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Moda foi a minha paixão desde pequena, e há algumas semanas, eu consegui o emprego que eu tanto queria. Ainda estava na faculdade de design e era somente um emprego de meio período, mas o salário era muito bom e eu iria trabalhar com o que eu mais amo: moda. Minha família não tem muitas condições de me pagar roupas de grife, mas mesmo com um orçamento pequeno, eu conseguia ter muito estilo, e isso era algo que me elogiavam sempre. Estudo em uma faculdade particular considerada de “ricos”, na qual eu entrei com uma grande bolsa de estudos. Minha turma era bem legal, com exceção de duas meninas, Kim e Jade. As duas eram as mais populares e mais ricas da faculdade. Para ter uma noção, a festa de aniversário de 15 anos da Kim foi em Barcelona. Isso, você leu direito. BARCELONA, e sem contar o presentinho que Jade ganhou quando completou 16 anos: uma bolsinha que facilmente poderia comprar o carro dos meus pais... Enfim, as duas eram melhores amigas e adoravam me zoar e de me chamar de pobretona, mas na real, eu sabia que as duas tinham inveja de mim.
Moda foi a minha paixão desde pequena, e há algumas semanas, eu consegui o emprego que eu tanto queria. Ainda estava na faculdade de design e era somente um emprego de meio período, mas o salário era muito bom e eu iria trabalhar com o que eu mais amo: moda. Minha família não tem muitas condições de me pagar roupas de grife, mas mesmo com um orçamento pequeno, eu conseguia ter muito estilo, e isso era algo que me elogiavam sempre. Estudo em uma faculdade particular considerada de “ricos”, na qual eu entrei com uma grande bolsa de estudos. Minha turma era bem legal, com exceção de duas meninas, Kim e Jade. As duas eram as mais populares e mais ricas da faculdade. Para ter uma noção, a festa de aniversário de 15 anos da Kim foi em Barcelona. Isso, você leu direito. BARCELONA, e sem contar o presentinho que Jade ganhou quando completou 16 anos: uma bolsinha que facilmente poderia comprar o carro dos meus pais... Enfim, as duas eram melhores amigas e adoravam me zoar e de me chamar de pobretona, mas na real, eu sabia que as duas tinham inveja de mim.
Os primeiros meses de trabalho foram se
passando e fui recebendo meu salário, e estava pensando... Já que eu amo tanto
moda, eu deveria investir em algo que complementasse um look por inteiro, mas
no que será que poderia investir? Uma joia? Um sapato? Já sei, uma bolsa!
Sempre sonhei em ter bolsas de grifes famosas e já estava na hora de investir
em algo do tipo. Peguei meu cartão de credito e fui à procura da minha bolsa
dos sonhos. Fui para o shopping e vasculhei todas as lojas, mas não achava nada
de interessante. Decidi ir embora, e no caminho para casa, passei por uma
esquina onde havia um pequena loja, e em sua vitrine havia uma linda bolsa de
couro preta e com detalhes em prateado, um verdadeiro sonho... Nunca tinha
visto aquela loja por lá, era pequena e toda decorada em madeira. Entrei na
loja, focada na bolsa, e fui direto ao balcão, onde havia uma vendedora lendo
um livro, e foi quando eu perguntei:
- Boa tarde. Eu gostaria de levar aquela
bolsa preta que está na vitrine, por favor.
A vendedora me olhou com uma cara de
desconfiança e disse:
- Sinto muito, aquela bolsa não está à
venda.
E foi quando começamos um diálogo não
muito amigável...
- Me perdoe, mas aquela bolsa está na
vitrine e com a etiqueta de preço do lado dela. Como assim ela não está à
venda? - eu indaguei.
- A bolsa não está à venda! - Disse a
vendedora, quase gritando.
Olhei surpresa para ela, e com uma raiva
gigante eu disse:
- Eu não sairei daqui sem aquela bolsa,
querida!
A vendedora, sem saber o que fazer, olhou
para um senhor que estava nos espionando de uma porta. Parecia ser o gerente da
loja, que fez um sinal de aprovação para ela. Ela então disse:
- Crédito ou débito, senhora?
- Crédito, por favor...
