Em sua velhice, Josephine Yurno costumava, toda tarde, dar uma volta pela sua vizinhança em Norwich, Connecticut.
Em 12 de novembro de 1935, ela saiu, como era de costume, e não retornou. Uma busca exaustiva foi feita por vários voluntários e pelos policiais de Norwich, mas nenhum sinal da mulher foi encontrado.
Três anos depois, a sra. Yurno foi encontrada sentada na frente da casa de um de seus vizinhos, sem um ferimento no corpo e com a saúde perfeita. Quando perguntaram-lhe onde ela esteve, ela foi incapaz de entender a pergunta. De seu ponto de vista, nenhum tempo havia se passado.
Contrariando o conselho de seus vizinhos e de seu médico, ela recusou qualquer tratamento médico e continuou sua vida como era antes, incluindo suas caminhadas. Outro vizinho foi responsável por essa foto dela, tirada no outono de 1938. A fumaça vinda de folhas queimadas dá um ar levemente assustador a essa foto. Em 12 de novembro de 1940, exatamente 5 anos após seu primeiro desaparecimento, a sra. Yurno desapareceu novamente. Dessa vez, nunca mais foi encontrada.
31/10/2013
Todos os Monstros São Humanos
Você sempre teve uma fobia ridícula de espelhos.
Isso nunca interferiu em sua vida antes, exceto de maneiras
completamente inconsequentes. Você fechava seus olhos quando tentava invocar a
Loira do Banheiro no Ensino Fundamental, corria diretamente por eles quando
estava em um corredor escuro, coisas que qualquer pessoa dessa geração chamaria
mais de hábito do que estranheza.
Numa noite, você está se preparando para sair com alguns
amigos. Você se sente sujo, então decide começar a se arrumar dentro de seu
próprio apartamento, onde pode se limpar tranquilamente com seus próprios
produtos. Todo mundo está reunido, tirando fotos e se divertindo, enquanto você
decide dar uma lavada geral em seu rosto. Você olha rapidamente para ter certeza de que seus amigos não
percebem seu momento de hesitação, até que chega a hora de fechar seus olhos e
esfrega-los em frente ao espelho.
À medida que lava seu rosto, seus olhos se abrem para
encarar seu próprio reflexo olhando para você, o que não é incomum. O que é um
pouco estranho, no entanto, é que quando você está prestes a sair, seu reflexo
não faz o mesmo. Vocês olham fixamente um para o outro com os olhos arregalados,
só esperando para ver o que acontece em seguida. Você se vira para seus amigos somente
para ver que eles estão vendo tudo que está acontecendo. Seus sorrisos
crescem cada vez mais, grandes demais para serem humanos. Seus olhos ficam
pretos como carvão, e eles começam a andar em sua direção. Sua reflexão e a
reflexão de seus amigos começam a gritar de medo. Seus amigos avançam em direção aos
seus reflexos.
Você sempre soube que estava do lado errado.
À medida que seus olhos começam a queimar de uma forma agradavelmente
doentia, seu sorriso vai crescendo lentamente até ficar grande... Muito grande.
Visita ao Cemitério
Em um sábado de manhã frio, uma mulher idosa pousava sua mão
em cima de uma lápide.
"Henry Blackwood -1938- 2004."
Ela colocou flores sobre o tumulo e chorou, algo que não
costumava fazer. Ela sempre fazia questão de trazer algo de Henry quando fazia
sua visita anual ao seu túmulo, pois sua memória não era o que costumava ser, e
seu cérebro precisava de ajuda para relembrar dos fatos. Ela trouxe algo que sempre
odiou: os aparelhos auditivos de seu marido. Ela se lembrava melancolicamente
de como ele nunca o havia usado, sempre insistindo que tinha uma audição
perfeita apesar de manter o volume da televisão tão alto .
Agora, tudo o que ela queria era que ele voltasse e a
acolhesse novamente. "Oh Henry", dizia enquanto caiu de joelhos e
olhava para o céu: "Como eu gostaria que você voltasse para mim".
Lá em cima no céu e através de sua visão borrada com
lágrimas, ela viu uma espécie de estrela vermelha. Era fraca, mas de repente,
ela ouviu uma risada maligna e a estrela brilhou irregularmente. Em seguida,
ela desapareceu no meio do sol.
A mulher enxugou suas lágrimas. Estranho. Seria somente um mero
produto de sua imaginação? Ela se levantou e examinou a área, mas não viu nada.
Parecia que o momento não passava de simples, velhas e comuns mudanças de humor
femininas. Quando ela sorriu, uma pergunta surgiu juntamente com a ideia de uma
realidade macabra: “Será que a bateria do aparelho auditivo ainda funciona?”.
Ela o colocou em seu ouvido e o ligou. Podia ouvir as quedas de penas de corvos
em uma árvore perto dali. Provavelmente ainda funcionava normalmente, devido à
falta de uso de seu marido. E então, engolindo em seco, ela encostou a orelha
no chão, em cima da sepultura.
Sua boca se abriu horrorizada quando ela ouviu batidas, arranhadas e uma voz bastante familiar gritando desesperadamente.
Sua boca se abriu horrorizada quando ela ouviu batidas, arranhadas e uma voz bastante familiar gritando desesperadamente.
29/10/2013
O Creeper
Alguem ja leu a Creepypasta do The Creeper? É a história de
um jovem, que, após ser rejeitado pelo autor do seu site favorito de terror
para ser o Creeper da Semana, sofre de um surto de esquizofrenia até então latente,
mergulhada no mais obscuro abismo de sua mente. A partir disso, ele consegue
acesso a conta de email do autor do site, onde estão todos os possíveis futuros Creepers da Semana (e os anteriores também) e inicia uma busca implacável,
violenta e sanguinária a cada um deles.
Ele os esfola e retira todos os seus
órgãos, na intenção de provar ser o único com conteúdo para ser o Creeper da Semana. Coloca as mesmas roupas e faz as mesmas poses das fotos, criando uma
caricatura cruel das vítimas, ao mesmo tempo que toma os seus lugares de
destaque.
Cuidado! Você ainda quer ser o
próximo Creeper da Semana?
Bicho-Papão
Tudo começou com meu filho de 3 anos gritando no meio da
noite. Ele estava dormindo em seu quarto. Quando eu fui ver o que havia
acontecido, ele estava em um assustador estado de histeria. Lágrimas escorriam
pelas suas pequenas bochechas rosadas enquanto ele chorava e me contava que
estava com medo do Bicho-Papão. Eu o deixei dormir junto comigo e com minha
esposa nesta noite, achando que havia sido apenas um pesadelo.
Na noite seguinte, ele nem sequer queria entrar no quarto
dele, mas eu o convenci de que o Bicho-Papão era apenas uma invenção da sua imaginação.
Porém, fui acordado mais uma vez pelos seus gritos. Corri para o quarto, somente
para encontrá-lo em lágrimas novamente.
Na terceira noite, decidi colocar uma câmera no seu quarto,
a fim de lhe mostrar que não havia nenhum monstro. Naquela noite, não houve
gritos e nem choro. Eu estava revigorado e aliviado quando acordei de manhã ,
após ter tido minha primeira boa noite de sono em três dias. No entanto, meu
filho parecia cansado. Ele nem sequer fez toda aquela bagunça que costumava fazer
enquanto o vestíamos para ir à pré-escola. Quando minha esposa o levou para lá,
decidi rever a fita da câmera, a fim de descobrir como ele havia dormido naquela
noite.
Eu nunca vou esquecer do que vi.
Por volta das 02:00, enquanto meu filho estava dormindo, sua
porta do armário se abriu lentamente . Fora das sombras, saiu uma mulher
pálida, nua, cheio de nervos, com longos cabelos brancos e olhos assustadoramente
escuros. Seu corpo era magro e frágil, como a de um sobrevivente de um
holocausto. Quando ela se virou para o lado, eu pude ver a coluna saliente de sua
corcunda como um dinossauro Ela enfiou a
mão no berço do meu filho com suas mãos anormalmente grandes e cobriu sua boca.
Ele tentava gritar, mas não conseguia. A palma de uma das mãos facilmente
envolvia sua cabeça, abafando seus gritos. Ela o pegou com uma facilidade que
uma pessoa de sua aparência definitivamente não aparentava ter, e em seguida, voltou
para o armário com ele em braços. Uma hora depois, ela voltou com o que parecia
ser um verme do tamanho de uma mochila, se contorcendo, e o colocou na cama do
meu filho antes de recuar mais uma vez para o armário.
Durante as próximas duas horas, eu o assisti enquanto ele se
contorcia e crescia lentamente, até se transformar em algo que parecia com meu
menino. Uma vez que a transformação terminou, a criatura saiu da cama e vestiu
um par de pijamas, e então deslizou para dentro dos lençóis, esperando até
entrarmos no quarto. Eu não sei o que diabos era essa coisa que saiu com minha
mulher nessa manhã, mas eu sei que definitivamente não é meu filho.
28/10/2013
Velhas noticias
“É o apocalipse, Peter!” Jacob gritou enquanto uma explosão iluminava o céu. A cidade logo foi tomada pela violência, gritos e explosões.
Começando a reviver as suas velhas memórias da Segunda Guerra Mundial, Jacob começou a entrar ainda mais em pânico quando pessoas começaram a sair cambaleando dos locais das explosões.
Peter, o seu fiel cão de guarda latia ferozmente enquanto as pessoas passavam pela frente da casa. As pessoas já pareciam mortas, e tudo ficou claro para Jacob depois que outra explosão iluminou a área para que seus velhos olhos pudessem enxergar o suficiente.
Jacob entrou rapidamente em casa e agarrou a coleira de Peter. O velho cão entrou tombando com Jacob enquanto ele fechava a porta e travava os vários trincos.
Depois de trancar completamente a casa e selar as janelas, ele tentou se acalmar o suficiente para dar uma espiada lá fora. Lá fora, o céu estava iluminado por explosões que sacudiam a casa.
De repente, um rosto surgiu na janela bem na sua frente. Levando um grande susto, ele caiu para trás em cima da mesinha de café.
“Eu sei que você está ai dentro velho,” a pessoa lá fora gemeu. Com a luz dentro da casa ele pôde ver as marcas de queimadura e várias outras feridas no rosto da pessoa na janela.
Gritando histericamente ele apagou as luzes e correu para o quarto no andar de cima. Peter estava logo atrás dele.
O homem lá fora batia em sua porta. “Saia dai e junte-se a nós!” ele gemia com uma voz de morto. Depois de alguns minutos angustiantes, as batidas cessaram e Jacob imaginou que o homem traria uma horda de outras criaturas mortas para tentar pega-lo.
Ele abriu uma gaveta do armário, afastou algumas meias e tirou uma pistola.
“Eles disseram que o apocalipse zumbi estava chegando Peter. Eu li isso na internet. Agora sei que era verdade. Me desculpa garoto,” ele disse, mirando a pistola para o seu velho companheiro, curvado em uma pilha de jornais no canto do quarto.
O cachorro morreu com apenas com um tiro e um suspiro silencioso. Em seguida Jacob virou a pistola para si mesmo.
“Planejei tudo cuidadosamente para esse dia, mas agora sabem que estou aqui. Droga, já estou indo te encontrar, Sally,” ele falou enquanto puxava o gatilho.
Porém, esse não foi o seu último pensamento.
A última coisa que passou por sua mente em seus últimos momentos de vida enquanto ainda respirava foi um importante anúncio nas páginas de um jornal que estava embaixo do corpo de Peter.
“Simulação Apocalipse Zumbi, para a noite do Halloween.”
Começando a reviver as suas velhas memórias da Segunda Guerra Mundial, Jacob começou a entrar ainda mais em pânico quando pessoas começaram a sair cambaleando dos locais das explosões.
Peter, o seu fiel cão de guarda latia ferozmente enquanto as pessoas passavam pela frente da casa. As pessoas já pareciam mortas, e tudo ficou claro para Jacob depois que outra explosão iluminou a área para que seus velhos olhos pudessem enxergar o suficiente.
Jacob entrou rapidamente em casa e agarrou a coleira de Peter. O velho cão entrou tombando com Jacob enquanto ele fechava a porta e travava os vários trincos.
Depois de trancar completamente a casa e selar as janelas, ele tentou se acalmar o suficiente para dar uma espiada lá fora. Lá fora, o céu estava iluminado por explosões que sacudiam a casa.
De repente, um rosto surgiu na janela bem na sua frente. Levando um grande susto, ele caiu para trás em cima da mesinha de café.
“Eu sei que você está ai dentro velho,” a pessoa lá fora gemeu. Com a luz dentro da casa ele pôde ver as marcas de queimadura e várias outras feridas no rosto da pessoa na janela.
Gritando histericamente ele apagou as luzes e correu para o quarto no andar de cima. Peter estava logo atrás dele.
O homem lá fora batia em sua porta. “Saia dai e junte-se a nós!” ele gemia com uma voz de morto. Depois de alguns minutos angustiantes, as batidas cessaram e Jacob imaginou que o homem traria uma horda de outras criaturas mortas para tentar pega-lo.
