O que será citado a seguir é uma história real, incluindo o
fato de que eu e meu amigo – que chamaremos de Kaskie – estamos nela.
Nós estávamos no treinamento básico da Marinha, estava quase
no fim e logo nós nos mudaríamos para a frota. Como você pode imaginar as
pessoas de lá geralmente ficam muito próximas, morando por tanto tempo juntas.
Tão próximas que uma noite, meu amigo Kaskie decidiu contar relatos de um do
encontro que ele teve com uma criatura que aparentemente não tinha nome.
Eu, Kaskie e dois outros amigos nos sentamos em uma das
beliches assim que todos foram dormir. Começamos contando histórias que
havíamos escutado, seja de terror ou não. Kaskie ficou em silêncio o tempo
todo, parecendo incomodado.
Alguns minutos depois ele começou a nos contar da casa dele
em Indiana, pequenas histórias “assustadoras” que ele jurava que eram verdadeiras. Nós continuamos a conversar assim que ele terminou, mas ele ainda
parecia incomodado com algo, então, nós o instigamos a falar e depois de alguns
momentos, ele o fez.
Ele começou dizendo que nunca deu um nome para a entidade,
acreditando que se tivesse um nome, sua influência seria maior e ele retornaria
ao ouvir o suposto nome. Por mais que aquilo parecesse loucura quando eu ouvi, ele tinha certeza do que dizia, mas chegaremos nesse ponto em
breve.
Kaskie tinha apenas oito anos quando o incidente aconteceu e
vivia numa casa velha e cheia de histórias por trás. Ele já havia tido alguns “encontros
paranormais” pela casa, mas nada havia deixado lembranças marcantes assim, nada
como aquilo. Quanto mais ele falava, mais pálido ficava e sua expressão
demonstrava nervosismo, olhando para os lados de forma frenética, com medo de
que aquilo voltasse para terminar o que havia começado quinze anos antes.
Como eu disse, ele tinha oito anos na época, e segundo ele,
eram 02h37min da manhã.
Provavelmente nunca esquecerá esse horário.
Ele acordou, sentindo vontade de usar o banheiro, levantou-se da cama nas pontas dos pés e caminhou no chão amadeirado
até o próximo cômodo. Foi aí que ele ouviu algo na escada, que era próxima do
banheiro. Aquilo se movia lentamente e parecia ter quatro patas, mas Kaskie não
tinha um cachorro. Devido ao medo, ele ficou congelado ali, sem saber se
deveria continuar o caminho até o banheiro ou simplesmente voltar para o seu
quarto, então ele continuou lá, escutando enquanto o barulho ecoava pela
escada.
Aquilo eventualmente alcançou o último degrau, e o que Kaskie
viu fez com que ele sentisse um frio na espinha e todo o sangue do seu rosto
sumisse.
Ele descreveu como se tivesse o corpo de um cachorro, um
cachorro sem pêlo algum e gigantesco, que mesmo estando nas quatro patas,
parecia ter uns dois metros de altura. A cabeça daquilo, não era de um
cachorro, na verdade, lembrava a de um humano, só que na posição contrária e os
dentes lembravam os de um Tamboril. Seus olhos eram apenas manchas escuras, e
pareciam deixar tudo mais escuro, só de olhar pra eles – como encarar um túnel –.
O nariz eram apenas duas fendas e as unhas pareciam mais
garras, arranhando a madeira enquanto se movia. Ele e a coisa se encararam por
apenas alguns momentos até Kaskie decidir voltar para o quarto dele, fechando a
porta rapidamente e se escondendo embaixo do cobertor.
Mas aquilo não desistiu tão facilmente.
O som da porta se abrindo foi apenas um sinal de que a coisa
havia o seguido. Lentamente ele tentou espiar, ainda embaixo dos edredons, e
deu de cara com aquilo sentado em sua cama, encarando-o com aqueles mesmos
olhos escuros.
De repente, a coisa pulou, agarrando Kaskie pelas pernas e o
levando para o centro do cômodo, o balançando de forma agressiva até Kaskie
desmaiar.
Ele acordou na manhã seguinte com marcas profundas de
mordidas nas suas pernas e lotado de arranhões e roxos espalhados pelo corpo,
ele contou a sua mãe, mas ela pensou que ele havia sido atacado por algum
cachorro no dia anterior, ou que outra criança havia batido nele.
