29/06/2015

Visitante

O último incidente aconteceu no Domingo. Eu estava no meu escritório digitando um e-mail para o trabalho, quando achei ter escutado um barulho vindo da minha cozinha. Apenas ignorei. A casa que eu moro atualmente é bastante antiga e barulhos estranhos não eram algo que me deixava espantado.

Depois de cinco minutos, escutei o barulho novamente. Parecia com um “click” e nesse momento eu realmente me assustei, o som era praticamente igual ao de uma porta sendo destrancada; mais precisamente minha porta. Abri uma das minhas gavetas e retirei meu revolver de lá, fechando-a novamente em apenas alguns segundos. Levantei calmamente tentando fazer o mínimo de barulho e andei em direção a porta do escritório, abrindo-a cuidadosamente e olhando para o corredor.

A escuridão me deu boas-vindas, horrível e quase palpável – apenas uma nuvem negra escondendo seja lá quem estivesse na minha casa, mas me protegendo ao mesmo tempo. Conhecendo minha casa como se fosse a palma da minha mão, nem tentei acender as luzes, se alguém estivesse realmente ali eu queria ter a chance de assustá-lo. Andei lentamente no corredor enquanto tentava escutar atenciosamente qualquer coisa.

Silencio.

Será que eu imaginei coisas?

Enquanto eu andava escutei outro barulho vindo da cozinha, mais precisamente do outro lado da casa. Nenhum sapato ou até mesmo bota poderia fazer aquele tipo de barulho, será que o invasor removeu os sapatos antes de entrar? Pelos passos que eu escutava, não parecia ser uma pessoa adulta caminhando. Pareciam ser passos de crianças, ou de algum cachorro mediano.

Nesse momento, eu decidi falar alguma coisa. “Olá?” Eu falei alto, o som da minha própria voz me fazendo recuar. “Para de idiotice, cara...” Falei para mim mesmo e gritei de forma mais séria para o invasor. “Eu estou armado e a polícia já foi contatada.”

Após falar isso me xinguei mentalmente, sem entender o motivo de eu não ter ligado para a polícia enquanto estava no escritório.

Andei até a cozinha e entrei lentamente no cômodo, para perceber que eu estava sozinho lá. Tudo parecia estar no lugar, até que eu decidi que seria uma boa ideia acender as luzes, e para o meu horror, a porta dos fundos (a mesma que eu havia checado duas vezes naquela noite) estava completamente aberta. Como se isso não fosse suficiente havia duas grandes marcas de pés no piso da minha cozinha; as pegadas eram pequenas e sujas com algo que lembrava musgo.

Fechei a porta rapidamente.

Quem está na minha casa? Pensei, minha mente parecia correr, eu não conseguia formular as coisas direito. E como conseguiu destrancar as portas?

Decidi seguir as pegadas e um novo som alcançou minhas orelhas. O som de uma conversa abafada, vindo de cima. Seja lá quem fosse aquilo, estava no meu quarto.

Eu engoli em seco e senti o nervosismo tomar conta de mim. É a minha casa! Quem estivesse sussurrando no meu quarto estava mais do que invadindo minha privacidade, estava ameaçando minha segurança! Eu precisava lidar com aquilo, então, comecei a subir as escadas em passos lentos e quando alcancei o topo gritei “Quem está aí?

O silencio me recebeu. “Eu tenho uma arma e eu vou usá-la. Quem está aí?”

Adrenalina era a única coisa correndo pelas minhas veias naquele momento, e sem mais precauções, comecei a andar rapidamente até empurrar com força a porta do meu quarto. Meu sangue gelou. Chequei no closet e debaixo da cama, mas não havia ninguém lá. Será que eu estava ficando louco?

Fiz o mesmo caminho de volta até o corredor quando a porta subitamente se fechou atrás de mim. Eu gritei de medo e voltei para os degraus, descendo a escada correndo e passando pela cozinha e chegando até meu escritório. Empurrei a porta e a fechei, trancando-a um momento depois.

Sentei na minha cadeira e, literalmente, desmaiei.

Passos.

Acordei em tempo de ouvir passos na escada, na cozinha e para o meu espanto, perto do meu escritório. Fechaduras pareciam não ter serventia quando se tratava dessas entidades, mas mesmo assim, esperei atentamente a maçaneta girar.

Ao invés disso, ouvi algo que me gelou o sangue. Uma voz sussurrava perto da parede, uma voz horrível que provavelmente pertencia a alguém ou alguma coisa que já não estava mais viva. Meu coração doía, e eu podia sentir meus dedos tremendo fortemente. A maçaneta começou a girar, a porta se destrancava como se fosse mágica, e então, de repente se abriu.  

Nada. Vazio. Escuridão.

Senti como se estivesse maluco, mas foi aí que ouvi os passos novamente, só que dessa vez, indo embora e ficando cada vez mais distante do meu escritório. Depois do que parecia ser uma eternidade, eu levantei ainda tremendo e alcancei a cozinha. A luz ainda estava acesa e nada parecia fora de ordem; a porta dos fundos estava fechada e eu podia ver que estava trancada. Olhei ao redor e percebi um papel em cima da mesa, me movi lentamente, pegando-o nas mãos e começando a rir nervosamente.


Dizia: “Desculpe, casa errada.

23 comentários:

  1. O filha da mae se safou do capiroto ein, que cagasso KFNmbdbdfl

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  2. Capeta entrou na casa errada. Normal

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  3. hsuashauhsauhsauhsuahsahsuahsuahsuahsaus
    muito boa cara

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  4. EHUEHEUEHEJEHEJHEJEHEUHEUEHEHEHEHHEHEHEHEHEHHEHEHEHEHEHHEHEHEHEHUEHEUEHWUHEUEHEHEHEHEHUEHEUEHEU MORRIDA AQUI

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  5. E existe casa erra pro capiroto capirotar?? #Nope

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  6. Mano KKKKKKKKKKKKKKKKK rachei com esse final 😂😂😂

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  7. Mano KKKKKKKKKKKKKKKKK rachei com esse final 😂😂😂

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  8. What a fuck kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  9. O capeta encarnou o espirito brasileiro e decidiu trolar o cara, só pode.

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  10. O capiroto faz o cara se cagar de medo e manda um recadinho dizendo desculpa casa errada huehuehue

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  11. Calperalta trollando gerall huehuehuw

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  12. Melhor creepy ever hauahauahuahaua

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  13. Melhor creepy ever hauahauahuahaua

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  14. que demonio mais troll mano Huehuehue

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  15. que demonio mais troll mano Huehuehue

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  16. kkkkkkkkk "desculpe casa errada" essa foi muito boa

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  17. kkkkkkkkk "desculpe casa errada" essa foi muito boa

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