Ele abriu uma gaveta do armário, afastou algumas meias e tirou uma pistola.
“Eles disseram que o apocalipse zumbi estava chegando Peter. Eu li isso na internet. Agora sei que era verdade. Me desculpa garoto,” ele disse, mirando a pistola para o seu velho companheiro, curvado em uma pilha de jornais no canto do quarto.
O cachorro morreu com apenas com um tiro e um suspiro silencioso. Em seguida Jacob virou a pistola para si mesmo.
“Planejei tudo cuidadosamente para esse dia, mas agora sabem que estou aqui. Droga, já estou indo te encontrar, Sally,” ele falou enquanto puxava o gatilho.
Porém, esse não foi o seu último pensamento.
A última coisa que passou por sua mente em seus últimos momentos de vida enquanto ainda respirava foi um importante anúncio nas páginas de um jornal que estava embaixo do corpo de Peter.
“Simulação Apocalipse Zumbi, para a noite do Halloween.”
25/10/2013
ANTRAN
A foto que estão vendo foi tirada em algum momento dos anos 70. A única foto que sobrou do meu filho, e do ser artificial conhecido como ‘ANTRAN’, que adotamos para a nossa família na época.
Era um verão quente em meados dos anos setenta. Eu estava dirigindo de volta para casa depois de um longo turno na madeireira onde trabalhava, quando tive que parar em um depósito de lixo para jogar fora algumas coisas velhas. Algo chamou minha atenção pelo canto do olho enquanto me curvava, e sobre uma melhor inspeção fiquei chocado em ver, o que antes pensei que fosse uma boneca. Revestido com plástico com membros de metal, um rosto humano e frios olhos negros. Serei sincero em dizer que estava curioso naquele momento e incrivelmente impressionado com o trabalho feito naquela peça.
O interesse do meu filho foi quase tão intenso quanto o meu, e ficamos juntos por alguns dias abrindo ele, olhando seus circuitos e verificando se algo estava fora do lugar ou danificado. Mas para a nossa surpresa, o ser, ou androide, pareceu ganhar vida. Seus olhos emitiram uma luz fraca, seus braços se moveram, seus dedos se movimentaram, e alguns minutos depois ele já conseguia ficar de pé sozinho. Nem preciso dizer que estávamos com medo, e também fascinados. Quem poderia ter criado algo tão lindo e uma grande peça de arte, pensei comigo mesmo.
Em algumas semanas percebemos que ele não era um brinquedo, ou uma boneca. Ele mostrava incríveis sinais de inteligência e habilidade lógica. Ele aprendia coisas todos os dias, como levar o lixo para fora, brincar com os brinquedos do meu filho. Ele até tinha um favorito; um pequeno carro vermelho que ele gostava de dirigir pela cozinha. Ele aprendeu a imitar nossas maneiras; tentava comer com um garfo, mesmo não tendo um sistema digestivo, movendo a boca, mesmo não possuindo a capacidade de falar. Eu sabia que ele era algo mais. Talvez alguma peça militar, ou um projeto privado. Eu sabia que deveria procurar o verdadeiro dono, mas quando eu via o meu garoto brincando feliz com ele, eu não poderia fazer isso, ele sempre foi solitário, esse era um dos seus poucos amigos, que tipo de pai eu seria para negar o direito do filho de ser feliz?
Nós o nomeamos ‘ANTRAN’, que era o logotipo escrito em letras pequenas em suas costas. As semanas passaram rápido, e a vida em família parecia estar melhorando. Ele era um de nós. As notas do meu garoto melhoraram, seu comportamento melhorou, tudo estava ficando melhor. Até uma noite de Julho. Eu estava sentado em minha poltrona, assistindo TV. Meu filho e ANTRAN estavam ajoelhados no tapete brincando de luta, assim como todos os outros garotos nessa idade. Quando de repente minha atenção foi atraída por um alto arquejo. Olhei para baixo e vi meu filho segurando o braço.
“O que houve Adam?” perguntei.
Ele levantou a manga, e mostrou uma grande marca vermelha no braço.
“ANTRAN me beliscou”
A marca ainda estava vermelha, e logo ficaria roxa. Meus instintos paternos me dominaram e assim como um pai reclamando com uma criança levada, gritei com o androide. Seu rosto metálico por um momento pareceu demonstrar uma verdadeira tristeza, como se ele não conhecesse a própria força, como se estivesse se sentindo culpado, seus lábios se moveram. Se estava tentando dizer ‘me desculpa’ ou se estava apenas copiando o que eu acabei de falar, nunca saberemos. Mas tarde naquela noite eu o desculpei pelo grito, e lhe disse que estava tudo bem.
Algumas semanas depois, meu filho entrou no meu quarto. Já deveria ser muito cedo pela manhã... O meu sono foi interrompido pelo leve ranger da porta do meu quarto.
“Pai” ele sussurrou.
“Sim, filho?"
Ele continua olhando para mim.
“O que? Quem está olhando?” perguntei com os olhos semicerrados.
“ANTRAN, ele fica me olhando, do pé da cama.”
Sua voz tinha um toque de medo. Eu notei que algo não estava certo. Percebi que ele estava massageando o outro braço, e o chamei imediatamente. Puxando a manga da camisa para cima, meu coração deu um salto. Mais hematomas. Uns quatro ou cinco espalhados pelo braço.
“Tire a camisa Adam” pedi, tentando ficar calmo, eu sentia uma grande mistura de emoções crescendo dentro de mim, pânico, medo, raiva. Enquanto ele retirava a camisa o meu coração saltou ainda mais, meus olhos se encheram de lágrimas. Diante de mim, meu filho estava de pé, seu corpo cheio de hematomas de vários tamanhos, formas e cores entre vermelho e roxo. Levantei imediatamente e corri para o quarto dele.
Nada
Gritei por ANTRAN o mais alto que pude, olhando em baixo da cama, no armário, na janela, no banheiro. Nada. De repente ouvimos uma grande batida acima da gente, e então passos.
“Ele está sótão,” sussurrei, olhando para cima.
Enquanto passava pelo corredor, percebi que as paredes em ambos os lados estavam cheias de arranhões que seguiam por todo o caminho até a corda que pendia da porta do alçapão que dava para o sótão. Puxei a corda lentamente, pedindo para o meu filho assustado que ficasse onde estava... A escada desceu, e comecei a subir por ela. Peguei e liguei uma lamparina que ficava do lado da abertura. Ali no sótão encontrei apenas a pequena janela toda amassada, ele tinha escapado. Pensei imediatamente em chamar a policia, mas quem acreditaria em mim? Um ser metálico machucando o meu filho? Eles veriam os hematomas e me colocariam detido por suspeita de abusos. Eu não tinha escolhas, a não ser ficar quieto.
Meses se passaram. Sempre que saíamos de casa percebíamos mais sinais da presença de ANTRAN, suas marcas de arranhões pelas paredes do lado de fora da casa, plantas destruídas, marcas de lama que seguiam ate as janelas. Eu temia pelo meu filho. Levava ele para a escola, nunca o perdia de vista. O que fizemos para irritá-lo, e coloca-lo contra nós? Não o tratamos certo? Foi o meu grito? Eu gritava todas as noites, me desculpando para o céu estrelado, na esperança que ANTRAN pudesse ouvir, na esperança que ele parasse de nos perturbar, que parasse de espreitar a nossa casa. Mas não adiantou, se eu soubesse o que iria acontecer, eu não teria dormido aquela noite.
Meu sono foi mais uma vez interrompido, porém dessa vez por um grito de gelar o sangue. Arregalei os olhos e corri imediatamente para o quarto do meu filho. Era tarde demais, o quarto estava uma bagunça, vários objetos jogados no chão, os lençóis da cama rasgados e a janela destruída. Estourei em lágrimas, gritando com todas as forças pelo meu filho. Liguei para a policia, contando que meu filho foi sequestrado, perguntaram se eu tinha visto o sequestrador, menti e disse que não tinha visto, esperando que apenas as fotos do meu filho fossem o suficiente. Pelas próximas semanas chorei até cair no sono, soluçando feito uma criança. A vida não tinha mais sentido para mim. Desejava nunca ter encontrado aquela... COISA... Traí a confiança do meu filho como um pai, para protegê-lo e agora pago o preço.
Foi em uma madrugada de setembro, sentado em minha poltrona, bebendo. Quando ouvi a porta dos fundos sendo aberta.
“Adam?!” Chamei…
Nenhuma resposta.
Mas dessa vez, quando fui para a cozinha, encontrei no chão o carrinho vermelho favorito do ANTRAN.
Era um verão quente em meados dos anos setenta. Eu estava dirigindo de volta para casa depois de um longo turno na madeireira onde trabalhava, quando tive que parar em um depósito de lixo para jogar fora algumas coisas velhas. Algo chamou minha atenção pelo canto do olho enquanto me curvava, e sobre uma melhor inspeção fiquei chocado em ver, o que antes pensei que fosse uma boneca. Revestido com plástico com membros de metal, um rosto humano e frios olhos negros. Serei sincero em dizer que estava curioso naquele momento e incrivelmente impressionado com o trabalho feito naquela peça.
O interesse do meu filho foi quase tão intenso quanto o meu, e ficamos juntos por alguns dias abrindo ele, olhando seus circuitos e verificando se algo estava fora do lugar ou danificado. Mas para a nossa surpresa, o ser, ou androide, pareceu ganhar vida. Seus olhos emitiram uma luz fraca, seus braços se moveram, seus dedos se movimentaram, e alguns minutos depois ele já conseguia ficar de pé sozinho. Nem preciso dizer que estávamos com medo, e também fascinados. Quem poderia ter criado algo tão lindo e uma grande peça de arte, pensei comigo mesmo.
Em algumas semanas percebemos que ele não era um brinquedo, ou uma boneca. Ele mostrava incríveis sinais de inteligência e habilidade lógica. Ele aprendia coisas todos os dias, como levar o lixo para fora, brincar com os brinquedos do meu filho. Ele até tinha um favorito; um pequeno carro vermelho que ele gostava de dirigir pela cozinha. Ele aprendeu a imitar nossas maneiras; tentava comer com um garfo, mesmo não tendo um sistema digestivo, movendo a boca, mesmo não possuindo a capacidade de falar. Eu sabia que ele era algo mais. Talvez alguma peça militar, ou um projeto privado. Eu sabia que deveria procurar o verdadeiro dono, mas quando eu via o meu garoto brincando feliz com ele, eu não poderia fazer isso, ele sempre foi solitário, esse era um dos seus poucos amigos, que tipo de pai eu seria para negar o direito do filho de ser feliz?
Nós o nomeamos ‘ANTRAN’, que era o logotipo escrito em letras pequenas em suas costas. As semanas passaram rápido, e a vida em família parecia estar melhorando. Ele era um de nós. As notas do meu garoto melhoraram, seu comportamento melhorou, tudo estava ficando melhor. Até uma noite de Julho. Eu estava sentado em minha poltrona, assistindo TV. Meu filho e ANTRAN estavam ajoelhados no tapete brincando de luta, assim como todos os outros garotos nessa idade. Quando de repente minha atenção foi atraída por um alto arquejo. Olhei para baixo e vi meu filho segurando o braço.
“O que houve Adam?” perguntei.
Ele levantou a manga, e mostrou uma grande marca vermelha no braço.
“ANTRAN me beliscou”
A marca ainda estava vermelha, e logo ficaria roxa. Meus instintos paternos me dominaram e assim como um pai reclamando com uma criança levada, gritei com o androide. Seu rosto metálico por um momento pareceu demonstrar uma verdadeira tristeza, como se ele não conhecesse a própria força, como se estivesse se sentindo culpado, seus lábios se moveram. Se estava tentando dizer ‘me desculpa’ ou se estava apenas copiando o que eu acabei de falar, nunca saberemos. Mas tarde naquela noite eu o desculpei pelo grito, e lhe disse que estava tudo bem.
Algumas semanas depois, meu filho entrou no meu quarto. Já deveria ser muito cedo pela manhã... O meu sono foi interrompido pelo leve ranger da porta do meu quarto.
“Pai” ele sussurrou.
“Sim, filho?"
Ele continua olhando para mim.
“O que? Quem está olhando?” perguntei com os olhos semicerrados.
“ANTRAN, ele fica me olhando, do pé da cama.”
Sua voz tinha um toque de medo. Eu notei que algo não estava certo. Percebi que ele estava massageando o outro braço, e o chamei imediatamente. Puxando a manga da camisa para cima, meu coração deu um salto. Mais hematomas. Uns quatro ou cinco espalhados pelo braço.
“Tire a camisa Adam” pedi, tentando ficar calmo, eu sentia uma grande mistura de emoções crescendo dentro de mim, pânico, medo, raiva. Enquanto ele retirava a camisa o meu coração saltou ainda mais, meus olhos se encheram de lágrimas. Diante de mim, meu filho estava de pé, seu corpo cheio de hematomas de vários tamanhos, formas e cores entre vermelho e roxo. Levantei imediatamente e corri para o quarto dele.
