupo. Gritei e não ouvi nada. Comecei a ficar
nervoso. Eu estive naquele bosque muitas vezes antes, mas agora eu estava
sozinho. Em todas as direções, haviam apenas árvores, a desorientação veio sem
que eu percebesse, e não tinha nem ideia de onde eu havia vindo."
"Apressei
o passo, primeiro em uma direção, depois parando e indo em outra. Me lembro de
estar me sentindo doente enquanto corria e meu coração esmurrava meu peito.
Passei debaixo de galhos e pulei por raízes. Antes de perceber, estava com a
cara no chão. Não tinha ideia do que acontecera. Olhei para cima e as árvores
giravam enquanto eu tentava meu melhor para retomar o controle. Pequenos pontos
brancos dançavam na minha visão."
"Quando me
virei para levantar, paralisei. Lá, olhando para trás de mim de dentro dos
arbustos tinha um rosto. Um rosto pálido, quase como um fantasma. Tropecei em
pânico e fiquei sobre meus joelhos. Pude ver tudo dela. Folhas cobriam a maior
parte de seu corpo nu e ela estava deitada imóvel."
"Eu queria
gritar, dizer que havia a encontrado. Mas não conseguia. Tudo que pode fazer
foi encarar. Seus olhos brilhavam na luz do sol, como se ainda houvesse vida
por trás deles. Eu nunca havia visto um cadáver antes, foi inacreditável. Ela
parecia tão em paz. Me lembro de ter sorrido, pensando em como
a morte não era
tão ruim. Especialmente se você pudesse ficar tão bem nela."
"Meu
encanto foi quebrado quando ouvi o eco de um apito pela floresta. Não sei
quanto tempo se passou até alguém me encontrar e não sei o que fiz nesse tempo.
Disseram que era hora de ir, que eles a haviam encontrado."
"Porra,
que pesado."
Eric não disse
uma palavra, só abaixou sua bebida.
"Outra?"
perguntei, chacoalhando o copo vazio em sua frente.
Ele assentiu.
Chamei a garçonete de novo e decidi pedir alguns shots pra tomarmos com a
cerveja.
"Não
consigo acreditar que nunca me contou isso."
"Eu não
terminei", ele disse, num tom sério. "Quando chegamos em casa, meu
pai contou à minha mãe o quão bem eu tinha ido. Mais tarde, nos sentamos em
frente a TV para assistir o jornal. Meu pai ficou radiante ao ver sua
entrevista. Uma foto da garota desaparecida tomou conta da tela e o medo me
dominou. Era a cor de sua pele — um marrom pálido. Eu não entendia como a pele
podia perder sua cor na morte, e isso me assustou."
"Meu pai
me parabenizou de novo pelo bom trabalho. Disse que eu estava pálido e perguntou
se me sentia bem. Assenti e tentei esquecer a imagem do corpo branco de
porcelana que tinha visto mais cedo aquele dia."
"Foi ela
quem você viu?" perguntei.
"Dois dias
depois, meu pai chegou em casa chateado, murmurando algo sobre negligência e suspensão
para minha mãe. Eu vi na TV depois, um segundo corpo. Ela havia se arrastado
pela floresta nua e colapsou na extremidades do caminho. Um guarda florestal a
encontrou, mas ela morreu antes da ambulância chegar. Eu a vi, a garota pálida
daquele dia no bosque. Ela estava viva e eu poderia ter ajudado. Mas não o fiz,
tive medo."
"Você não
sabia."
"Eu não
contei isso pra ninguém antes. É como tirar um peso dos meus ombros. Obrigada.
Me sinto melhor."
"Você acha
que esse é o motivo de ter optado pela medicina?"
"Sabe,
nunca pensei por esse lado", falou, balançando a cabeça. "Ei, você
sabe o nome da garçonete?"
"Não, as
mudanças aqui são frequentes. Nunca a vi antes de hoje."
"Vou pedir
mais algumas cervejas, ver se consigo o número dela."
"Preciso
mijar. Vou pular essa rodada.", falei, me levantando de minha cadeira.
Cambaleei um
pouco, o álcool e a revelação que ouvi me deixando tonto. Fiquei na frente da
urinária e pensei no meu amigo. Como ele havia carregado aquilo em segredo por
tantos anos. Me fez perceber o quão pouco eu o conhecia. Mas o fato de ele ter
desabafado, me fez sentir mais próximo a ele do que nunca.
