Como eu iria fazer
aquilo, eu não fazia idéia. Não havia nada no jogo original que dizia que você
tinha que encontrar uma gema para passar de nível. Eu teria de saber quando eu
encontrasse a gema. A única direção que eu podia ir era para a esquerda, então
eu procedi.
Solomon era um monstro
interessante, para dizer o mínimo. Era capaz de voar e soltar um raio de calor,
ambos que provaram ser muito úteis. Ele também podia chutar e rasgar com suas
asas, mas não podia bicar.
A música do templo
branco era um coro vocalizado, ou uma aproximação máxima de um vídeo game. Era
difícil de descrever mas tinha um soar muito “sagrado”.
Não demorou muito até
que eu começasse a passar por ondas de novos inimigos. Eles paravam um
pouquinho para mim, eu corri por eles enquanto rasgava-os e não tomava dan
Como havia uma “pausa”
entre cada onda de inimigos, após você matar dez deles, não viria nenhum por
mais ou menos um minuto e então a nova onda apareceria. Após cinco minutos, eu
percebi que haviam buracos no chão e no teto:
Criaturas com bocas de
guilhotinas estavam voando para cima e para baixo entre os buracos, e eu tive
algum tempo para pular cuidadosamente, pois eu não sabia se eu seria atingido
por elas. Felizmente eu passei por elas sem ganhar um arranhão. Eu sou muito
sortudo, eu acho.
Após isso eu me
encontrei no fim do corredor, encarando algum tipo de monstro mini-boss.
Aquilo
se movia rapidamente e tinha algum tipo de projétil que atirava em quatro
direções, mas eu matei aquela coisa rapidamente usando o raio de calor do
Solomon. Quando a batalha acabou, eu consegui minha gema, que estava dentro da
cabeça da criatura:
Eu encontrei aquilo e
pude pegar e segurar a gema quando andava por cima dela e segurava B. Eu fiz o
longo percurso de volta ao início, depositei a gema na placa de pressão que
desativou o laser.
Eu deixei o estágio, e
foi mostrado o que era provavelmente o flash mais estranho relacionado ao
monstro “Solomon”.
Toda vez que você
completava um estágio ou derrotava um boss com Solomon, essa tela aparecia. Eu
não faço ideia do que “Ainda o melhor desde 1973” significava. Nem mesmo a data
ou a frase tinham algum significado para mim (que eu pudesse imaginar), e eu
gastei muito tempo pensando nisso.
O próximo nível que eu
joguei foi o que eu chamei de “Pirâmides de Bronze”. Eu usei o Godzilla e
percebi que ele ganhou um level up para vinte de vida e de poder, desde que eu
havia jogado com ele em Dementia.
As pirâmides de bronze
eram bem normais enquanto esses níveis se prosseguiam, mas os visuais eram bem
interessantes, estranhamente coloridas e lívidas. A música tinha um toque de
estilo egípcio. Era um som lento e misterioso.
Eu passei pelo nível
lutando com vários inimigos, não foi muito difícil (apesar das formigas poderem
ser um porre se você passasse por muitas vezes ali).
Meu inimigo favorito era
esse réptil gigante que eu encontrei na metade do caminho;
No final do nível eu
cheguei a uma pirâmide gigante e entrei em outra luta com min-bosses. Mas essa…
Essa era um pouco diferente. Eu teria que lutar com dois dos monstros ao mesmo
tempo.
Sozinho, eu pude lidar
com eles facilmente, mas lutar com ambos foi meio desafiante. Eu gastei
tempo enganando um deles para fritar seu irmão quando o outro usasse seu bafo
de fogo.
Após derrotar as bestas
gêmeas, percebi algo estranho após voltar para o mapa: Eu estava hábil para
mover minha peça do monstro para qualquer lugar do mapa, sem limites.
Normalmente, Godzilla só podia se mover três vezes à cada passo, e Mothra podia
mover por cinco.
Queria experimentar o
Solomon por mais um pouquinho, então movi sua peça para um dos pilares marrons
com pontos coloridos e comecei o nível.
Quando eu entrei no
nível, percebi o que o nível representava: Pilhas de totens. Fui recepcionado
por duas delas à direita, bem no começo. A música tinha um som Nativo
Americano. Parecia usar os mesmos instrumentos da floresta de Entropia, que foi
perceptivelmente diferente logo após essa parte.
Eu andei por três minutos
pelas pilhas de totens, com nada entre eles. Não tinha percebido ainda, mas eu
não estava esperando outro nível com nada “vivo” nele, após toda a atividade em
Entropia. Andar por todas aquelas faces multicoloridas, aquele nível me fez
sentir como se eu estivesse sendo observado.
Mais ou menos dez minutos após eu começar Extus, eu já estava na metade do caminho.
Após voltar do level dos totens, eu tentei uma das telas da TV para ver o quão estranha elas eram dessa vez.
…Ainda mais estranho que
antes, aparentemente. A música era o tema de Urano.