Nada
Gritei por ANTRAN o mais alto que pude, olhando em baixo da cama, no armário, na janela, no banheiro. Nada. De repente ouvimos uma grande batida acima da gente, e então passos.
“Ele está sótão,” sussurrei, olhando para cima.
Enquanto passava pelo corredor, percebi que as paredes em ambos os lados estavam cheias de arranhões que seguiam por todo o caminho até a corda que pendia da porta do alçapão que dava para o sótão. Puxei a corda lentamente, pedindo para o meu filho assustado que ficasse onde estava... A escada desceu, e comecei a subir por ela. Peguei e liguei uma lamparina que ficava do lado da abertura. Ali no sótão encontrei apenas a pequena janela toda amassada, ele tinha escapado. Pensei imediatamente em chamar a policia, mas quem acreditaria em mim? Um ser metálico machucando o meu filho? Eles veriam os hematomas e me colocariam detido por suspeita de abusos. Eu não tinha escolhas, a não ser ficar quieto.
Meses se passaram. Sempre que saíamos de casa percebíamos mais sinais da presença de ANTRAN, suas marcas de arranhões pelas paredes do lado de fora da casa, plantas destruídas, marcas de lama que seguiam ate as janelas. Eu temia pelo meu filho. Levava ele para a escola, nunca o perdia de vista. O que fizemos para irritá-lo, e coloca-lo contra nós? Não o tratamos certo? Foi o meu grito? Eu gritava todas as noites, me desculpando para o céu estrelado, na esperança que ANTRAN pudesse ouvir, na esperança que ele parasse de nos perturbar, que parasse de espreitar a nossa casa. Mas não adiantou, se eu soubesse o que iria acontecer, eu não teria dormido aquela noite.
Meu sono foi mais uma vez interrompido, porém dessa vez por um grito de gelar o sangue. Arregalei os olhos e corri imediatamente para o quarto do meu filho. Era tarde demais, o quarto estava uma bagunça, vários objetos jogados no chão, os lençóis da cama rasgados e a janela destruída. Estourei em lágrimas, gritando com todas as forças pelo meu filho. Liguei para a policia, contando que meu filho foi sequestrado, perguntaram se eu tinha visto o sequestrador, menti e disse que não tinha visto, esperando que apenas as fotos do meu filho fossem o suficiente. Pelas próximas semanas chorei até cair no sono, soluçando feito uma criança. A vida não tinha mais sentido para mim. Desejava nunca ter encontrado aquela... COISA... Traí a confiança do meu filho como um pai, para protegê-lo e agora pago o preço.
Foi em uma madrugada de setembro, sentado em minha poltrona, bebendo. Quando ouvi a porta dos fundos sendo aberta.
“Adam?!” Chamei…
Nenhuma resposta.
Mas dessa vez, quando fui para a cozinha, encontrei no chão o carrinho vermelho favorito do ANTRAN.
23/10/2013
4:03
Eram 4:03 da manhã quando acordei gritando. Foi um pesadelo. E nesse pesadelo, eu assistia a todos que eu conhecia ou amava serem mortos por uma criatura. De baixa estatura, corpo gordo e longos braços que terminavam em garras que pareciam mais com espadas. Seus olhos eram fendas que soltavam um brilho vermelho no escuro, e seus dentes eram longos como chifres, e afiados como faca de açougueiro. Ele olhava para mim antes de mata-los, e gargalhava sempre que estripava um dos meus entes queridos. Como ele entrou? Ele enganou alguém para deixa-lo entrar em minha casa, ele não poderia entrar sem permissão, ele me contou depois que arrancou o coração da minha mãe. O pesadelo acabou com a criatura soltando seu sorriso maligno e andando lentamente para mim, arrastando as garras no chão. Eu gritei, e acordei.
Eu estava em meu quarto, em minha cama, em segurança. O relógio mostrava 4:03am. Ouvi uma batida na porta, e congelei imediatamente.
“Tommy, ouvi você gritando, você está bem?” Ouvi a minha mãe falar. Que alívio, minha mãe está aqui.
“Estou bem mãe, foi apenas um pesadelo” Respondi, transbordando de alívio.
“Certo querido, eu lhe trouxe um copo d’água, você quer?”
“Claro” eu disse, E quando já ia abrindo a boca para falar 'entre', lembrei que as férias em família já tinham acabado. Eu já tinha me despedido dos meus pais e retornado para meu apartamento em outra cidade.
Passei o resto da madrugada escondido no armário, esperando o amanhecer.
Eu estava em meu quarto, em minha cama, em segurança. O relógio mostrava 4:03am. Ouvi uma batida na porta, e congelei imediatamente.
“Tommy, ouvi você gritando, você está bem?” Ouvi a minha mãe falar. Que alívio, minha mãe está aqui.
“Estou bem mãe, foi apenas um pesadelo” Respondi, transbordando de alívio.
“Certo querido, eu lhe trouxe um copo d’água, você quer?”
“Claro” eu disse, E quando já ia abrindo a boca para falar 'entre', lembrei que as férias em família já tinham acabado. Eu já tinha me despedido dos meus pais e retornado para meu apartamento em outra cidade.
Passei o resto da madrugada escondido no armário, esperando o amanhecer.
21/10/2013
Podcast com a galera do Zoação 40 - 2º PARTE!
Finalmente galera, foi lançada a segunda parte de nosso podcast com a galera do Zoação 40! \o/
Na conclusão do podcast, falamos sobre mais algumas das Creepypastas mais famosas, como Dead Bart, Suicide Squidward e Jeff, O Assassino, e também falamos sobre nosso desabafo em relação ao Ambuplay e ao Tirant Gamer, e também um esclarecimento importante para todas as pessoas que desejam usar nosso conteúdo em sites terceiros. Clique no link abaixo e confira (em breve, todo o podcast também estará disponível na playlist do blog):
http://zoacao40.com.br/z40-sem-limites-19b-creepypastas/
Na conclusão do podcast, falamos sobre mais algumas das Creepypastas mais famosas, como Dead Bart, Suicide Squidward e Jeff, O Assassino, e também falamos sobre nosso desabafo em relação ao Ambuplay e ao Tirant Gamer, e também um esclarecimento importante para todas as pessoas que desejam usar nosso conteúdo em sites terceiros. Clique no link abaixo e confira (em breve, todo o podcast também estará disponível na playlist do blog):
http://zoacao40.com.br/z40-sem-limites-19b-creepypastas/
E pra quem não conhece o site, curtam a Fanpage do Zoação 40 também para ficarem ligados nas novidades, pois esse site é demais! Inclui diversos assuntos e curiosidades interessantíssimas, e a galera de lá é super gente boa (como vocês verão pelo podcast). Posso dizer que todos nós viramos fãs incondicionais do site e criamos um laço bem grande de amizade com cada um deles. Segue o link da fanpage:
Esperamos que gostem! Mais uma vez, muito obrigado a galera do Z40 pelo convite, e até a próxima \o/
Abração & Keep Creepying!
Demônio vermelho
Na ilha de Tunguska, uma ilha Russa usada como base de submarino, foram encontrados vários documentos contendo informações sobre experiências soviéticas. Os documentos estavam nos aposentos do Dr. Fritz. Dr. Fritz, pelo que sabemos, era um nazista que foi capturado pelos Spetsnaz Russos.
Aqui está o que ele escreveu:
________________________________________
Tenho pouco tempo para explicar: Fui levado pelos soviéticos para a ilha de Tunguska depois do Dia-D em 1944. Me deram ordens para construir uma maquina que pudesse alterar o DNA de suas tropas. Eu lhes disse que fui parte de uma divisão nazista designada para encontrar o Vrill e de recriar a substância usando os compostos químicos que eles tinham na estação.
Para os nazistas, tudo que eu precisava fazer era preparar uma substância corrosiva, com força suficiente para destruir até mesmo a base deles – que ingênuos! Agora com os soviéticos as coisas eram diferentes, as substâncias que me deram não eram compostos corrosivos, tive que aceita-las... não deveria fazer muitas perguntas.
Combinei o Elemento 115 com Urânio e Plutônio comprimido com Bário e destilado com Vodka. A substância deixou a cobaia 823348925 incontrolável. Ele... arrancou o próprio baço, abriu o próprio tórax, e começou a arrancar e comer seus órgãos internos de uma maneira satânica... Talvez eu tenha usado muito Plutônio e não comprimi a substância com Bário o suficiente. Ou talvez a Vodka fosse desnecessária... De qualquer maneira, a cobaia ainda estava viva e correndo para o deck de observação. O general então ordenou seus homens a abrir fogo no animal.
Eu disse apenas uma coisa. “Preciso de mais Vodka”.
Então o general ordenou a tropa a apontarem as armas para mim enquanto eu explicava como os resultados com a cobaia seriam positivos se ela não estivesse sóbria devido ao sobreaquecimento das moléculas cerebrais.
A Vodka esfriaria o corpo prematuramente e se um uniforme de refrigeração fosse construído, os resultados seriam melhores, então o general providenciou a vinda de um cientista de Chernobyl para que me acompanhasse na construção do novo uniforme estabilizador. Não tive outra escolha senão concordar.
Assim que trouxeram o Dr. Yuri, nos foi dada uma grande quantidade de Nitrogênio, Hélio, Dióxido de Carbono, Nitroglicerina, Oxigênio, e uma câmara de refrigeração. Eu tinha que provocar a morte de Yuri para provar os perigos de terem me posto aqui, então lhe dei um charuto com uma pequena quantidade de Nitroglicerina que pus com uma seringa. Yuri estava com o charuto na mão enquanto estava fora da câmara e sobreviveu a explosão. Não dei muita importância, com certeza achariam que foi um daqueles charutos da CIA que fomos alertados no laboratório nazista.
Yuri e eu trabalhamos por mais de 28 horas no uniforme CPS (Cryogenic Preservative Suit) quando finalmente o terminamos. Entregamos o CPS para o general às 0500 horas. Requisitamos um teste imediatamente e o Sgt. Dimitri se voluntariou para ser a cobaia de teste. Iniciamos o teste ás 1300 horas. Dimitri recebeu uma injeção com o composto nos braços, panturrilhas, pescoço, virilha, e abdômen.
Ele foi liberado em um ambiente com temperatura de -100 ºC e estava 100% saudável. Ele recebeu o uniforme CPS, foi despressurizado, e no momento tudo estava perfeitamente bem. Então ele começou a se transformar.
Ele destruiu o uniforme e sua pele endureceu, seus músculos cresceram intensamente, e ele ganhou uma cor avermelhada por causa da grande quantidade de sague circulando pela pele. Um exoesqueleto começou a se formar em seu corpo e então ele começou a gritar de dor.
A transformação foi um completo sucesso, mas não o tínhamos contido, controlado, e nem tentamos lembra-lo de quem ele era. A cobaia estava com amnesia e ficou confusa. Ele pulou para o encanamento no teto e o destruí, alagando do 1º ao 5º andar da estação.
Com toda a confusão, corri para meu aposento, bloqueei a porta, e agora tudo que me sobrou foi a minha caneta, alguns papéis e minha STG-44. Acredito que esse seja os meus últimos momentos.
________________________________________
No documento havia manchas de sangue que confirmaram possuir o DNA do Dr. Fritz.
Nem a cobaia e nem amostras de substâncias químicas foram encontrados.
Aqui está o que ele escreveu:
________________________________________
Tenho pouco tempo para explicar: Fui levado pelos soviéticos para a ilha de Tunguska depois do Dia-D em 1944. Me deram ordens para construir uma maquina que pudesse alterar o DNA de suas tropas. Eu lhes disse que fui parte de uma divisão nazista designada para encontrar o Vrill e de recriar a substância usando os compostos químicos que eles tinham na estação.
Para os nazistas, tudo que eu precisava fazer era preparar uma substância corrosiva, com força suficiente para destruir até mesmo a base deles – que ingênuos! Agora com os soviéticos as coisas eram diferentes, as substâncias que me deram não eram compostos corrosivos, tive que aceita-las... não deveria fazer muitas perguntas.
Combinei o Elemento 115 com Urânio e Plutônio comprimido com Bário e destilado com Vodka. A substância deixou a cobaia 823348925 incontrolável. Ele... arrancou o próprio baço, abriu o próprio tórax, e começou a arrancar e comer seus órgãos internos de uma maneira satânica... Talvez eu tenha usado muito Plutônio e não comprimi a substância com Bário o suficiente. Ou talvez a Vodka fosse desnecessária... De qualquer maneira, a cobaia ainda estava viva e correndo para o deck de observação. O general então ordenou seus homens a abrir fogo no animal.
Eu disse apenas uma coisa. “Preciso de mais Vodka”.
Então o general ordenou a tropa a apontarem as armas para mim enquanto eu explicava como os resultados com a cobaia seriam positivos se ela não estivesse sóbria devido ao sobreaquecimento das moléculas cerebrais.
A Vodka esfriaria o corpo prematuramente e se um uniforme de refrigeração fosse construído, os resultados seriam melhores, então o general providenciou a vinda de um cientista de Chernobyl para que me acompanhasse na construção do novo uniforme estabilizador. Não tive outra escolha senão concordar.