Voltei para
nossa mesa, para encontrar assentos vazios. Uma pequena nota de papel estava
debaixo da minha cerveja. A peguei, o círculo molhado da latinha atrapalhando a
leitura.
"Mike, a
garçonete é corajosa. Desculpa te deixar na mão. Lembre-se, eu sei onde você
mora ;)"
Havia uma nota
de vinte dólares na mesa. Me afundei na cadeira para terminar minha cerveja. Eu
não o conhecia, depois de tudo. Paguei nossa conta no bar e terminei a cerveja
nos bancos de lá.
Algumas horas
depois, caminhei até minha casa. Meus pais já dormiam. Peguei uma cerveja da
geladeira e me prometi que aquela seria a última. Deitei no sofá e liguei a TV.
Dormi enquanto algum comercial de ginástica passava.
Despertei cedo
no outro dia. A claridade da TV machucou meus olhos e eu os desviei. Me
arrestei até a cozinha e tirei uma garrafa de OJ da geladeira. Bebi o máximo
que pude, tossindo em busca de ar quando terminei. A secretária eletrônica
apitou. Cliquei no botão como um zumbi.
"Ei Mike,
obrigada pela noite passada. Desculpe por ter saído com pressa. Bem, merda, eu
fiquei com a sua carteira. Vou mandar pelo correio ou algo assim, não se
preocupe, sei onde você mora. Legal te ver."
Levei as mãos
aos bolsos. Porra, ela não estava lá. Procurei pela minha carteira no sofá,
olhando cada fresta entre as almofadas. Ouvi o boletim policial na TV.
"Nas
primeiras horas da manhã, o corpo de Daniela Smith..."
Me virei para
assistir. Uma foto apareceu na tela. Eu a reconheci, mas não sabia de onde.
"Funcionária
do Charlie's Bar e Grill, situado no 158. A polícia está atrás deste homem,
cuja carteira de motorista foi encontrada junto ao corpo."
Me senti fraco
e caí no chão. Era eu. Uma imagem da minha carteira de motorista apareceu no
monitor. Eu sabia que era questão de tempo até eles virem atrás de mim. E eu
sei que vai ser o pai do Eric que baterá na minha porta. Eu liguei para a
Universidade hoje, e eles não ouviram de Eric. Me colocaram para falar com do
necrotério. A pessoa com quem falei reconheceu minha descrição. Disseram que
ele havia sido demitido por má conduta com os corpos anos atrás. Pedi por
detalhes, me foram negados.
E agora eu
espero. Está anoitecendo em uma pequena cidade. A polícia estará aqui logo e não
acreditarão em mim.
Esse conto foi traduzido exclusivamente para o site Creepypasta Brasil. Se você vê-lo em outro site do gênero e sem créditos ou fonte, nos avise! Obrigada! Se gostou, comente, só assim saberemos se vocês estão gostando dos contos e/ou séries que estamos postando. A qualidade do nosso blog depende muito da sua opinião!
Eita D: ja dizia minha vó "não confie em ninguém, nem mesmo em sua própria sombra". O cara foi confiar no abiguinho... se lascou auehuaeh
ResponderExcluirNão esperava por essa. Parabéns!
ResponderExcluirPelo menos o plano do cara foi bom kjkjk ótima creepy ;)
ResponderExcluirMuito boa a Creepypasta, 10/10
ResponderExcluirGostei da creepy
ResponderExcluirEntao o cara era necrofilo?
ResponderExcluirAo que tudo indica...
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMt bom esse creepy 10/10 e essa guria Júllia é mt linda
ResponderExcluirEu tenho uma teoria de que todas as Julias são lindas
ExcluirMas pq ele matou a mulher?
ResponderExcluirNecrófilo. Tinha tara por cadáveres.
ExcluirQue amigo safado...
ResponderExcluirWOW!! Fiquei arrepiado. 10/10! Parabéns!
ResponderExcluirEsta estória me lembrou o caso dos irmãos Ibrahim e Henrique, na década de 1990, que ficaram conhecidos como "os irmãos necrófilos". Eles foram acusados de 22 homicídios, sendo efetivamente culpados por 8, e pelo estupro dos corpos das vítimas mulheres. O ocorrido se deu na zona rural do município de Nova Friburgo - RJ. A polícia do estado do Rio de Janeiro mobilizou cerca de 250 policiais e ainda contou com a ajuda de mais de 100 aventureiros, motivados por uma recompensa de R$5mil. O caso brasileiro pode não ser tão sombrio quanto a creepypasta, mas não deixa de ser assustador.