Me guio em direção a ele e ouço o som da tubulação, mas dessa vez não está alto e parece estar longe, então não devo me preocupar. Descer por essas escadas é como mergulhar num buraco negro. A luz da minha lanterna é fraca demais para tanta escuridão. Ainda bem que segurei firme a lanterna quando a corrente me levou, mas infelizmente, os insetos se foram e não tenho o que comer. Talvez tenha algo lá embaixo, mas me revira o estomago só de pensar na podridão que pode ter lá.
Tenho que tomar cuidado. Se eu não for cuidadoso e me cortar no metal, posso acabar pegando uma infecção e morreria rapidamente, levando em conta as condições óbvias em que me encontro agora. A medida em que desço os degraus, a escuridão fica maior. A luz da lanterna está enfraquecendo, e penso que se eu joga-la, posso ver até onde ela vai... Espero que a descida não seja muito longa.
Joguei minha única fonte de luz na escuridão. Enquanto ela caía e girava, podia perceber o quão fundo é esse lugar, mas vou continuar descendo mesmo com o medo do que posso encontrar lá embaixo. Minha vida não faz mais sentido. Toda a solidão presente em mim é a anestesia que eu preciso para morrer. Já não me importo tanto com a possibilidade de morrer. Antigamente sim, mas agora, tanto faz.
Depois de 15 minutos descendo a escada, finalmente estou nesse buraco escuro. O chão é liso e as paredes são geladas; não dá para ver muita coisa, a lanterna não ilumina bem, tem outro buraco no chão com mais uma escada.
-Que diabos é esse lugar?
Estou há bastante tempo sem beber nada. Vou tomar um pouco da minha própria urina. É bem melhor do que tomar essa gosma do chão; aqui não tem insetos, acho que consigo segurar a fome mais um pouco. Não posso pensar nisso agora.
O silencio é perturbador, é como se algo fosse acontecer a qualquer momento, é como ser uma criança que escuta um barulho embaixo da cama e sente seu sangue gelar. Nem mesmo os ratos conseguiriam dormir nesse lugar.
Estou descendo; essa escada está bem nova, não tem ferrugem em nenhuma parte, mas isso seria impossível ao levar em consideração as condições de umidade aqui. Talvez esteja enlouquecendo ou algo do tipo, mas posso jurar que escutei ruídos de rato lá embaixo... Deve ser coisa da minha cabeça mesmo. Meus braços e pernas estão cansados... Falta pouco... Estou descendo o mais rápido que posso, gastando todas as minhas energias. Se eu sair daqui vivo, prometo para mim mesmo sair do esgoto e fugir para bem longe, mesmo sabendo que as pessoas viriam atrás de mim em busca de respostas sobre a minha aparência.
Eu poderia ser um herói anônimo que salva mocinhas nas ruas de São Paulo, mas elas sempre me veriam como um monstro, assim como todos os outros que olhassem para mim.
Autor: Andrey D. Menezes.
Revisão: Gabriela Prado <3
Para mim, esta história passaria melhor se ocorresse nos Estados Unidos ou em algum outro país desenvolvido por conta do seus esgotos baterem mais com o da Creepypasta.
ResponderExcluirContinua escrevendo Andrey, tá muito bacana!
ResponderExcluirBacana Andrey!
ResponderExcluirVc tá me deixando curioso pacas!
O que o ratomorfo ai pode achar?!? As probabilidades são muitas!! Continue o bom trabalho!
E não liga pros haters, eles nem merecem sua atenção!
Ele tá quase chegando no Japão
ResponderExcluirAkjskajkaj
ExcluirNão sei como vai ficar o final... ta bom por enquanto...
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ResponderExcluirSão tantas teorias que se passam na minha cabeça! Fica difícil de desvendar esse mistério cabuloso
ResponderExcluirele morre no final
ResponderExcluirAcho que a "coisa" é um gato gigante e vai comer o homem rato
ResponderExcluirBoa, Andrey!
ResponderExcluirSo ta foda a espera </3
Como foram as provas?
Eu acho q a coisa é algum tipo de ~rainha~ do esgoto
Vai ser ruim se ficar com hiatos
Ou rei
ExcluirCara...sério... Mais de um mês esperando... Cadê o resto dessa creppy?
ResponderExcluirAmanhã! as 10:00
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