Creepy dos fãs de hoje foi enviada por: Jean Marcus :)
Obrigado por colaborar com a gente.
Seja como for a maneira que
encare meu relato, não ouse duvidar das minhas palavras, e por mais que eu
pareça uma jovem imprudente, não ouse formular conclusões ou pensamentos
errôneos e precipitados sobra a minha pessoa, pois até ontem à tarde, eu não
entedia por que a Praia Proibida era tão evitada.
Quem
mora aqui na Costa Verde sabe que a ida à Praia Proibida é, como diz o próprio
nome, bastante não recomendada. A questão que me fez criar certa curiosidade é
que não existia nada lá e provavelmente isso mantem-se assim até os dias atuais,
não era nenhum território militar ou reserva ambiental.
Provavelmente,
depois que eu postar essa história ridícula em algum lugar, muitos vão
questionar o motivo de uma jovem moradora da Costa Verde, a região com as mais
belas praias do estado, nutrir um enorme fascínio pela misteriosa Praia
Proibida, mas para ser sincera, naquela época nem eu mesmo entendia aquela
vontade gritante de ir contra as superstições locais e marchar em rumo ao
mistério.
Saí de
casa às quatro da tarde de uma corriqueira quarta feira e consultei um mapa da
região que ficava pendurado em um quiosque de informações no final da minha
rua. Por mais que a prefeitura tivesse apagado a Praia Proibida de todos os
mapas da minha pequena cidade litorânea, eu tinha uma vaga noção de onde a
mesma localizava-se, tudo que eu precisava era saber exatamente qual ônibus
pegar e aonde aproximadamente eu deveria desembarcar.
Assim, caminhei até a rodoviária do bairro e
peguei um ônibus que viajava pela rodovia 206 em direção ao oeste, beirando
algumas das praias da região. Depois de alguns poucos minutos de viagem,
desembarquei em um ponto deserto aonde antigamente existiam algumas lojas e
quiosques.
Olhei
em minha volta e, na ausência de transeuntes e observadores, virei-me em
direção à mata litorânea que haviam deixado crescer e desci uma encosta
minimamente íngreme em direção ao mar. Foi uma tarefa árdua atravessar matagal
e descer por aquele terreno declivado, inclusive tropecei em uma raiz grossa e
rolei pelo solo úmido e inclinado. Recompondo-me e tirando o excesso de terra
do meu vestido florido, prossegui com a descida e depois de algum esforço, já
conseguia ver a areia da praia e um pouco do mar.
Conforme
a pequena mata tropical sobre o declive se dispersava com a descida, algumas
estreitas filas de palmeiras arquejadas se posicionavam aonde a areia da praia
começava. Imprudentemente, segui em frente e ignorei duas placas rudimentares
pregadas em uma árvore com os seguintes dizeres:
“Retorne”
e “Evite este lugar”, eram o que os avisos toscos diziam.
Sem me
preocupar, finalmente pus os pés descalços na areia e guardei as sandálias na
pequena bolsa de palha que havia trago. Aquela areia era extremamente macia e
limpa, totalmente agradável.
Olhando de leste a oeste, calculei que a extensão
da praia não passava de um quilômetro e meio, então fiquei perambulando por lá
durante algum tempo, aproveitando a brisa, o silêncio paradisíaco e a beleza
virgem daquele lugar, constantemente olhando para trás para ver minhas pegadas
marcas sobre a areia lisa.
Por
mais que aquela expedição já tivesse um caráter imprudente, não ousei nadar. O
mar estava agitado e caso algo de grave me acontecesse ali, talvez jamais me
encontrassem. Entretanto, nunca havia ouvido o som do quebrar das ondas soar
tão belo e majestoso quanto naquele lugar isolado e esquecido.
Talvez,
por mera influência das superstições locais, eu tenha vislumbrado as sombras
das folhas das palmeiras dançarem fantasmagóricas sobre a areia como se fossem tentáculos
bizarros ou braços de estrela-do-mar. Foi aquilo que me fez notar a ausência de
vida naquele lugar – nada de aves, insetos, ermitões ou flores – e senti uma
vibração bastante insólita.
Percebendo
que o silêncio, a solidão e o vento ululante da Praia Proibida criavam uma
conjuntura tenebrosa, rumei em direção ao declive e acabei por tropeçar em algo
bastante rígido, caindo na areia como uma tonta desequilibrada. Era a porcaria de um osso. Um
osso grande e largo que lembrava uma perna humana. Eu fiquei de acordo com a
minha própria pessoa que aquilo já era demais e comecei a caminhar de volta para
o declive para finalmente abandonar aquele local.
Alguma
coisa indescritível me dizia, no meu interior, que era necessário abandonar
aquele lugar o mais rápido possível. Entretanto, aquele misterioso paraíso
ainda merecia uma última vislumbrada. Olhei para trás e o que vi gelou todas as
artérias do meu coração e me fez disparar em direção à subida que me levaria de
volta à estrada. Escalei aquele terreno íngreme com uma fugacidade desesperada,
tropeçando a cada segundo e alcancei a estrada sem demora, aonde pedi carona ao
primeiro veículo que aparecera.
Não
menti para a simpática senhora que havia me concedido carona e constantemente
olhava para meu vestido completamente imundo e rasgado. Disse que estive na
Praia Proibida e ela respondeu depois de murmurar algo.