Assim que trouxeram o Dr. Yuri, nos foi dada uma grande quantidade de Nitrogênio, Hélio, Dióxido de Carbono, Nitroglicerina, Oxigênio, e uma câmara de refrigeração. Eu tinha que provocar a morte de Yuri para provar os perigos de terem me posto aqui, então lhe dei um charuto com uma pequena quantidade de Nitroglicerina que pus com uma seringa. Yuri estava com o charuto na mão enquanto estava fora da câmara e sobreviveu a explosão. Não dei muita importância, com certeza achariam que foi um daqueles charutos da CIA que fomos alertados no laboratório nazista.
Yuri e eu trabalhamos por mais de 28 horas no uniforme CPS (Cryogenic Preservative Suit) quando finalmente o terminamos. Entregamos o CPS para o general às 0500 horas. Requisitamos um teste imediatamente e o Sgt. Dimitri se voluntariou para ser a cobaia de teste. Iniciamos o teste ás 1300 horas. Dimitri recebeu uma injeção com o composto nos braços, panturrilhas, pescoço, virilha, e abdômen.
Ele foi liberado em um ambiente com temperatura de -100 ºC e estava 100% saudável. Ele recebeu o uniforme CPS, foi despressurizado, e no momento tudo estava perfeitamente bem. Então ele começou a se transformar.
Ele destruiu o uniforme e sua pele endureceu, seus músculos cresceram intensamente, e ele ganhou uma cor avermelhada por causa da grande quantidade de sague circulando pela pele. Um exoesqueleto começou a se formar em seu corpo e então ele começou a gritar de dor.
A transformação foi um completo sucesso, mas não o tínhamos contido, controlado, e nem tentamos lembra-lo de quem ele era. A cobaia estava com amnesia e ficou confusa. Ele pulou para o encanamento no teto e o destruí, alagando do 1º ao 5º andar da estação.
Com toda a confusão, corri para meu aposento, bloqueei a porta, e agora tudo que me sobrou foi a minha caneta, alguns papéis e minha STG-44. Acredito que esse seja os meus últimos momentos.
________________________________________
No documento havia manchas de sangue que confirmaram possuir o DNA do Dr. Fritz.
Nem a cobaia e nem amostras de substâncias químicas foram encontrados.
19/10/2013
Eu perdi meus óculos
Eu perdi meus óculos.
Pensei que tinha deixado-os na mesa, mas eu olhei e não havia nada além de um objeto pontiagudo. Minha visão é horrível; está tudo tão embaçado que eu não consigo distinguir formas.
Eu andei pela casa, tateando as paredes. Minha esposa provavelmente esteve pintando-as, posso ver manchas escuras e úmidas.
Pisei em algo úmido e esponjoso. Eu adoraria que as garotas não trouxessem os brinquedos da piscina para dentro de casa.
Passei pelo quarto delas e perguntei: "Vocês viram meus óculos?" Não há resposta, mas há uma protuberância por baixo de cada coberta. Devem estar dormindo, pensei.
Tentei olhar no banheiro, mas a lâmpada está queimada. Continuei tateando, e minhas mãos tocaram a bancada. Eu realmente odeio quando as crianças molham todo o lugar. Mas não parece água, é mais viscoso... Sabão?
Entrei no quarto e minha esposa estava sentada perto da janela. É claro que eu só pude ver seu vulto embaçado, afinal, minha visão está péssima. Estou ficando muito velho.
"Querida, você viu meus óculos?" Ela não respondeu. Cheguei mais perto e toquei seu ombro. Ela deslocou-se sutilmente.
"Querida?" Sua blusa estava úmida. Devia ter derramado algo nela. "Querida, você está bem?" Sem resposta.
Eu a cutuquei, e ela foi para longe de mim, mas então voltou e bateu com força em meu peito. Senti seu rosto. Sua boca estava aberta.
"Você está sem voz?" Seu rosto estava úmido. Toquei sua garganta e senti uma espécie de lenço grosso e áspero. Talvez ela tivesse comprado enquanto estive fora, mas... algo estava muito errado.
Encontrei suas mãos e vi que ela estava agarrando meus óculos. Deu trabalho para tirá-los de suas mãos, pois ela segurava com muita força, mas eu os peguei.
Eu coloquei-os...
E desejei nunca tê-los encontrado.
Pensei que tinha deixado-os na mesa, mas eu olhei e não havia nada além de um objeto pontiagudo. Minha visão é horrível; está tudo tão embaçado que eu não consigo distinguir formas.
Eu andei pela casa, tateando as paredes. Minha esposa provavelmente esteve pintando-as, posso ver manchas escuras e úmidas.
Pisei em algo úmido e esponjoso. Eu adoraria que as garotas não trouxessem os brinquedos da piscina para dentro de casa.
Passei pelo quarto delas e perguntei: "Vocês viram meus óculos?" Não há resposta, mas há uma protuberância por baixo de cada coberta. Devem estar dormindo, pensei.
Tentei olhar no banheiro, mas a lâmpada está queimada. Continuei tateando, e minhas mãos tocaram a bancada. Eu realmente odeio quando as crianças molham todo o lugar. Mas não parece água, é mais viscoso... Sabão?
Entrei no quarto e minha esposa estava sentada perto da janela. É claro que eu só pude ver seu vulto embaçado, afinal, minha visão está péssima. Estou ficando muito velho.
"Querida, você viu meus óculos?" Ela não respondeu. Cheguei mais perto e toquei seu ombro. Ela deslocou-se sutilmente.
"Querida?" Sua blusa estava úmida. Devia ter derramado algo nela. "Querida, você está bem?" Sem resposta.
Eu a cutuquei, e ela foi para longe de mim, mas então voltou e bateu com força em meu peito. Senti seu rosto. Sua boca estava aberta.
"Você está sem voz?" Seu rosto estava úmido. Toquei sua garganta e senti uma espécie de lenço grosso e áspero. Talvez ela tivesse comprado enquanto estive fora, mas... algo estava muito errado.
Encontrei suas mãos e vi que ela estava agarrando meus óculos. Deu trabalho para tirá-los de suas mãos, pois ela segurava com muita força, mas eu os peguei.
Eu coloquei-os...
E desejei nunca tê-los encontrado.
18/10/2013
Cachorro
Acordei pela manhã com o som dos trovões. Meu cachorro não gostava de trovões, então não fiquei surpreso ao ver uma forma tremendo sob a minha coberta. Mergulhei o braço por baixo da coberta para acaricia-lo. Senti a camada macia enquanto passava minha mão pelo seu pelo. Deixando-o embaixo da coberta, comecei a descer a escada para tomar o café.
Quando acabei de descer a escada, vi o meu cachorro! Ele veio correndo da sala para me receber... foi então que ouvi um rugido vindo do topo da escada.
Quando acabei de descer a escada, vi o meu cachorro! Ele veio correndo da sala para me receber... foi então que ouvi um rugido vindo do topo da escada.
17/10/2013
Melhor amigo
Você já teve uma grande amizade? Alguém que foi o seu primeiro e melhor amigo? Eu nunca poderia esquecer do meu. Eu não tinha certeza de quem ou o quê ele era, mas ele me pediu que o chamasse de “Scythe”. No lugar onde deveria estar a sua mão havia uma grande e negra garra. Veias vermelhas se espalhavam por metade do seu ‘braço-foice’ e desciam por seu outro braço murcho e decepado.
Eu era um garoto inocente, não tinha amigos de verdade, não era realmente uma criança da cidade. Eu estudava na cabana onde vivíamos. Todas as noites eu saia para a floresta levando meus restos do jantar para o Scythe, geralmente carne seca de cervo. Ele adorava carne de cervo. Às vezes ele mesmo matava alguns cervos, eu não me assustava muito, meu pai antes de ir morar na cidade também caçava e matava cervos. Porém, eu me sentia um pouco confuso ao pensar em como ele conseguia viver com uma boca daquele jeito, apenas um pedaço de pele grudava o seu lábio superior com o inferior, mas eu não dava muita importância.
Ele jurou que me protegeria. Quero dizer, quem não teria medo de um homem com uns 2 metros e uma espada no lugar da mão? O que mais me incomodava, porém, é que ele tinha três olhos, todos com tamanhos diferentes. Suas narinas eram apenas dois pontos no meio do rosto.
Nós costumávamos sentar juntos, comer, conversar, e brincar de esconde-esconde. Era legal conversar com ele, e ele era divertido para uma pessoa naquela condição. Eu não tinha certeza se ele era um homem, mas gostava de pensar que era. Às vezes ele ficava me observando pela janela do quarto, com a boca escancarada e o braço-foice descansando sobre o peito. Eu tinha muito medo de fazer perguntas sobre aquele braço, eu já tinha feito muitas outras perguntas, mas isso era diferente.
Porém, um dia… um dia… ele falou comigo, com o braço… o braço de foice apontando para o meu rosto.
“Já estou cheio de carne de cervo,” Ele chegou mais perto.
“Eu quero a sua carne.”
Eu entrei em pânico. Ele queria a MINHA carne. Ele ia me matar, e claro que enlouqueci. Ele me falou:
“Por que temos que acabar a nossa amizade desse jeito? Vamos fazer um jogo.” Ele disse apontando para uma árvore, “Vou contar e você se esconde, e quando eu chegar em 100 vou te procurar e quando encontra-lo, não se preocupe, vou te matar bem rápido, você não vai sentir nada!” Ele disse, “Não faz sentido ficar apenas sentado lhe observando, estou com fome... 1, 2, 3...”
Corri para a minha cabana o mais rápido que pude, fechei todas as janelas e disse para minha mãe que o meu amigo da floresta tentou me atacar. A minha mãe achando que algum louco tentou abusar de mim, arrumou imediatamente as nossas malas e fomos no dia seguinte para a casa do meu pai na cidade.
Agora, 10 anos depois, ainda tenho medo de sair sozinho. Ainda tenho pesadelos com aquele ocorrido. Ainda ouço o som que ele fazia quando amolava a foice em uma pedra. Posso senti-lo por perto.
Me pergunto como pude ser uma criança tão corajosa e tola ao mesmo tempo para fazer amizade com um tipo de monstro maníaco da floresta.
Recentemente os vizinhos estão apavorados, alguns cachorros da vizinhança começaram a aparecer decapitados e com uma mensagem escrita com sangue ao lado dizendo: “Vou encontra-lo...”
Ele sabe que o nosso jogo ainda não acabou.
Eu era um garoto inocente, não tinha amigos de verdade, não era realmente uma criança da cidade. Eu estudava na cabana onde vivíamos. Todas as noites eu saia para a floresta levando meus restos do jantar para o Scythe, geralmente carne seca de cervo. Ele adorava carne de cervo. Às vezes ele mesmo matava alguns cervos, eu não me assustava muito, meu pai antes de ir morar na cidade também caçava e matava cervos. Porém, eu me sentia um pouco confuso ao pensar em como ele conseguia viver com uma boca daquele jeito, apenas um pedaço de pele grudava o seu lábio superior com o inferior, mas eu não dava muita importância.
Ele jurou que me protegeria. Quero dizer, quem não teria medo de um homem com uns 2 metros e uma espada no lugar da mão? O que mais me incomodava, porém, é que ele tinha três olhos, todos com tamanhos diferentes. Suas narinas eram apenas dois pontos no meio do rosto.
Nós costumávamos sentar juntos, comer, conversar, e brincar de esconde-esconde. Era legal conversar com ele, e ele era divertido para uma pessoa naquela condição. Eu não tinha certeza se ele era um homem, mas gostava de pensar que era. Às vezes ele ficava me observando pela janela do quarto, com a boca escancarada e o braço-foice descansando sobre o peito. Eu tinha muito medo de fazer perguntas sobre aquele braço, eu já tinha feito muitas outras perguntas, mas isso era diferente.
Porém, um dia… um dia… ele falou comigo, com o braço… o braço de foice apontando para o meu rosto.
“Já estou cheio de carne de cervo,” Ele chegou mais perto.
“Eu quero a sua carne.”
Eu entrei em pânico. Ele queria a MINHA carne. Ele ia me matar, e claro que enlouqueci. Ele me falou:
“Por que temos que acabar a nossa amizade desse jeito? Vamos fazer um jogo.” Ele disse apontando para uma árvore, “Vou contar e você se esconde, e quando eu chegar em 100 vou te procurar e quando encontra-lo, não se preocupe, vou te matar bem rápido, você não vai sentir nada!” Ele disse, “Não faz sentido ficar apenas sentado lhe observando, estou com fome... 1, 2, 3...”
Corri para a minha cabana o mais rápido que pude, fechei todas as janelas e disse para minha mãe que o meu amigo da floresta tentou me atacar. A minha mãe achando que algum louco tentou abusar de mim, arrumou imediatamente as nossas malas e fomos no dia seguinte para a casa do meu pai na cidade.
Agora, 10 anos depois, ainda tenho medo de sair sozinho. Ainda tenho pesadelos com aquele ocorrido. Ainda ouço o som que ele fazia quando amolava a foice em uma pedra. Posso senti-lo por perto.
