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Moro no segundo andar
em um sobrado e todos os dias eu olho pela janela do meu quarto. Não é uma
vista tão bonita, mas daqui de cima consigo ver parte da cidade. Se olhar à
esquerda se vê casas ao longe, prédios, uma antiga igreja, veículos seguindo
seus caminhos... Eu gosto mesmo é de olhar o movimento da minha rua,
principalmente quando está chovendo onde as pessoas se molham mesmo usando
guarda-chuva, e observo a chuva caindo e correndo pelo chão, as árvores se
hidratando, os pássaros se acolhendo...
No quarteirão onde
moro não há muitas casas. Do outro lado da rua há uma empresa que está fechada
no momento, e, se eu olhar mais para baixo, há outra firma que faz pães, por
isso há sempre um cheiro agradável quando se passa por lá. Mais em cima há algumas
casas que não fazem diferença a esta história, porque olhando diretamente para
frente, provavelmente há uns cinco ou mais quarteirões, me dando a vista de um
prédio. Ele é um prédio antigo que tem três cores diferentes – cinza na maior
parte, marrom no centro e algumas partes em vermelho.
O prédio, que eu o
chamo carinhosamente de o prédio maldito, é a primeira coisa que eu olho quando
vou à janela. Fico hipnotizada não pela sua beleza, pois ele não é nem de longe
bonito, e nem pelas suas características. Eu fico hipnotizada pela estranha
sensação e arrepios que ele me causa. Ele me observa como um predador observa
sua presa, parado, quieto, a espreita, olhando cada movimento meu, mesmo quando
eu não o estou vendo.
Em uma noite de lua
cheia, resolvi apreciá-la na sua fase mais resplandecente. Assim que abri a
janela, já de madrugada, me deparei com o prédio maldito em chamas. Ele estava
completamente tomado por chamas amarelas e alaranjadas. Minha primeira reação
foi de susto: meu coração acelerou, meu cérebro travou e minhas pernas
bambearam. Mas essa emoção não durou muito para dar lugar à segunda reação. A
reação de dúvidas e incerteza, pois reparei que não havia fumaça. Nenhum sinal
de fumaça. Me questionei se havia fogo mesmo, mas as labaredas estavam ali. Como poderia não haver fumaça? Onde há
fumaça, há fogo, mas quando não há fumaça existe fogo? O encarei por longos
minutos para observar o movimento. Não havia movimento algum, na verdade. Eu
nunca, em todos esses anos, consegui ver alguém no prédio maldito. Talvez seja
porque ele está longe o suficiente para não conseguir enxergar, mas me
questiono se é possível ver nenhum movimento por tanto tempo.
Ele está bem cuidado
demais – apesar de aparentar ser bem antigo– para não haver moradores. Depois
de perder a noção do tempo ao observar o prédio maldito, constatei que não
havia fogo. No dia seguinte, assim que acordei, a primeira coisa que fiz foi me
certificar que o prédio ainda estaria lá inteiro e sem evidências de que um dia
já pegara fogo. E estava. Seria uma
peça pregada pela minha própria mente ou o prédio maldito querendo me enganar?
Os dias se passaram e
eu continuava a minha rotina de observar o prédio. Em um dia particular,
avistei o que parecia ser uma pessoa na janela. Essa pessoa me olhava fixamente
e eu tinha a impressão de que ela conseguia, ao contrário de mim, infelizmente,
olhar dentro dos meus olhos, apreciando a cor amarronzada deles. O prédio
estava desprovido de luz, menos naquela janela específica.
Em um piscar de olhos,
eu testemunhei o que eu jamais esqueceria pelo resto dos meus dias: testemunhei
aquela pessoa pulando do último andar do prédio. Fixei meus olhos àquela janela
que agora já estava sem iluminação. Notei que não havia ambulância, não havia
ninguém para socorrer o corpo provavelmente desfalecido e estraçalhado pela
força da gravidade contra o chão. Imediatamente liguei para emergência e contei
o que havia presenciado. Não demorou muito para eu escutar a sirene da
ambulância passando pela minha rua e indo em direção ao prédio maldito. Desci
as escadas de casa, abri o portão e corri o mais rápido que pude. Eu não queria
ver o corpo, mas tinha curiosidade em saber se poderia ter sobrevivido. Cheguei
alguns minutos depois do SAMU e, assim como eles, estava confusa. Não havia nenhum corpo coberto por um
lençol, não havia socorristas correndo para salvar aquela pessoa e não havia
pessoa. Não havia ninguém além de mim e os paramédicos. Sem saber o que estava
acontecendo, olhei o prédio de perto pela primeira vez.
Ele parecia mais assustador do que antes. O ar gelado acompanhava o clima
sombrio daquele lugar.
E ele me chamava.