“Considere-se
sortuda por ter saído com vida daquele lugar fantasmagórico, minha jovem”, ela
disse antes de narrar histórias de antigos colegas que haviam desaparecido ao
ousarem desbravar aquela praia supostamente amaldiçoada.
“O que
mora lá, provavelmente não deve gostar de visitas”, a idosa comentou e eu
concordei, mas quando a simplória mulher me perguntou sobre o que havia
acontecido, estremeci até a ponta dos dedos do pé, que ainda continham grãos da
areia daquela praia assombrosa. Ela parecia preocupada, então não tivesse
escolha e contei.
Pode
parecer ridículo, mas colocando-se no meu lugar, qualquer um teria calafrios. A
verdade é que andei pela Praia Proibida por um bom tempo e constantemente
monitorei meus passos. O verdadeiro susto foi ver, só no final da minha breve estadia
na praia, que além das minhas pegadas na areia, existiam mais outras a me
seguir.
E posso afirmar que elas não eram
nem um pouco humanas.
Boa creeppy! Não exatamente me surpreendeu, mas a narrativa é ótima, e eu não notei nenhum erro ortográfico sequer! Percebi que, por ser novato, Andrey tem sido muito julgado, mas peço á ele que não se preocupe com isso, afinal, ele está melhorando de uma forma tão maravilhosa que chega á ser palpável! Se foi ele que corrigiu e revisou esta creeppy, meus sinceros parabéns.
ResponderExcluirAgora, ao autor, parabéns por usar um clichê de forma tão instigante! A ausência de vida, as cenas bem descritas, tudo isso me deu arrepios de verdade! Agradeço-lhe por proporcionar á esta jovem estranha um pouco de bom suspense!
Continuem assim!!!
É boa, mais como ele diz no começo, não é dele!
ExcluirEle e bom em escolher, e é bom em fazer tbm!
Jean Marcus, mandou bem!
Andrey, você também!
100/10 essa creepy
ExcluirQue maravilhosa! A escrita te faz mergulhar na história, o plot não se estende além do que deveria, o mistério não é forçado e a história é simplezinha, mas te dá uma certa expectativa que se cumpre.
ResponderExcluir11/10.
Muito boa! Adorei essa ideia( nem sei se era esse mesmo o objetivo) de cobrir a ausência de creepys traduzidas pondo creepys dos fas no lugar.
ResponderExcluirAchei mto boa. Mas não vou inflar seu ego :p 9/10. E mais uma coisa, não sei se foi erro de leitura meu, mas tem uma coisa estranha no 6º paragrafo... ela tava na ilha e bum, do nda aparece uma estrada. É da creepy mesmo, mindfuck; eu entendi errado ou a escrita que foi meio falha ae?
ResponderExcluirmttt boaa
ResponderExcluirgostei
mttt boaa
ResponderExcluirgostei
Gostei
ResponderExcluirSUPER BEM ESCRITA! Não notei erros, a descrição dos lugares e dos acontecimentos ficou muito boa e o mistério não ficou forçado. Parabéns a você, Jean, que escreveu e a você, Andrey!
ResponderExcluir100/10
Tem erros de escrita sim, mas são bem toscos, como logo no início da creepy, onde está escrito: "sobra a minha pessoa". Não compromete a leitura e, ficou muito bem escrita. A história é espetacular. Esse final, de arrepiar. Não tem a melhor escrita do universo, mas tem um ótimo desenvolvimento e o vocabulário também é muito rico. A desenvoltura da creepy é sensacional; você lê e nem nota que já tá acabando. É minha favorita de todas as creepys dos fãs até agora. Foda demais!
ResponderExcluirGostei muito da escrita e a história apesar de ser simples foi muito bem desenvolvida! 10/10
ResponderExcluirGostei muito da escrita e a história apesar de ser simples foi muito bem desenvolvida! 10/10
ResponderExcluirPra falar a verdade, esse vocabulário rebuscado cansou um pouco. Não tinha necessidade de escrever desse jeito. Mas a história em si foi ótima (E só um toque: você usou "aonde" ao invés de "onde". Erro comum, mas enfim)
ResponderExcluirOie! Achei bem legal, só precisa de revisão, tem alguns poucos errinhos :)
ResponderExcluirMuito boa história. Um texto cheio de elementos descritivos como este atiçam a minha imaginação. Fiquei imaginando do início ao fim como seria essa praia proibida. Também na agradam bastante os finais abertos, que deixam pro leitor imaginá-los, como é o caso.
ResponderExcluirA única coisa que ainda requer atenção, como disseram, são alguns errinhos, a exemplo do verbo trazer utilizado de maneira errada: "que havia trago". O correto é "que havia trazido", pois "trago" é presente, ou seja, "eu trago". No pretérito, o correto é "eu havia trazido".
Também ME agradam*** :p
ExcluirMuito bem escolhida. Parabéns a quem escreveu! ~
ResponderExcluirArrepiou da cabeça aos pés. Espero q Jean escreva mais para nós :)
ResponderExcluirA creepy realmente é muito boa, só faltou uma boa revisão. Ha alguns erros ortográficos, mas como disse a "Doentona", nada que comprometa a leitura.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAh meu deus onde eu moro é Costa Verde. Será que aqui tem uma praia proibida?...
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