Me pergunto como pude ser uma criança tão corajosa e tola ao mesmo tempo para fazer amizade com um tipo de monstro maníaco da floresta.
Recentemente os vizinhos estão apavorados, alguns cachorros da vizinhança começaram a aparecer decapitados e com uma mensagem escrita com sangue ao lado dizendo: “Vou encontra-lo...”
Ele sabe que o nosso jogo ainda não acabou.
Ele era mais ou menos assim
papai.txt
Jacob esmurrou a porta com força. Ele estava com tanta raiva do pai. Momentos antes Jacob havia entrado na cozinha da casa do pai, onde morava.
Tudo que ele queria era comer algo, assistir TV, e navegar pela internet em seu notebook.
O pai, no entanto, não aceitava nada disso. Seu filho com seus vinte e poucos anos, desempregado e ainda morando na casa do pai.
Ele ordenou que Jacob limpasse a sala, como era o seu dever diário, e perguntou em um tom rude se ele já havia arrumado um emprego – uma pergunta que a resposta ele já sabia que era ‘não’.
Jacob, cansado de ouvir sempre a mesma coisa do pai, saiu furioso da cozinha, deixando para trás a geladeira aberta e o notebook. Enquanto saída da cozinha ele gritou várias obscenidades para o pai, e disse que queria que o pai morresse então ele poderia se juntar com a sua mãe no inferno.
A mãe de Jacob morreu alguns anos atrás quando o carro que o pai estava dirigindo atingiu uma barreira de gelo e caiu em uma vala.
Jacob culpava o pai constantemente, falando o quanto o odiava por ter matado a sua mãe. Para começar, entre eles nunca ouve um laço entre pai e filho, e com a morte da mãe, o pequeno sentimento que existia foi destruído.
Jacob ainda estava irritado e cansado por ficar a noite toda jogando seus jogos online, então foi dormir. Quando acordou, encontrou a casa estranhamente silenciosa. Seu pai geralmente era muito barulhento; se o pai não estava roncando, estava assistindo TV.
Jacob saiu do quarto e chamou para ver se havia alguém na casa. Ele verificou todos os quartos até chegar à cozinha, onde encontrou o notebook fechado, mas ainda ligado.
Com raiva, pensando no seu pai mexendo em seu notebook, ele o agarrou, foi para o quarto e o abriu para checar se o pai fez alguma bagunça em seus arquivos.
Ali, na área de trabalho, havia um curioso bloco de notas nomeado como “papai.txt” o qual ele tinha certeza que não estava ali antes. Com a curiosidade levando a melhor sobre ele, ele o abriu. Em momentos o seu mundo despencou, seus olhos se encheram de lágrimas, e ele foi tomado por um grande sentimento de culpa.
O documento que continha frases como ‘Me desculpa’, ‘Eu te amo’ e ‘Adeus’ era uma nota de suicídio do seu pai.
Ele descrevia como a morte da sua mãe o havia abalado, e como as constantes acusações de Jacob quanto ao acidente eram demais para ele suportar.
Tudo que ele queria era comer algo, assistir TV, e navegar pela internet em seu notebook.
O pai, no entanto, não aceitava nada disso. Seu filho com seus vinte e poucos anos, desempregado e ainda morando na casa do pai.
Ele ordenou que Jacob limpasse a sala, como era o seu dever diário, e perguntou em um tom rude se ele já havia arrumado um emprego – uma pergunta que a resposta ele já sabia que era ‘não’.
Jacob, cansado de ouvir sempre a mesma coisa do pai, saiu furioso da cozinha, deixando para trás a geladeira aberta e o notebook. Enquanto saída da cozinha ele gritou várias obscenidades para o pai, e disse que queria que o pai morresse então ele poderia se juntar com a sua mãe no inferno.
A mãe de Jacob morreu alguns anos atrás quando o carro que o pai estava dirigindo atingiu uma barreira de gelo e caiu em uma vala.
Jacob culpava o pai constantemente, falando o quanto o odiava por ter matado a sua mãe. Para começar, entre eles nunca ouve um laço entre pai e filho, e com a morte da mãe, o pequeno sentimento que existia foi destruído.
Jacob ainda estava irritado e cansado por ficar a noite toda jogando seus jogos online, então foi dormir. Quando acordou, encontrou a casa estranhamente silenciosa. Seu pai geralmente era muito barulhento; se o pai não estava roncando, estava assistindo TV.
Jacob saiu do quarto e chamou para ver se havia alguém na casa. Ele verificou todos os quartos até chegar à cozinha, onde encontrou o notebook fechado, mas ainda ligado.
Com raiva, pensando no seu pai mexendo em seu notebook, ele o agarrou, foi para o quarto e o abriu para checar se o pai fez alguma bagunça em seus arquivos.
Ali, na área de trabalho, havia um curioso bloco de notas nomeado como “papai.txt” o qual ele tinha certeza que não estava ali antes. Com a curiosidade levando a melhor sobre ele, ele o abriu. Em momentos o seu mundo despencou, seus olhos se encheram de lágrimas, e ele foi tomado por um grande sentimento de culpa.
O documento que continha frases como ‘Me desculpa’, ‘Eu te amo’ e ‘Adeus’ era uma nota de suicídio do seu pai.
Ele descrevia como a morte da sua mãe o havia abalado, e como as constantes acusações de Jacob quanto ao acidente eram demais para ele suportar.
15/10/2013
Bagunça
Acordei de súbito com o som de um tiro na rua. Eu ODEIO acordar antes das oito da manhã. Eu tenho TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), então qualquer coisa fora do habitual, em desordem, me deixa furiosa.
Irritada, vesti o roupão e fui para a porta da frente para ver o que estava acontecendo. Parei no caminho para consertar uma flor que estava torta no vaso. Ao abrir a porta, fui imediatamente tomada pelo clima apocalíptico. Dei um grito silencioso enquanto observava a minha rua; ela parecia uma zona de desastre. Uma casa estava em chamas, e pessoas corriam gritando. Latas de lixo viradas e barricadas improvisadas preenchiam as calçadas. Consegui me recuperar do espanto e corri de volta para dentro, trancando todas as quatro trancas. Chequei se todas as janelas estavam bem lacradas, tudo parecia certo.
…
Entrei na sala, peguei uma jarra de suco de laranja e despejei um pouco para mim em um copo antes de sentar no sofá. Liguei a televisão, e pude ouvir o ronco do gerador enquanto o consumo de energia subia. Pelo quarto dia consecutivo o sistema de transmissão de emergência ainda estava no ar. Suspirei e voltei à cozinha para preparar um pouco de torradas. Eu já estava cansada dessas transmissões de emergência. Esperava que volteassem logo com a programação normal e as noticias matinais.
“O governador declarou um estado de emergência. Essa transmissão é destinada para a sua área.” Uma pequena pausa. “Residentes de San Diego e do Condado de Imperial devem seguir para os postos da cruz vermelha, localizados no centro de San Diego e El Centro. Se não puder deixar a sua residência, tranque e barre as portas e janelas. Arme-se com qualquer arma disponível. Armas de fogo são mais efetivas, especialmente quando disparadas na cabeça do alvo. Lembre-se de manter-se hidratado se for infectado. O CCD ainda não obteve sucesso em pesquisas para a cura, mas foi observado que permanecer hidratado mantém o sistema imunológico funcionando corretamente. Se um familiar vier a óbito e retornar, não hesite em sacrifica-lo. Repetimos, NÃO HESITE. Lembrem-se, os postos da cruz vermelha estão localizados no centro de San Diego e El Centro. Os militares estabeleceram campos por todo o estado. Por favor, mantenham-se seguros.”
Eu já conhecia cada palavra da transmissão. Desliguei a TV para poupar o gerador. Uma batida forte veio da porta da frente. Pulei de susto. Arrumei algumas almofadas que havia derrubado enquanto me levantava e me dirigia para a porta. Outra batida. Olhando pela fechadura pude ver um homem terrivelmente desfigurado batendo com a cabeça em minha porta. Era um dos zumbis, com a pele cinzenta e olhos amarelos. Havia uma grande ferida aberta em seu pescoço; suas roupas sujas e manchadas de sangue acentuavam a sua repugnância.
De repente, um tiro soou pela rua, uma bala atravessou o crânio da criatura. Ele caiu imediatamente, espalhando pedaços de cérebro e sangue por toda a minha varanda. Quase desmaiei. Tanta bagunça. Ouvi um som muito alto do motor de uma moto. Percebi que já não estava mais segura em minha casa. Mas com esse transtorno, eu me sentia melhor em minha casa. A cidade infestada e suja não era legal. Eu sabia que era tolice, e logo me arrependeria por ter escolhido ficar em casa.
Eu podia ouvir os zumbis ficando inquietos lá fora, vários gemidos durante a noite. Algumas vezes ouvi os gritos dos vivos que tentavam fugir. Um dos gritos parecia da Senhora Avery que morava a duas casas de distância. Outro parecia do Sr. King da esquina. Prometi que tentaria escapar no dia seguinte, enquanto ainda tinha chance. Com as batidas dos zumbis contra a porta, cai em um sono inquieto.
Na manhã seguinte, depois de reunir tudo que caberia em meu carro e pegar o velho revólver do meu pai, sai da minha garagem pela última vez. O ar-condicionado do carro misturava o fedor de decomposição e vômito. O fedor era terrível. Analisei a rua, procurando por algum outro sobrevivente. Apenas zumbis. Eles corriam para o meu carro, batendo com os punhos sangrentos contra o meu lindo Lexus. Um dos zumbis deixou uma longa trilha de sangue na janela. Dei um grito e pisei no acelerador para dar o fora dali.
Minutos depois eu estava dirigindo pela via expressa. Veículos tombados por todos os lados, com batidas de algo querendo sair de dentro deles. Esperava que fossem apenas zumbis presos dentro daquelas carcaças. Passei por um hospital com uma grande faixa dizendo “Nenhuma ajuda aqui, tente outro.” Escrito com tinta preta. Estremeci ao pensar nos pacientes do hospital, presos em suas camas, enquanto os zumbis vinham mancando pelos corredores. Fiquei espantada que tudo tivesse caído tão rapidamente. Trancada em minha casa perfeita, eu não fazia ideia do que o resto da humanidade encarava pelo mundo.
De repente um zumbi se jogou na frente do meu carro. Percebendo isso, instintivamente desviei para evita-lo, o que provou ser um grande erro. Bati na divisão central e o carro capotou até parar de cabeça para baixo. Meus braços estavam torcidos em uma posição estranha e o vidro quebrado me cortou em várias partes. O pior de tudo é que eu não conseguia mover as minhas pernas. Eu não sabia o que fazer. Havia sangue por todo o lugar, espirrando como uma fonte. Aquele sangue vermelho escuro e nojento. Logo comecei a ficar histérica.
“SOCORRO!” Gritei. “MEU DEUS, ALGUEM ME AJUDA! POR FAVOR!”
Péssima ideia.
Os zumbis ouviram os meus gritos, e começaram a seguir para o meu carro. Onde eu não podia mexer minhas pernas. Onde eu estava indefesa.
Gritei mais. Em uma última tentativa de ser ouvida por algum salvador, mas ninguém vivo apareceu. Assim que os primeiros zumbis começaram a entrar pela janela, aceitei o meu destino.
Delirando com a perda de sangue, encontrei-me sorrindo, um sorriso infantil. Eu me sentia tonta quando disse as minhas últimas palavras:
“Não façam muita bagunça.”
Irritada, vesti o roupão e fui para a porta da frente para ver o que estava acontecendo. Parei no caminho para consertar uma flor que estava torta no vaso. Ao abrir a porta, fui imediatamente tomada pelo clima apocalíptico. Dei um grito silencioso enquanto observava a minha rua; ela parecia uma zona de desastre. Uma casa estava em chamas, e pessoas corriam gritando. Latas de lixo viradas e barricadas improvisadas preenchiam as calçadas. Consegui me recuperar do espanto e corri de volta para dentro, trancando todas as quatro trancas. Chequei se todas as janelas estavam bem lacradas, tudo parecia certo.
…
Entrei na sala, peguei uma jarra de suco de laranja e despejei um pouco para mim em um copo antes de sentar no sofá. Liguei a televisão, e pude ouvir o ronco do gerador enquanto o consumo de energia subia. Pelo quarto dia consecutivo o sistema de transmissão de emergência ainda estava no ar. Suspirei e voltei à cozinha para preparar um pouco de torradas. Eu já estava cansada dessas transmissões de emergência. Esperava que volteassem logo com a programação normal e as noticias matinais.
“O governador declarou um estado de emergência. Essa transmissão é destinada para a sua área.” Uma pequena pausa. “Residentes de San Diego e do Condado de Imperial devem seguir para os postos da cruz vermelha, localizados no centro de San Diego e El Centro. Se não puder deixar a sua residência, tranque e barre as portas e janelas. Arme-se com qualquer arma disponível. Armas de fogo são mais efetivas, especialmente quando disparadas na cabeça do alvo. Lembre-se de manter-se hidratado se for infectado. O CCD ainda não obteve sucesso em pesquisas para a cura, mas foi observado que permanecer hidratado mantém o sistema imunológico funcionando corretamente. Se um familiar vier a óbito e retornar, não hesite em sacrifica-lo. Repetimos, NÃO HESITE. Lembrem-se, os postos da cruz vermelha estão localizados no centro de San Diego e El Centro. Os militares estabeleceram campos por todo o estado. Por favor, mantenham-se seguros.”