Eu voltei com o Godzilla
para jogar outro nível, e esse nível foi meio que uma surpresa.
Era um level de Cidade,
normal! As cores eram gloriosas, mas ainda era meio que chocante. Esse era o
tipo de nível que eu esperava ver num jugo do Godzilla, e Eu estava meio puto
por não ter jogado ela antes. A música era o tema da Terra.
Encontrei estranho que
um nível centrado no Godzilla fosse ser apresentado tarde assim.
Mas não havia
motivo para chorar sobre o leite derramado, eu acho.
Eu movi o Solomon para
um nível cinzento, que se mostrou um grande laboratório high-tech:
Muitos drones mecânicos
nesse nível, mas Solomon passou por eles como os inimigos dos templos brancos.
A música era uma batida industrial irritante. Tinha também um inimigo ciborgue,
estranho e voador, que era irritante pois voava quando você pulava para o
atacar.
Também interessante,
eram aqueles tanques largos com algum tipo de monstro dentro. Como você
adivinhou, ás vezes os monstros acordavam e estraçalhavam o vidro.
Tentei passar pelos
tanques de êxtase o mais rápido possível, pois os monstros de dentro provaram
ser bastardinhos retardados quando soltos.
No final do nível tinha
um elevador, que eu usei para ir para baixo do fundo do nível por onde a saída
estava. No caminho, fui atingido por drones de segurança. Eu não podia deixar o
elevador, então minha única defesa era o raio de calor.
O tipo do último nível
era essa coisa óbvia que chamei de “Templo dos corações” por razões óbvias:
Nada além de um grande
corredor, cheio de inimigos flutuantes com o formato de corações humanos. Eles
eram incapazes de te causar dano, então tudo o que eu fazia era correr pelo
nível esmagando todos os que eu podia para pegar todos os poderes. Uma corrida
por esses níveis iria fazer o medidor de vida se preencher novamente, e eu iria
apreciar muito esses níveis depois.
A música do templo dos
corações me lembrou de um circo, tinha um toque meio carinhoso e me fazia
sentir algo muito estranho.
Vendo todos os tipos de
níveis, escolhi lutar com Gorosaurus usando Solomon.
A música dessa luta era
o tema de Gezora. Foi durante essa luta que percebi que Solomon era exagerado:
uma única batida de asas podia tirar quatro ou mais barrinhas de vida do inimigo.
Devido à isso, a luta
foi acabada rapidamente. Gorossauro não tinha ataques, ou nada que podia ganhar
das garras mortíferas do Solomon. Mas continuei a luta para ver se o Gorosaurus
iria usar seu icônico “Kangaroo Kick”, e eu fiquei muito feliz quando ele usou:
Mesmo que eu sooubesse
que Solomon era meu ás das lutas, usei Godzilla, só para variar.
Considerei
usar Mothra, mas com certeza o Godzilla ganhou.
Kumonga era também um
oponente simples, sem raios de calor ou nada. Ele te atacava pulando em você,
esfaqueando com suas mandíbulas, e usando sua rede de teias para te paralizar.
Uma vez enrolado, ele iria te atacar, só para tomar algum tempo, como Gezora te
enquadrando nos cantos até o tempo acabar. Sua música era o tema de Hedorah.
Com Gorossauro e Kumonga
derrotaddos, eu estava no final de Extus. Antes de lutar com o Não-Ghidorah,
havia mais algo para fazer.
Não experava muito
disso, mas para o monte de documentações, dei uma olhada na outra tela de TV.
Era essa:
Não acho que tinha muita
razão atrás das telas de TV. Para dizer a verdade, eu diria que tinha alguma
manifestação nas habilidades do cartucho. Ou talvez isso fazia sentido total com
o “jogo”. Quem sabe. Apesar de tudo, o tema do Sr. Torneira era a música de
saturno.
Já era hora para o
oponente que eu esperava: Not-Ghidorah. Apesar de tudo eu me enchi de coragem com as
vantagens do Solomon. Eu estava nervoso. Quando eu comecei a luta, eu fiquei
imediatamente confuso:
O oponente era o
Não-Gezora. Derrotei o impostor com poucos ataques, e então o Não-Moguera
apareceu. Até que fez sentido; ao invés de passar pelo Não-Ghidorah, eu tive
que batalhar com todos os substitutos antes.
E então comecei a
batalha:
Passei por todos até que
cheguei ao “Não-Ghidora”, que na verdade era… um Dorat.
Uma vez que parei de
rir, destruí ele em dois tempos. A música parou e eu achei que eu estava
voltando para o mapa. Mas a batalha não havia acabado ainda.
A luta de verdade era
contra uma Quimera, um híbrido monstruoso de todas as bestas substitutas. De
longe foi o chefe mais difícil, cada ataque dele cortava barras de vida de uma
vez, enquanto os ataques contra ele eram bem fracos. Os “rasgos das asas” do
Solomon por exemplo, tinham sorte de ser bem desferidos, aplicados e tirar meia
barra de vida.