Ouvi a voz dele dentro da minha cabeça gritando meu nome.
Em transe, passei pelo portão, evitei o elevador e subi as escadas, fui até o
último andar. O apartamento onde havia visto um corpo caindo da janela estava
com a porta aberta, a luz acessa e a janela do quarto escancarada. Não pensei
em nada naquele momento, pois meu corpo foi conduzido por aquela voz e pulei do
último andar do prédio maldito.
Autor: Tayna Stampini
Devo dizer que é interessante. Porém meio corrido o final.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirEle podia explicar melhor o que aconteceu no final, por exemplo, o que aconteceu com a mulher. Uma história com potencial enorme, mas que teve o final meio abrupto. Mas fora isso, bem legal a história, parabéns Tayna.
ResponderExcluirA ideia era deixar no ar algumas informações mesmo, mas sobre o final eu irei melhorar nas próximas histórias. :)
Excluirotima historia mas o final ficou meio confuzo,msm assim n deicha de ser uma boa historia
ResponderExcluirObrigada pelo elogio e pela dica! :)
ExcluirCara, eu quero fazer um quadrinho e tava pensando em fazer uma história justo sobre um prédio de terror :v
ResponderExcluirFaça, prédios são sinistros o.O
ExcluirPotêncial monstruoso
ResponderExcluir10/10
Aaah, fico muito feliz que tenha curtido. :D
ExcluirMassa
ResponderExcluirCaramba, mesmo curta, foi ótima. Fico imaginando se surgiu de algum prédio na janela da autora :v
ResponderExcluirNa verdade foi inspirado sim em um prédio que vejo da minha janela.
ExcluirFico feliz que tenha gostado :)
Gostei bastante. Primeira ideia que me veio foi de que era o Edifício Joelma.
ResponderExcluirFico feliz que tenha gostado :D
ExcluirUma loucura, mas uma loucura muito boa essa Creepy. Amei, claro rs.
ResponderExcluirE eu amei que você tenha amado. Obrigada :)
ExcluirPensei no edifício Joelma kk
ResponderExcluirMedoooooooo😣
ResponderExcluirMedoooooooo😣
ResponderExcluirComo foi já foi citado nos comentários,achei o final um pouco corrido. Eu imaginei o final como um looping, sabe? Do personagem se olhar, ver o próprio suicídio (ou fazer outra vítima {acho que faz mais sentindo} será que ia ficar bom? Mas é uma boa creepy com um forte potencial, parabéns.
ResponderExcluirUma Creepypasta minha,
ResponderExcluirNós somos os últimos
Eu acordei assustado , com uma enorme dor na nuca, eu os vi correndo, soldados, armados, em direções aleatórias , come se suas vidas dependecen de proteger portas, portas enormes com barricadas feitas de última hora
Levantei e corri por toda a estrutura, algo parecido como uma caverna, não parei para pensar no que avia acontecido , só queria um lugar seguro.
Esbarrei com um ser humanoid , ele me ajudou a levantar e me pediu para seguilo, pedi explicações, então ele parou.
"Senhor , sei que é difícil compreender, mas você está em uma das últimos abrigos das muralhas"
Eu o interrompi e comecei a gritar em desespero perguntando por amigos e familiares.
"Se acalme, siga o procedimento 00034."
"Você é um dos últimos sucessores de oscanius, apenas me diga, e ficará em segurança"
Escutei explosões a alguns metros enquanto eu corria , seguindo aquele humanoide.
Entramos em uma sala escura e cilenciosa, logo, me vi em pensamentos profundos, onde estou? Não. o QUE exatamente aconteceu.
"Senhor , vou explicar detalhadamente.
A alguns anos , o cientista oscanius, em 2094, descobriu que é possível manter um cérebro vivo a base de células de uma espécie de água viva, em meio dessas pesquisas, o mundo estava em conflito, a humanidade entrou em colapso por interesses básicos, causados por uma mutação no cromossomo 24. Oscanius criou seres humanos com sua experiência, você é um deles, governos roubaram a fórmula,. Usaram para fins lucrativos, criando máquinas , para ser mais exato, wanzers, então, devido ao desatento a vírus classificados como impotentes, criaram uma espécie de mente coletiva, o que causou a infeção é um vírus robóticos nos wanzers, e que agora estão casando os assessores de oscanius, e outros seres que estou proibido de citar. Você é uma das chaves para quebrar esse vírus, por favor corra para a plataforma 0045."
Não tive escolha, nem sequer pensei em editar a seguir a quela oren, apenas avisei os demais ”chaves" diga-me , nós somos os últimos
Perdão por alguns erros que podem causar desentendimento na história (;_;) em breve vou estar em outros comentários tentando melhorar, mas a ideia foi boa né? :)
ResponderExcluirespero que não tenha sido, a última história que essa autora escreveu.
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