Eu já conhecia cada palavra da transmissão. Desliguei a TV para poupar o gerador. Uma batida forte veio da porta da frente. Pulei de susto. Arrumei algumas almofadas que havia derrubado enquanto me levantava e me dirigia para a porta. Outra batida. Olhando pela fechadura pude ver um homem terrivelmente desfigurado batendo com a cabeça em minha porta. Era um dos zumbis, com a pele cinzenta e olhos amarelos. Havia uma grande ferida aberta em seu pescoço; suas roupas sujas e manchadas de sangue acentuavam a sua repugnância.
De repente, um tiro soou pela rua, uma bala atravessou o crânio da criatura. Ele caiu imediatamente, espalhando pedaços de cérebro e sangue por toda a minha varanda. Quase desmaiei. Tanta bagunça. Ouvi um som muito alto do motor de uma moto. Percebi que já não estava mais segura em minha casa. Mas com esse transtorno, eu me sentia melhor em minha casa. A cidade infestada e suja não era legal. Eu sabia que era tolice, e logo me arrependeria por ter escolhido ficar em casa.
Eu podia ouvir os zumbis ficando inquietos lá fora, vários gemidos durante a noite. Algumas vezes ouvi os gritos dos vivos que tentavam fugir. Um dos gritos parecia da Senhora Avery que morava a duas casas de distância. Outro parecia do Sr. King da esquina. Prometi que tentaria escapar no dia seguinte, enquanto ainda tinha chance. Com as batidas dos zumbis contra a porta, cai em um sono inquieto.
Na manhã seguinte, depois de reunir tudo que caberia em meu carro e pegar o velho revólver do meu pai, sai da minha garagem pela última vez. O ar-condicionado do carro misturava o fedor de decomposição e vômito. O fedor era terrível. Analisei a rua, procurando por algum outro sobrevivente. Apenas zumbis. Eles corriam para o meu carro, batendo com os punhos sangrentos contra o meu lindo Lexus. Um dos zumbis deixou uma longa trilha de sangue na janela. Dei um grito e pisei no acelerador para dar o fora dali.
Minutos depois eu estava dirigindo pela via expressa. Veículos tombados por todos os lados, com batidas de algo querendo sair de dentro deles. Esperava que fossem apenas zumbis presos dentro daquelas carcaças. Passei por um hospital com uma grande faixa dizendo “Nenhuma ajuda aqui, tente outro.” Escrito com tinta preta. Estremeci ao pensar nos pacientes do hospital, presos em suas camas, enquanto os zumbis vinham mancando pelos corredores. Fiquei espantada que tudo tivesse caído tão rapidamente. Trancada em minha casa perfeita, eu não fazia ideia do que o resto da humanidade encarava pelo mundo.
De repente um zumbi se jogou na frente do meu carro. Percebendo isso, instintivamente desviei para evita-lo, o que provou ser um grande erro. Bati na divisão central e o carro capotou até parar de cabeça para baixo. Meus braços estavam torcidos em uma posição estranha e o vidro quebrado me cortou em várias partes. O pior de tudo é que eu não conseguia mover as minhas pernas. Eu não sabia o que fazer. Havia sangue por todo o lugar, espirrando como uma fonte. Aquele sangue vermelho escuro e nojento. Logo comecei a ficar histérica.
“SOCORRO!” Gritei. “MEU DEUS, ALGUEM ME AJUDA! POR FAVOR!”
Péssima ideia.
Os zumbis ouviram os meus gritos, e começaram a seguir para o meu carro. Onde eu não podia mexer minhas pernas. Onde eu estava indefesa.
Gritei mais. Em uma última tentativa de ser ouvida por algum salvador, mas ninguém vivo apareceu. Assim que os primeiros zumbis começaram a entrar pela janela, aceitei o meu destino.
Delirando com a perda de sangue, encontrei-me sorrindo, um sorriso infantil. Eu me sentia tonta quando disse as minhas últimas palavras:
“Não façam muita bagunça.”
207
Eu sou um bibliotecário, e um certo dia encontrei um livro no chão que não estava em nosso sistema. Levei-o para casa e resolvi ler. Era um livro assustador. A parte mais assustadora era a página 207, uma página holográfica onde um monstro pulava em sua direção.
No dia seguinte, eu mostrei o livro a um amigo. Ele veio no dia seguinte para me devolver e me disse que aquele livro era "extremamente doentio". Perguntei a ele sobre a página 207, e ele me disse que ali só haviam 206 páginas.
Fui para casa com o livro outra vez, e pouco antes de trancar as portas, eu dei outra olhada nele. Olhei a página 207, e elas estava ali, mas dessa vez era apenas uma página em branco sem nenhuma numeração. Confuso, eu olhei para trás, apenas para ver um monstro bem atrás de mim, a poucos segundos de me alcançar.
No dia seguinte, não havia como destrancar as portas, e as janelas estavam cobertas por páginas de outros livros... página 207, sempre. E se você quer saber o que me aconteceu... Eles nunca me encontraram. Bem, como eles poderiam se nunca checaram a página 208?
No dia seguinte, eu mostrei o livro a um amigo. Ele veio no dia seguinte para me devolver e me disse que aquele livro era "extremamente doentio". Perguntei a ele sobre a página 207, e ele me disse que ali só haviam 206 páginas.
Fui para casa com o livro outra vez, e pouco antes de trancar as portas, eu dei outra olhada nele. Olhei a página 207, e elas estava ali, mas dessa vez era apenas uma página em branco sem nenhuma numeração. Confuso, eu olhei para trás, apenas para ver um monstro bem atrás de mim, a poucos segundos de me alcançar.
No dia seguinte, não havia como destrancar as portas, e as janelas estavam cobertas por páginas de outros livros... página 207, sempre. E se você quer saber o que me aconteceu... Eles nunca me encontraram. Bem, como eles poderiam se nunca checaram a página 208?
12/10/2013
Jovem outra vez
A velha e rancorosa mulher esteve encarando a banheira por uns 15 minutos até ter certeza que ele estava morto. Retirando o seu pé podre de cima da cabeça dele, ele boiou lentamente para a superfície da água calma e fria.
Agarrando-o pela cabeça com suas unhas em garras penetrando em sua pele branca e macia, ela o retirou da água com um único movimento antes de esmaga-lo com força no chão. A parte de trás de sua cabeça ficou mole e achatada como uma panqueca, enquanto os lados se partiram e fluidos cerebrais vazavam pelas rachaduras. Então ela começou a trabalhar:
Pegando uma tesoura enferrujada ela começou a cortar toda a pele ao redor da cabeça, tomando um cuidado especial para preservar as pálpebras. Então, com bastante esforço, ficando pior com a falta de alguns dedos em sua mão, ela arrancou a cabeça dele e a descartou jogando em uma pia.
Ela era grisalha, com cabelos caindo até os joelhos, terríveis olhos fundos e uma boca com poucos dentes. Feia. Horrorosa. Mas isso estava prestes a mudar.
Pegando uma grande agulha e uma grossa linha, ela começou a colar a pele em seu próprio rosto. Não parecia nada atraente. A pele estava presa em seu rosto pela linha apodrecida, que contornava o seu rosto entrando e saindo por baixo de sua pele. Ela ignorou a dor. E o sangue. Havia muito sangue. Parte do sangue nem era dela mesma.
Depois de quinze minutos agonizantes, ela se levantou com seus joelhos oscilantes, suas mãos ainda estavam trêmulas e a sua visão levemente borrada pela dor intensa. Mas nada disso importava agora.
Enquanto se olhava no espelho, ela não pôde deixar de sorrir, aquele maligno, sujo, e desdentado sorriso. Antes ela era nojenta, como uma bruxa, ou alguma outra criatura morta, mas agora ela estava linda. Foi um milagre a família do outro lado da rua ter confiado nela para tomar conta do bebê.
Não importava agora.
Ela finalmente tinha um rosto infantil.
Agarrando-o pela cabeça com suas unhas em garras penetrando em sua pele branca e macia, ela o retirou da água com um único movimento antes de esmaga-lo com força no chão. A parte de trás de sua cabeça ficou mole e achatada como uma panqueca, enquanto os lados se partiram e fluidos cerebrais vazavam pelas rachaduras. Então ela começou a trabalhar:
Pegando uma tesoura enferrujada ela começou a cortar toda a pele ao redor da cabeça, tomando um cuidado especial para preservar as pálpebras. Então, com bastante esforço, ficando pior com a falta de alguns dedos em sua mão, ela arrancou a cabeça dele e a descartou jogando em uma pia.
Ela era grisalha, com cabelos caindo até os joelhos, terríveis olhos fundos e uma boca com poucos dentes. Feia. Horrorosa. Mas isso estava prestes a mudar.
Pegando uma grande agulha e uma grossa linha, ela começou a colar a pele em seu próprio rosto. Não parecia nada atraente. A pele estava presa em seu rosto pela linha apodrecida, que contornava o seu rosto entrando e saindo por baixo de sua pele. Ela ignorou a dor. E o sangue. Havia muito sangue. Parte do sangue nem era dela mesma.
Depois de quinze minutos agonizantes, ela se levantou com seus joelhos oscilantes, suas mãos ainda estavam trêmulas e a sua visão levemente borrada pela dor intensa. Mas nada disso importava agora.
Enquanto se olhava no espelho, ela não pôde deixar de sorrir, aquele maligno, sujo, e desdentado sorriso. Antes ela era nojenta, como uma bruxa, ou alguma outra criatura morta, mas agora ela estava linda. Foi um milagre a família do outro lado da rua ter confiado nela para tomar conta do bebê.
Não importava agora.
Ela finalmente tinha um rosto infantil.
10/10/2013
7 minutos
Se alguma vez você passou por uma experiência de quase morte, provavelmente você viu sua vida passar pelos seus olhos em um único instante. Perguntei a algumas pessoas que passaram por isso, e disseram que era como se toda sua vida passasse em um único segundo. Não é lá muito improvável. Seu cérebro gosta de evitar o estresse de enfrentar o fato de que está morrendo. Então, se seu cérebro pensasse que você vai morrer, usaria o recurso mais fácil para escapar: memória. Então quando você está bem perto da morte, seu cérebro apaga cada memória que você tem.
O cérebro também permanecerá vivo por 7 minutos após sua morte, uma vez que ele continua intacto. Então, se você tem 7 minutos e você vê toda sua vida em um mísero segundo, isso é o mesmo que 60 vidas por minuto. 420 em 7 minutos. É muito tempo, e são muitas experiências com a morte.
Quanto tempo você ainda tem?
O cérebro também permanecerá vivo por 7 minutos após sua morte, uma vez que ele continua intacto. Então, se você tem 7 minutos e você vê toda sua vida em um mísero segundo, isso é o mesmo que 60 vidas por minuto. 420 em 7 minutos. É muito tempo, e são muitas experiências com a morte.
Quanto tempo você ainda tem?
Amarga realidade
Quando eu era criança eu tinha uma imaginação muito fértil. Criava cenários em minha mente, pensava em personagens e preparava toda uma história para por a minha irmãzinha para dormir... Eu acreditava que tinha talento para isso. Meus pais sorriam quando comecei a usar meus talentos artísticos na escola. Pinturas, histórias, músicas... e minha mãe me abraçava e sussurrava em meu ouvido;
“Terry, você tem um presente incrível.” E esse presente ficou comigo por toda a minha vida.
No ensino fundamental eu não tinha muitos amigos, então comecei a cria-los. Em minha mente. Eu tinha um novo amigo todos os dias. Então comecei a desenha-los em um dos meus livros. As crianças riam de mim mais eu não ligava. Eu tinha a minha mente, e ela era a minha amiga. Eu sentava sozinho e conversava com meus personagens. Eles também tinham personalidades diferentes. Os professores riam sempre que eu passava por eles.
“Como vai a sua imaginação?”
“Bem,” Eu respondia, “Frank brincou comigo hoje.”
“Que legal querido. Agora vamos para a aula.”
Isso é tudo que me lembro daquela época, além das minhas aventuras imaginárias. Mas no ensino médio, conheci uma garota. Eu nunca tinha feito um... amigo de verdade antes, então eu estava realmente tímido. Eu me aproximei dela e comecei a conversar.
“Olá, sou o Terry.” Sorri para ela, ignorando meus amigos imaginários dando risinhos atrás de mim. Eu nunca havia me expressado tanto fora da minha imaginação.
“Oi, meu nome é Janet,” Ela falou em um tom doce. “Quer ser meu amigo?”
Desse momento em diante passei grande parte dos meus dias com a Janet. Meus amigos imaginários logo começaram a partir, desapareceram e sumiram da minha memoria. Mas eu tinha uma amiga. Não uma amiga de mentira, era uma amiga de verdade. Uma amiga com quem poderia conversar com quem poderia brincar.