Durante essa batalha eu
fiquei grato por duas coisas: A tempo da luta e o templos dos corações. Se não
fosse por essas coisas, eu nunca teria derrotado esse boss.
Para derrotar essa
desgraça, eu pensei numa estratégia: Eu alternaria entre Godzilla e Solomon,
quando um ficasse com a vida muito baixa, eu levaria um para o templo dos
corações enquanto lutava contra a Quimera usando o outro. Eu não deveria medir
meus esforços, para a Quimera não reconquistar a vida perdida.
Uma coisa muito
interessante sobre a Quimera eram as partes coloridas de seu corpo que
correspondiam à suas diferentes partes do corpo, então cada parte do corpo
tinha seu próprio medidor de vida. A cabeça era invencível enquanto as outras
estivessem presentes, e sempre seria a última parte a ser destruída.
Em adição a dificuldade,
era a luta mais longa de todas. Eu tentei lembrar quantas vezes eu fui tirado
da luta pelo temporizador, mas eu perdi a conta lá pela décima terceira.
Eventualmente eu tinha
destruído todos os componentes, fora a cabeça, que agora voava sozinha com uma
velocidade incrível.
A Quimera lutou bem, mas
uma vez que estava extremamente determinada e uma vez que foi reduzida a uma
cabeça, ela não tnha mais poder para derrotar o Solomon, e eu obviamente joguei
o raio de calor nela.
Então a Quimera não
existia mais. Eu estava exausto após lutar e preocupado. E se isso afetasse
minha performance no nível de perseguição?
Os ícones dos Quartéis
Generais foram substituídos, mas não pela face da besta infernal. Ao invés
disso, tinha um… crucifixo.
Eu estava completamente
paralisado. Não ficaria feliz em ver o ícone da besta infernal novamente, mas
se tinha uma coisa boa sobre esses níveis, é que eles eram “previsíveis”. Eu
tinha uma idéia básica do “que esperar”.
Mas agora, aqui eu
estava no fim, e o ícone era completamente diferente. Mas o que isso
significava? E por quê um crucifixo? Isso me fez muito inseguro.
Tentei começar o nível
com Solomon, mas eu não pude. Eu percebi isso quando o jogo disse “SOLOMON NÃO
PODE ENTRAR AQUI”.
Não dizia por quê. Mas
acho que tinha algo à ver com a aparência demoníaca do Solomon.
Desde que ele
estava fora de hipótese, eu fui com o Godzilla.
Quando eu vi o nível
tudo fez sentido – o level era um cemitério.
Eu ainda estava no
início, achando que tinha algum tipo de pegadinha. O último nível sempre
envolvia correr de uma besta demoníaca, e eu não seria trouxa de pensar que
dessa vez seria diferente.
Então comecei a correr,
mas após um minuto sem pausas, eu reduzi a velocidade. Foi durante esse tempo
que a música tomou minha atenção. Eu sabi que isso soava familiar quando eu
ouvi isso na primeira vez, mas levou um tempo até que eu percebi do que se
tratava – Uma rendição 8-bits de “Prayer for Peace”, do primeiro filme do
Godzilla. Uma canção muito triste, poderosa, mesmo naquele formato.
Após dois minutos
naquele nível, encontrei algo que eu não estava certo em como reagir:
Meu primeiro instinto
foi correr, mas aquela estátua azulada simplesmente flutuava no lugar. Me senti
obrigado a encarar aquilo, por um tempo.
Dede que era um
cemitério, e aquilo estava flutuando numa capela, eu comecei a achar que era um
tipo de anjo.
Me deu uma sensação
estranha, mas um sentimento gostoso. Eu não diria “feliz”, mas senti que tudo
estava em paz. Eu nunca havia visto isso antes, mas parecia muito familiar para
mim.
Quando eu estava indo
sair, a besta infernal apareceu, e sua presença transformou a música num
arranhado discordante e transformou o nível, destruindo as tumbas e um novo
chão apareceu, comprimido com sangue e corpos amassados.
Podia sentir meu coração
batendo fora de controle, eu não tinha chance de frente. O demônio rugiu e
começou a rasgar a perna do anjo e sangue escorreu de seus olhos.
Eu queria salvar o anjo,
mas não havia nada que eu podia fazer. Eu tinha que honrar seu sacrifício e
correr. E então eu corri pelas terras infernais o mais rápido que eu pude. A
besta quase me pegou, ainda engolindo o corpo do Anjo, do qual as pernas haviam
sido arrancadas.
E aquela cena fez meu
terror virar raiva. Agora eu me encontrava odiando aquele monstro terrível. Não
havia dúvidas de que aquilo era o mal puro, e eu queria morrer.
Quando eu cheguei no
final, me lembrei como ele respondeu aos meus insultos em “Trance”. Virei para
ele e disse: “Você vai pagar!”.
Essa foi a resposta:
Não tinha idéia de como
eu ficaria naquela situação.
Não havia nada que me
preparasse para o mundo final – Zenith.
Continua...