Saí da loja muito feliz em ter achado a
minha bolsa dos sonhos, mas ao mesmo tempo, saí confusa pelo fato daquela
mulher não querer me vender a bolsa. Chegando em casa, fui checar meu celular e
vi que eu amigo estava organizando uma festinha e havia me convidado. Fiquei
animada, pois já ia estrear minha bolsa nova com grande estilo. Passaram-se os
dias, até que o dia da festa finalmente havia chegado. Na noite da festa comecei
a me arrumar, coloquei um vestido preto e uma bota com salto, para combinar com
minha amada bolsa. Me diverti demais naquela festa. Eu e meus amigos dançamos,
bebemos e colocamos o papo em dia, até que chegou a hora de ir embora. Eu
morava perto do local da festa, então decidi ir andando mesmo. A rua estava
escura e vazia, e eu já estava com medo de estar sozinha quando comecei a
sentir uma presença atrás de mim. Levemente virei a cabeça para olhar, mas não
vi nada. Fiquei aliviada, mas quando olhei para frente novamente, vi a figura de um homem bem na minha frente,
todo de preto e usando um boné. Naquele momento eu não consegui nem respirar, o
medo me deixou paralisada, o homem tinha uma arma e apontava ela para o meu
rosto, foi quando ele disse:
- A bolsa ou sua vida...
Levemente, peguei minha bolsa e entreguei
para o homem que saiu correndo logo em seguida. Fui perambulando até minha casa
sem acreditar no que havia acabado de acontecer. Fui para meu quarto e comecei
a chorar desesperada. O nervosismo foi tanto que tive que ir correndo para o
banheiro vomitar, voltei ao meu quarto e apaguei na minha cama de tanto chorar.
Acordei e não consegui abrir os olhos. Chorei tanto que meus cílios haviam
grudado um no outro, estava com muita ressaca devido a festa de ontem,
esfreguei meus olhos para conseguir enxergar novamente e tive uma grande
surpresa: minha bolsa , que fora roubada na noite anterior, estava na minha estante, como eu havia
deixado antes de ir à festa.
Como pode a bolsa ter voltado para meu
quarto sendo que ela foi roubada? Pensei que deveria ter sido só um sonho,
afinal, bebi muito noite passada e não me lembro bem o que ocorreu na festa,
mas o que me assusta é o fato de que aquele assalto eu consigo me lembrar muito
bem... Deve ter sido somente um pesadelo que ficou na memória, pois foi muito
assustador. Por via das dúvidas, chequei por dentro dela e vi que estava tudo
lá, até mesmo uma pequena tira do que parecia ser um boné que estava manchado
com uma tinta vermelha estranha. Deve ter sido de algum dos meninos da festa,
lembro que havia gente usando boné naquela festa...
Chequei meu celular e levei um susto,
pois eu estava atrasada para a faculdade. Me arrumei correndo, coloquei um
caderno e uma caneta na minha bolsa e saí. Por sorte, consegui
chegar a tempo. Estavam todos conversando, e Kim e Jade, atrasadas como sempre,
chegaram logo depois de mim, e eu tive o azar de sentar atrás de Kim, que olhou
para minha bolsa com a inveja estampada na cara, como era de costume, e disse:
- Como vai, pobretona? Bolsinha nova?
Comprou onde? No brechó?
Jade, logo em seguida, riu. Não dei bola e
mostrei meu dedo do meio. Kim já ia partir para cima de mim quando o sinal tocou e o professor chegou na sala de aula.
- Salva pelo gongo... - disse Kim.
O tempo foi passando quando finalmente o
sinal toca, avisando a hora de irmos para casa. Eu estava extremamente apertada
e saí correndo para o banheiro, e acabei esquecendo minha bolsa na minha
carteira. Avistei Kim entrando na sala de aula com um sorriso suspeito em seu
rosto. Após voltar do banheiro e entrar na sala de aula, vi que minha bolsa não
estava mais em lugar nenhum. Desesperada, procurei em todos os lugares, mas
mesmo assim, não a encontrei. Fui para a portaria da faculdade para ver se alguém
havia visto minha bolsa, mas acabei vendo algo que me deixou fervendo de raiva:
Kim e Jade entrando em um carro e minha bolsa nas mãos de Kim.
- Filha da puta! – Gritei enquanto via
aquele carro indo embora.
O que faço? Ligo para a polícia? Droga!