Saímos em encontros por alguns anos depois que nos formamos. Tínhamos o mesmo emprego, passamos e viver juntos, tínhamos todo o tempo que precisávamos para ficarmos juntos. Então, quando completei vinte e cinco anos, fiz a proposta para ela. E ela disse sim!
Planejamos nosso casamento nos próximos seis meses, e alguns dias antes do casamento Janet conversou comigo:
“Depois que nos casarmos, podemos ir para algum lugar?” Ela perguntou.
“Sim,” Eu respondi feliz. “Eu sempre quis ir para a França. Você quer ir para lá?”
“Então vamos para a França!” Ela respondeu feliz. Me abraçando apertado. Então as paredes do quarto de onde estávamos começaram a ficar brancas. Um branco profundo. Como nenhum outro branco que eu já tinha visto. Os móveis começaram a dissolver, as luzes desapareceram e eu agarrei Janet e corri para a porta. Pus a mão na maçaneta e... me virei e olhei para trás. O quarto estava vazio, apenas eu e Janet estávamos ali dentro. As paredes estavam preenchidas por travesseiros e havia uma cama em um canto. Olhei para Janet, ela olhou para mim. Então ela começou a desaparecer, lentamente no inicio e depois ficou mais rápido, e rápido. Tentei segura-la mais os meus braços estavam presos por dentro de uma grande camisa. Eu tentei, tentei e tentei, mas não consegui me soltar. Eu a vi desaparecer. Meu amor, minha vida, minha única amiga. Se foi. Me deixando nesse quarto vazio, nessa prisão. Nesse... nesse hospício.
“Terry, você tem um presente incrível.” E esse presente ficou comigo por toda a minha vida.
No ensino fundamental eu não tinha muitos amigos, então comecei a cria-los. Em minha mente. Eu tinha um novo amigo todos os dias. Então comecei a desenha-los em um dos meus livros. As crianças riam de mim mais eu não ligava. Eu tinha a minha mente, e ela era a minha amiga. Eu sentava sozinho e conversava com meus personagens. Eles também tinham personalidades diferentes. Os professores riam sempre que eu passava por eles.
“Como vai a sua imaginação?”
“Bem,” Eu respondia, “Frank brincou comigo hoje.”
“Que legal querido. Agora vamos para a aula.”
Isso é tudo que me lembro daquela época, além das minhas aventuras imaginárias. Mas no ensino médio, conheci uma garota. Eu nunca tinha feito um... amigo de verdade antes, então eu estava realmente tímido. Eu me aproximei dela e comecei a conversar.
“Olá, sou o Terry.” Sorri para ela, ignorando meus amigos imaginários dando risinhos atrás de mim. Eu nunca havia me expressado tanto fora da minha imaginação.
“Oi, meu nome é Janet,” Ela falou em um tom doce. “Quer ser meu amigo?”
Desse momento em diante passei grande parte dos meus dias com a Janet. Meus amigos imaginários logo começaram a partir, desapareceram e sumiram da minha memoria. Mas eu tinha uma amiga. Não uma amiga de mentira, era uma amiga de verdade. Uma amiga com quem poderia conversar com quem poderia brincar.
Saímos em encontros por alguns anos depois que nos formamos. Tínhamos o mesmo emprego, passamos e viver juntos, tínhamos todo o tempo que precisávamos para ficarmos juntos. Então, quando completei vinte e cinco anos, fiz a proposta para ela. E ela disse sim!
Planejamos nosso casamento nos próximos seis meses, e alguns dias antes do casamento Janet conversou comigo:
“Depois que nos casarmos, podemos ir para algum lugar?” Ela perguntou.
“Sim,” Eu respondi feliz. “Eu sempre quis ir para a França. Você quer ir para lá?”
“Então vamos para a França!” Ela respondeu feliz. Me abraçando apertado. Então as paredes do quarto de onde estávamos começaram a ficar brancas. Um branco profundo. Como nenhum outro branco que eu já tinha visto. Os móveis começaram a dissolver, as luzes desapareceram e eu agarrei Janet e corri para a porta. Pus a mão na maçaneta e... me virei e olhei para trás. O quarto estava vazio, apenas eu e Janet estávamos ali dentro. As paredes estavam preenchidas por travesseiros e havia uma cama em um canto. Olhei para Janet, ela olhou para mim. Então ela começou a desaparecer, lentamente no inicio e depois ficou mais rápido, e rápido. Tentei segura-la mais os meus braços estavam presos por dentro de uma grande camisa. Eu tentei, tentei e tentei, mas não consegui me soltar. Eu a vi desaparecer. Meu amor, minha vida, minha única amiga. Se foi. Me deixando nesse quarto vazio, nessa prisão. Nesse... nesse hospício.
07/10/2013
Dragon Ball Z - A vingança de Yamcha (episódio perdido)
Descobri a pouco tempo o que são episódios perdidos. Percebi que pela internet as pessoas costumam se interessar muito por essas coisas, então decidi contar algo que aconteceu comigo. É algo que preciso desabafar. Vocês vão decidir se querem acreditar ou não, mais as lembranças continuam bem nítidas em minha mente.
Isso aconteceu a uns 10 ou 11 anos atrás. Eu fui a uma velha loja de filmes. Eu e os meus amigos na época estávamos na onda de Dragon Ball Z. Então quando vi uma fita de Dragon Ball Z, claro, eu a agarrei logo. A capa apresentava os personagens normais. Goku, Piccolo, Kuririn, Gohan, Videl, Goten, Trunks, e um Yamcha muito borrado. Eu não me preocupei muito, já que era uma fita de segunda mão, a capa já estava muita gasta. Eu paguei pela fita e fui para casa. Convidei alguns dos meus melhores amigos para assistir comigo.
Pus a fita no videocassete e a musica de introdução da fase de Majin Boo tocou normal. Mas dessa vez Yamcha aparecia no final reunido com os personagens logo atrás de Bulma e ao lado de Piccolo, isso não estava certo, Yamcha não aparecia nessa abertura, e ele continuava borrado, assim como na capa, e os seus olhos estavam... diferentes. Um brilho vermelho vinha deles. Eu e meus amigos achamos aquilo estranho, mas continuamos a assistir.
O título do episódio era “A Vingança de Yamcha!” Nós nunca ouvimos sobre esse episódio então supomos que era um episódio raro, ou algo assim. O episódio começou. Passava-se depois que o Majin Buu foi derrotado, e todos estavam comentando o quão difícil foi para derrota-lo. Provavelmente um episódio chato, cheio de conversa e sem pancadaria. Então Kuririn apareceu para se encontrar com os outros. Eu lembro de Goku perguntando “Pensei que o Yamcha estava com você”.
Kuririn respondeu muito triste “Eu o perdi” e todos se assustaram.
Lembro que Goku perguntou como aconteceu ou alguma outra coisa, então todos os personagens olharam para o céu e fizeram uma cara de espanto, o vídeo ficou escuro. Continuei apertando o PLAY e nada. Então ouvi gritos. Eram gritos iguais aos dos personagens. A imagem voltou com todos os personagens caídos e mutilados. O único de pé era Vegeta. A voz de Yamcha surgiu em um tom demoníaco.
“Oh veja, O príncipe está com medo”
Então Vegeta caiu. Corri para desligar o vídeo, e Yamcha falou.
“Não há como fugir de mim”
Eu e meus amigos entramos em pânico. Como algo tão ridículo assim poderia estar acontecendo? Isso não parecia real. A tela se encheu com o vermelho do sangue dos personagens. E Yamcha apareceu na tela. Com olhos vermelhos, pálido como um fantasma. A TV desligou.
Tentamos nos acalmar e ligamos as luzes. Elas se apagaram imediatamente. A TV começou a piscar. A cada flash aparecia o rosto ensanguentado de um personagem morto. Ficamos horrorizados. O que era aquilo? Alguma fita amaldiçoada? Não era real, só podia ser um sonho. Como pode acontecer algo assim em um episodio de Dragon Ball Z? Eu arranquei a fita do videocassete e tudo voltou ao normal. Tinha algo escrito na fita.
“Boa noite.”
Meus amigos sairam correndo da casa, me deixando sozinho com a fita. Sozinho no escuro. As luzes se recusavam a acender. Então sentei e pensei sobre Yamcha. Eu nunca dei muita atenção para ele, sempre o achava um tolo, e nunca servia para nada. Será que os responsáveis pela produção do episódio quiseram mais violência, como Yamcha poderia ficar assim? Não fazia sentido. O que diabos era aquilo? Esse episódio era uma brincadeira de mau gosto.
Sai de casa. Meus amigos ainda estavam lá fora.
Eles decidiram que ficariam por mim. Peguei a fita, cuspi nela e a joguei no esgoto. Como meus pais estavam viajando meus amigos decidiram passar a noite na minha casa. Nós dormimos um pouco mais tranquilos.
Fui despertado pelo som de estática vindo da sala. Minha TV estava desligada. Como era possível? Tentei acordar meus amigos e estavam todos pálidos e gelados. Eles estavam... mortos?
Gritei o mais alto que pude “ISSO NÃO É REAL. É UM PESSADELO!”
E uma voz respondeu “Não, essa é a minha vingança.”
Corri para o banheiro e tranquei a porta. Então olhei para o espelho. Meu reflexo se transformou no próprio Yamcha. O espelho rachou e se partiu em vários pedaços. Um pedaço bastante pontiagudo voou direto para o meu olho. Eu gritei de dor. E... acordei de repente.
Eu ainda estava deitando em minha cama, meus amigos também estavam por ali dormindo. Chequei se estavam vivos e fiquei aliviando ao perceber que estavam todos normais e respirando. A TV continuava desligada e silenciosa. Mas tinha algo em cima da mesa.
A maldita fita estava em cima da mesa. Com a mesma capa desbotada. Peguei a droga da fita e fui de bicicleta para a loja de onde comprei. Eu estava com tanta raiva que ao me aproximar da loja comecei a pedalar mais rápido. Passei com bastante velocidade e arremessei a fita com bastante força para dentro da loja. Continuei pedalando sem parar para que ninguém visse quem a arremessou, eu também não queria meu dinheiro de volta.
...
Uma semana depois, um dos meus primos me ligou perguntando se eu gostaria de ir para a casa dele passar o final de semana e assistir a uma fita de Dragon Ball que ele tinha acabado de comprar. Ele disse que a capa da fita estava um pouco borrada. E também disse que o vendedor tinha uma cicatriz na testa e parecia doido para se livrar dela.
Eu imediatamente pedi que ele se livrasse da fita e não me ligasse mais.
Até hoje ninguém sabe quem invadiu a casa do meu primo e o esquartejou. A fita sumiu e ninguém acreditaria se eu contasse quem foi o culpado.
Isso aconteceu a uns 10 ou 11 anos atrás. Eu fui a uma velha loja de filmes. Eu e os meus amigos na época estávamos na onda de Dragon Ball Z. Então quando vi uma fita de Dragon Ball Z, claro, eu a agarrei logo. A capa apresentava os personagens normais. Goku, Piccolo, Kuririn, Gohan, Videl, Goten, Trunks, e um Yamcha muito borrado. Eu não me preocupei muito, já que era uma fita de segunda mão, a capa já estava muita gasta. Eu paguei pela fita e fui para casa. Convidei alguns dos meus melhores amigos para assistir comigo.
Pus a fita no videocassete e a musica de introdução da fase de Majin Boo tocou normal. Mas dessa vez Yamcha aparecia no final reunido com os personagens logo atrás de Bulma e ao lado de Piccolo, isso não estava certo, Yamcha não aparecia nessa abertura, e ele continuava borrado, assim como na capa, e os seus olhos estavam... diferentes. Um brilho vermelho vinha deles. Eu e meus amigos achamos aquilo estranho, mas continuamos a assistir.
O título do episódio era “A Vingança de Yamcha!” Nós nunca ouvimos sobre esse episódio então supomos que era um episódio raro, ou algo assim. O episódio começou. Passava-se depois que o Majin Buu foi derrotado, e todos estavam comentando o quão difícil foi para derrota-lo. Provavelmente um episódio chato, cheio de conversa e sem pancadaria. Então Kuririn apareceu para se encontrar com os outros. Eu lembro de Goku perguntando “Pensei que o Yamcha estava com você”.
Kuririn respondeu muito triste “Eu o perdi” e todos se assustaram.
Lembro que Goku perguntou como aconteceu ou alguma outra coisa, então todos os personagens olharam para o céu e fizeram uma cara de espanto, o vídeo ficou escuro. Continuei apertando o PLAY e nada. Então ouvi gritos. Eram gritos iguais aos dos personagens. A imagem voltou com todos os personagens caídos e mutilados. O único de pé era Vegeta. A voz de Yamcha surgiu em um tom demoníaco.
“Oh veja, O príncipe está com medo”
Então Vegeta caiu. Corri para desligar o vídeo, e Yamcha falou.