Mas independentemente, ele nunca havia falado sobre isso com
ninguém, com exceção de nós, claro.
Nós sentamos em silêncio por alguns momentos, antes de
decidir que estávamos cansados e queríamos dormir; e isso deveria ser o final
de tudo, mas não foi. Um tempo depois, decidi falar com Kaskie sobre aquilo,
mas não o tratando como algo “sem nome” e sim o citando com um nome que eu
havia escolhido. Ele me disse para nunca mais falar sobre o assunto e me bloqueou
imediatamente para que eu não o questionasse mais... Mas não acho que aquilo
iria atrás dele mesmo se ele ficasse com o nome gravado na mente para sempre,
já que depois disso tudo, ele veio até MIM.
No começo eram coisas simples, vultos no escuro, caminhando
pela casa; aquilo provavelmente fez a mesma coisa com Kaskie, mas ele não
percebeu. Eu decidi sair de casa quando ouvi arranhões na minha porta, a qual
eu havia trancado para que aquilo não entrasse.
Dirigi até a cidade da minha namorada e decidi ficar em um
hotel simples. Eu achei que estaria salvo lá, achei que a distância
faria algum tipo de diferença, mas uma noite, totalmente ao acaso eu olhei pela
janela do quarto e aquilo estava lá fora. Não estava exatamente na minha
janela, mas eu podia ver o meu carro no estacionamento, e a grande sombra de “cachorro”
próxima a ele, correndo suas unhas na porta.
Continuei o encarando por um tempo, congelado pelo pânico,
mas logo me afastei da janela, com medo que aquilo descobrisse o meu quarto
exato. Eu até poderia achar que aquilo era um cachorro qualquer, se ele não
tivesse retornado todas as noites, caminhando ao redor do meu carro e correndo
as garras imensas dele pela extensão do mesmo.
Depois que retornei para minha cidade, decidi me mudar
rapidamente para um apartamento, presumindo que aquilo não me acharia devido
aos cheiros de outras pessoas que morariam próximas a mim.
Até agora funcionou, não vi aquela coisa dentro do meu apartamento desde que me mudei, mas toda noite, quando quase ninguém está acordado, ele retorna
ao meu veículo, arranhando a porta e procurando por mim, e eu tenho medo que um
dia ele consiga seguir o cheiro até o quarto andar do prédio, onde meu
apartamento fica, e que ele decida me visitar, o homem que o deu poder
simplesmente por causa de um nome.
Não sei se sou só eu que sou muito lerda, ou se isso é normal, mas eu nunca consigo visualizar como são esses monstros.. Isso porque eu ainda me acho bem criativa lol
ResponderExcluirRake, é vc querido ?
ResponderExcluirkakakaak tbm fiquei pensando isso
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLegal vou chamar de Afonso...
ResponderExcluirMuito legal, parabéns por traduzir! :)
ResponderExcluirMuito legal, parabéns por traduzir! :)
ResponderExcluirÉ um cachorro encantado procurando o nome
ResponderExcluirEu li creds no final e pensei que era o nome dado ao bixo
Procurando um dono
ExcluirEscrevi errado
Muito parecido com o Rake, mas esse bicho tem a cabeça ao contrario...Otima creepy!!! 08/10
ResponderExcluirAparece algo semelhante em algumas lendas judaicas ligadas ao Dybbuk. Um bom exemplo nos cinemas é o filme "The Unborn".
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSeed Eater :3
ResponderExcluirOwm que bonitinho,lhe chamarei de totó
ResponderExcluirOwm que bonitinho,lhe chamarei de totó
ResponderExcluirVou chamar ele de "Timothy arranha carros":v
ResponderExcluirThe Rake meu filho Sai daí vai pra dentro !!! Fiz um bolo la !!! De carne humana :V
ResponderExcluirmeus deuses vcs acharam meu querido Fido, a família esta desolada sem o nosso cachorrinho, eu mandei ele espantar uns testemunhas d jeova q bateram aki em casa num domingo desses d manhã e ele nunca mas voltou. Guarda ele pra mim amigo do Kaskie q eu to indo busca-lo...
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