Meu celular estava dentro da bolsa e meu telefone fixo está com defeito... Quer
saber? Amanhã vou encher a cara delas de porrada, e farei elas provarem
do próprio remédio. Fui para casa morta de raiva.
No caminho, vi várias viaturas e
ambulâncias, todas paradas em uma rua cheia de oficiais. Decidi ver o que era, e havia uma lona grande cobrindo o que parecia ser um corpo, e um dos policiais
me parou e diz:
- Senhora, peço que se retire, o local
está interditado.
- Me desculpe, mas o que aconteceu?
- Um rapaz foi morto e seu corpo
mutilado, e estamos à procura do assassino.
- Um rapaz? Quando ele foi visto pela
última vez?
- Ontem a noite.
Fiquei assustada, pensando que poderia
ter sido um dos meu amigos.
- Você tem alguma foto da vítima? – Perguntei ao policial.
Ele me mostrou a foto do rapaz e eu
fiquei totalmente em choque. O rapaz, em questão, era o homem que havia me
assaltado no meu suposto “pesadelo”, e foi quando o policial me disse:
- Esse rapaz era conhecido por assaltar
pessoas nessas redondezas, e ele se vestia todo de preto e usava um boné, e
ontem, na noite de sua morte, foi visto pela última vez correndo com uma bolsa
em suas mãos.
Naquele momento eu fiquei totalmente sem
palavras. Aquilo não era pesadelo, era realidade, mas como minha bolsa pode ter
voltado para mim? Isso não faz o menor sentido...
- Peço que se retire e volte para casa,
está escurecendo e pelo visto há um assassino a solta – disse o policial.
-
O...Ok, Bo... Boa tarde – disse eu, chocada.
Fui correndo para casa e cheguei muito
cansada, e com muita raiva de Kim. Terminei meus estudos diários e fui dormir.
Acordei com muita dor de cabeça, estava
tonta e não conseguia enxergar muito bem. Balancei a cabeça e minha visão foi
voltando, e no momento em que ela voltou, fiquei em choque ao ver que minha
bolsa estava na minha estante novamente.
- Não, não é possível... Como? Eu vi essa
bolsa com a... Essa não...
Peguei minha bolsa para verificar dentro
dela, e foi quando tirei um anel de dentro de um dos bolsos...
- E... Esse anel, esse anel é de Kim! Ela
havia ganhado esse anel no seu aniversário de 15 anos... Eu preciso ir para a
faculdade agora!
Me arrumei rápido e, ao chegar em minha
sala de aula, me deparei com Jade, desesperada, chorando, e pessoas ao seu redor
para tentar ajudá-la. Jade, chorando, disse:
- Ela desapareceu!!! Kim, minha melhor
amiga, desapareceu!!!
Naquele momento, tudo em minha volta
ficou em silêncio. Voltei para casa correndo e liguei a televisão no canal de
notícias, quando vi algo que me fez gelar por completo:
- Kim Jackson, estudante da faculdade de
design, foi encontrada morta em um beco. Seu corpo foi mutilado e não há nenhum
indício do assassino. Kim foi vista pela ultima vez saindo de um carro, ela
usava um vestido vermelho, sapatilhas e uma bolsa preta.
- Não... Não... Não! Não irei fazer
parte disso! Irei dar um fim nessa loucura toda!
Peguei aquela bolsa, joguei ela na
churrasqueira da minha casa, encharquei ela de álcool e, sem pensar duas vezes,
coloquei fogo. Esperei ela queimar por completo. Aliviada, fui dormir um pouco
mais calma, mas tudo isso durou pouco.
Tive um terrível pesadelo onde corria de
algo que queria me matar. Eu não conseguia gritar e a criatura ficava cada vez
mais perto de mim. Tentei acordar, mas não adiantou. Senti ela puxando a minha
mão com muita força, e com isso, acordei no susto. Estava sentindo uma dor
terrível na minha mão, e quando olhei, um dos meus dedos havia sido decepado e minha cama estava encharcada de sangue. Soltei um berro que, logo em seguida,
foi calado, pois vi aquela bolsa do meu lado, e em seu couro havia escrito com
sangue: Você não vai se livrar de mim.
Autor: Guilherme
Araújo
Revisão: Gabriela Prado