“Não há como fugir de mim”
Eu e meus amigos entramos em pânico. Como algo tão ridículo assim poderia estar acontecendo? Isso não parecia real. A tela se encheu com o vermelho do sangue dos personagens. E Yamcha apareceu na tela. Com olhos vermelhos, pálido como um fantasma. A TV desligou.
Tentamos nos acalmar e ligamos as luzes. Elas se apagaram imediatamente. A TV começou a piscar. A cada flash aparecia o rosto ensanguentado de um personagem morto. Ficamos horrorizados. O que era aquilo? Alguma fita amaldiçoada? Não era real, só podia ser um sonho. Como pode acontecer algo assim em um episodio de Dragon Ball Z? Eu arranquei a fita do videocassete e tudo voltou ao normal. Tinha algo escrito na fita.
“Boa noite.”
Meus amigos sairam correndo da casa, me deixando sozinho com a fita. Sozinho no escuro. As luzes se recusavam a acender. Então sentei e pensei sobre Yamcha. Eu nunca dei muita atenção para ele, sempre o achava um tolo, e nunca servia para nada. Será que os responsáveis pela produção do episódio quiseram mais violência, como Yamcha poderia ficar assim? Não fazia sentido. O que diabos era aquilo? Esse episódio era uma brincadeira de mau gosto.
Sai de casa. Meus amigos ainda estavam lá fora.
Eles decidiram que ficariam por mim. Peguei a fita, cuspi nela e a joguei no esgoto. Como meus pais estavam viajando meus amigos decidiram passar a noite na minha casa. Nós dormimos um pouco mais tranquilos.
Fui despertado pelo som de estática vindo da sala. Minha TV estava desligada. Como era possível? Tentei acordar meus amigos e estavam todos pálidos e gelados. Eles estavam... mortos?
Gritei o mais alto que pude “ISSO NÃO É REAL. É UM PESSADELO!”
E uma voz respondeu “Não, essa é a minha vingança.”
Corri para o banheiro e tranquei a porta. Então olhei para o espelho. Meu reflexo se transformou no próprio Yamcha. O espelho rachou e se partiu em vários pedaços. Um pedaço bastante pontiagudo voou direto para o meu olho. Eu gritei de dor. E... acordei de repente.
Eu ainda estava deitando em minha cama, meus amigos também estavam por ali dormindo. Chequei se estavam vivos e fiquei aliviando ao perceber que estavam todos normais e respirando. A TV continuava desligada e silenciosa. Mas tinha algo em cima da mesa.
A maldita fita estava em cima da mesa. Com a mesma capa desbotada. Peguei a droga da fita e fui de bicicleta para a loja de onde comprei. Eu estava com tanta raiva que ao me aproximar da loja comecei a pedalar mais rápido. Passei com bastante velocidade e arremessei a fita com bastante força para dentro da loja. Continuei pedalando sem parar para que ninguém visse quem a arremessou, eu também não queria meu dinheiro de volta.
...
Uma semana depois, um dos meus primos me ligou perguntando se eu gostaria de ir para a casa dele passar o final de semana e assistir a uma fita de Dragon Ball que ele tinha acabado de comprar. Ele disse que a capa da fita estava um pouco borrada. E também disse que o vendedor tinha uma cicatriz na testa e parecia doido para se livrar dela.
Eu imediatamente pedi que ele se livrasse da fita e não me ligasse mais.
Até hoje ninguém sabe quem invadiu a casa do meu primo e o esquartejou. A fita sumiu e ninguém acreditaria se eu contasse quem foi o culpado.
05/10/2013
1-2-3-5-6
Fontes/Resumo
Isso foi postado no reddit, em um tópico onde os usuários relatavam as experiências mais assustadoras que já haviam passado na vida. O tópico está aqui e o comentário original está aqui.
Nota: essa história é de fato real, e outras fontes provaram que esse prédio realmente existe.
1-2-3-5-6
Há algum tempo atrás, eu estava em Taiwan, e tinha ido a um mercado noturno. Vi que, em um prédio de 5 ou 6 andares, havia o anúncio de um cyber café.
Achei que seria bom enviar alguns e-mails, e entrei pela porta pequena e escura. O prédio era velho e parecia não ter recebido reparos por um bom tempo, mas isso é bastante comum em Taiwan. A entrada levava a um salão escuro, no qual havia apenas um elevador.
Apertei o botão e entrei. O elevador era incrivelmente novo comparado ao prédio, mas não pensei muito a respeito. Como é comum em prédios da China e de Taiwan, não havia um quarto andar (é considerado má sorte, já que no idioma local, "quatro" soa como "morte"), então os botões eram 1-2-3-5-6, como era de se esperar.
Uma vez que o cyber café estava no sexto andar, apertei o botão número 6. Silenciosamente o elevador começou a funcionar. Quando parou, achei que havia chegado ao meu andar e, impulsivamente, comecei a sair.
Antes de colocar meus pés para fora, entretanto, a visão do lado de fora do elevador me fez parar. Estava completamente escuro, apenas iluminado levemente pela luz do elevador. Parecia não ter sido ocupado por décadas, haviam móveis espalhados pelo lugar, cobertos com um pano branco ou algo assim. O prédio era bem pequeno, e cada andar comportava apenas uma loja ou empresa, então eu podia ver praticamente todo o andar aonde eu estava.
Pensei que havia chegado ao andar errado e olhei para a luz acima do elevador, que indica em que andar você está. Não havia nada. Nenhum dos números apareceu ali. Entretanto, o botão do sexto andar ainda estava aceso, logo eu não havia chegado nele ainda. Tudo aconteceu em poucos segundos.
Foi então que vi uma figura se movendo ao longe - não era muito visível, mas eu posso dizer que parecia uma pessoa usando um vestido, andando lentamente na direção do elevador, aonde eu estava. Eu estava completamente apavorado, e comecei a apertar desesperadamente o botão de fechar.
Tão logo eu apertei o botão, a luz do elevador se apagou. Eu estava bem perto de mijar nas calças, e na verdade apenas a lembrança disso tudo já me assusta. A luz acendeu novamente após um segundo, a porta do elevador fechou e ele continuou a subir. Alguns momentos depois, estava no cyber café.
Eu estava completamente aliviado agora. Saí na mesma hora e sentei em um computador. Depois de recuperar minha calma, fui até o caixa e falei o que eu vi. A garota que estava ali, trabalhando, ouviu minha história e seu rosto ficou pálido. Perguntei se ela tinha ouvido algo parecido.
Ela disse que nunca passou por isso, mas alguns colegas e mesmo outros clientes tinham experimentado essa terrível sensação - basicamente, o prédio tinha 6 andares, e o quarto tinha uma história. Ali costumava ser um salão de beleza, até que uma das funcionárias cometeu suicídio por qualquer razão.
Ela cortou os pulsos na área onde era feita a lavagem de cabelos. O salão continuou ali por alguns meses, mas eventos estranhos ocorreram - quando alguns clientes tinham seus cabelos lavados, a água parecia um pouco avermelhada, como se o cliente sangrasse, e algumas pessoas disseram ter visto pelo espelho uma figura andando ao longe, mas obviamente não havia ninguém ali. Poucos meses depois, como era de se esperar, o salão fechou.
O dono do prédio tentou alugar o andar novamente, mas nunca teve sorte. Muitas empresas são superticiosas, e não bastasse ser o quarto andar, alguém havia realmente morrido naquele. Ninguém queria alugar aquele espaço, mesmo por um preço baixíssimo. Finalmente, quando o preço era quase zero, uma papelaria aceitou o espaço. Entretanto, durante a reforma, diversos acidentes ocorreram.
Feramentas iam parar em lugares aleatórios, um espelho do antigo salão quebrou em vários pedaços sem que ninguém chegasse perto dele, e por fim um funcionário teve uma das mãos prensadas quando as portas fecharam inesperadamente. Após isso, todos os funcionários se recusaram a continuar trabalhando. A firma for embora, e o dono do prédio finalmente desistiu. Ele desativou todo o andar, e a empresa responsável pelo elevador fez modificações para que o elevador nunca fosse ao quarto andar.
Permita-me repetir - o elevador estava programado para NUNCA ir ao quarto andar. Nem mesmo tinha um botão. Mas, por algum motivo, algumas pessoas acabavam chegando até ele e as portas se abriam. Alguns como eu, tinham a "sorte" de ver aquela figura andando na escuridão.
Isso foi postado no reddit, em um tópico onde os usuários relatavam as experiências mais assustadoras que já haviam passado na vida. O tópico está aqui e o comentário original está aqui.
Nota: essa história é de fato real, e outras fontes provaram que esse prédio realmente existe.
1-2-3-5-6
Há algum tempo atrás, eu estava em Taiwan, e tinha ido a um mercado noturno. Vi que, em um prédio de 5 ou 6 andares, havia o anúncio de um cyber café.
Achei que seria bom enviar alguns e-mails, e entrei pela porta pequena e escura. O prédio era velho e parecia não ter recebido reparos por um bom tempo, mas isso é bastante comum em Taiwan. A entrada levava a um salão escuro, no qual havia apenas um elevador.
Apertei o botão e entrei. O elevador era incrivelmente novo comparado ao prédio, mas não pensei muito a respeito. Como é comum em prédios da China e de Taiwan, não havia um quarto andar (é considerado má sorte, já que no idioma local, "quatro" soa como "morte"), então os botões eram 1-2-3-5-6, como era de se esperar.
Uma vez que o cyber café estava no sexto andar, apertei o botão número 6. Silenciosamente o elevador começou a funcionar. Quando parou, achei que havia chegado ao meu andar e, impulsivamente, comecei a sair.
Antes de colocar meus pés para fora, entretanto, a visão do lado de fora do elevador me fez parar. Estava completamente escuro, apenas iluminado levemente pela luz do elevador. Parecia não ter sido ocupado por décadas, haviam móveis espalhados pelo lugar, cobertos com um pano branco ou algo assim. O prédio era bem pequeno, e cada andar comportava apenas uma loja ou empresa, então eu podia ver praticamente todo o andar aonde eu estava.
Pensei que havia chegado ao andar errado e olhei para a luz acima do elevador, que indica em que andar você está. Não havia nada. Nenhum dos números apareceu ali. Entretanto, o botão do sexto andar ainda estava aceso, logo eu não havia chegado nele ainda. Tudo aconteceu em poucos segundos.
Foi então que vi uma figura se movendo ao longe - não era muito visível, mas eu posso dizer que parecia uma pessoa usando um vestido, andando lentamente na direção do elevador, aonde eu estava. Eu estava completamente apavorado, e comecei a apertar desesperadamente o botão de fechar.
Tão logo eu apertei o botão, a luz do elevador se apagou. Eu estava bem perto de mijar nas calças, e na verdade apenas a lembrança disso tudo já me assusta. A luz acendeu novamente após um segundo, a porta do elevador fechou e ele continuou a subir. Alguns momentos depois, estava no cyber café.
Eu estava completamente aliviado agora. Saí na mesma hora e sentei em um computador. Depois de recuperar minha calma, fui até o caixa e falei o que eu vi. A garota que estava ali, trabalhando, ouviu minha história e seu rosto ficou pálido. Perguntei se ela tinha ouvido algo parecido.
Ela disse que nunca passou por isso, mas alguns colegas e mesmo outros clientes tinham experimentado essa terrível sensação - basicamente, o prédio tinha 6 andares, e o quarto tinha uma história. Ali costumava ser um salão de beleza, até que uma das funcionárias cometeu suicídio por qualquer razão.
Ela cortou os pulsos na área onde era feita a lavagem de cabelos. O salão continuou ali por alguns meses, mas eventos estranhos ocorreram - quando alguns clientes tinham seus cabelos lavados, a água parecia um pouco avermelhada, como se o cliente sangrasse, e algumas pessoas disseram ter visto pelo espelho uma figura andando ao longe, mas obviamente não havia ninguém ali. Poucos meses depois, como era de se esperar, o salão fechou.
O dono do prédio tentou alugar o andar novamente, mas nunca teve sorte. Muitas empresas são superticiosas, e não bastasse ser o quarto andar, alguém havia realmente morrido naquele. Ninguém queria alugar aquele espaço, mesmo por um preço baixíssimo. Finalmente, quando o preço era quase zero, uma papelaria aceitou o espaço. Entretanto, durante a reforma, diversos acidentes ocorreram.
Feramentas iam parar em lugares aleatórios, um espelho do antigo salão quebrou em vários pedaços sem que ninguém chegasse perto dele, e por fim um funcionário teve uma das mãos prensadas quando as portas fecharam inesperadamente. Após isso, todos os funcionários se recusaram a continuar trabalhando. A firma for embora, e o dono do prédio finalmente desistiu. Ele desativou todo o andar, e a empresa responsável pelo elevador fez modificações para que o elevador nunca fosse ao quarto andar.
Permita-me repetir - o elevador estava programado para NUNCA ir ao quarto andar. Nem mesmo tinha um botão. Mas, por algum motivo, algumas pessoas acabavam chegando até ele e as portas se abriam. Alguns como eu, tinham a "sorte" de ver aquela figura andando na escuridão.
Assinar:
Postagens (Atom)