31/08/2012

Explicações e mais algumas novidades! \o/

Fala ai galera! Então, primeiro de tudo, sentimos muito pela falta de Creepys nesses ultimos três dias... Acontece que, realmente, a falta de tempo está comprometendo muito. A Divina parou com as postagens dela até as coisas tranquilizarem, então no momento, somente eu e o Pedro estamos cuidando das Creepys semanais, enquanto a Divina cuida das Creepys dos Fãs, e as vezes, passamos o dia inteiro ocupados, dai acaba nem dando pra traduzirmos... Mas estamos fazendo o possivel! Ainda vamos nos programar direitinho sobre isso, então relaxem. Por este motivo, hoje postei três Creepypastas aqui no blog: "Teddy", "A Beleza é Cega" e "CLIP 028", pra compensar os dias perdidos.

Caso algum de vocês tenha uma boa experiencia com inglês, espanhol ou japonês, e queira nos ajudar temporariamente também, deixe um comentário nesse post que entraremos em contato ;)

Ah, outra coisinha, muitas pessoas reclamaram da ultima Creepy dos Fãs postada, que foi a "Talking Tom Cat", e colocaram a culpa na gente. Bem, pros que ainda não sabem, abrimos um espaço para os FÃS mandarem suas Creepys pra gente, sendo elas boas ou ruins, e simplesmente postamos elas aqui. Ou seja, na maioria das vezes, não temos absolutamente nada a ver com a tradução e com o contexto da maioria delas (especialmente agora, como estamos com pouco tempo para avaliar todas, e já que chegam muuuitas no nosso email diariamente). Mais uma coisa, criticas construtivas são muito bem-vindas, porém, na minha opinião, criticas negativas que não tem nada a acrescentar, são criticas vazias. Conselho: quando criticarem, procurem citar os motivos por não gostarem (ou até mesmo gostarem) da história. Caso contrário, provavelmente ficaram com fama de "haters", e isso definitivamente não é uma coisa boa. Existem mais de 200 Creepys no blog, divididas por categorias, então caso não gostarem de alguma, podem ficar a vontade pra dar uma olhada nas outras, okay? Thanks ;)

Agora vamos pro próximo tópico: temos alguns novos sites parceiros aqui no blog! Aqui vai uma breve apresentação de cada um deles:

Portal RTM: Site dedicado a novidades e downloads de animes, mangas, etc.

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Survival Horror BR: Blog macabro, especializado e repleto de conteúdo de terror, curiosidades sobre assuntos como Rituais, Creepypastas, Relatos, e muitas fotos e vídeos arrepiantes.

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Survival Horror BR

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Sintonia Alcalina: Blog contendo diversas ilustrações incríveis (feitas por Gabriel Kolbe) sobre diversos assuntos, incluindo ilustrações sobre Creepypastas.

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Sintonia Alcalina

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Caçadores do Medo: Blog contendo várias Creepypastas, a maioria delas desconhecidas, mas muito interessantes.

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Trapperz: Infelizmente, começamos uma parceria, mas o site saiu do ar logo em seguida, devido à problemas de hospedagem. Já entramos em contato com o dono, e ele está tentando resolver o problema. De qualquer maneira, achamos que deveríamos cita-lo aqui.

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Finalmente, chegamos ao ultimo tópico: bem, como vocês podem ter reparado, a parte "Creepypasta Songs" do blog tem ficado desatualizada; isto é porque o site Mixpod (o site onde criamos a Playlist, escolhemos toda a "skin" e colocamos o código em HTML aqui no blog), aparentemente parou de funcionar. Pelo que eu vi, isto aconteceu com aproximadamente 95% das pessoas que começaram a usar este site "foderoso". No entanto, depois de muita pesquisa, encontramos um novo sistema de Playlists: SCM Music Player. É um sistema muito mais fácil de se mexer, e muito melhor também, onde simplesmente criamos uma Playlist que quisermos (escolhemos uma cor para o player, e podemos colocar links de musicas diretamente do Youtube mesmo), e colamos o código aqui no blog, sendo que ela pode ser atualizada quando quisermos. Ele fica na parte superior do blog, e além de não "pausar" quando você muda de página dentro do blog, é completamente opcional, mas recomendada para aumentar ainda mais o clima de suspense e tensão na leitura das histórias. Colocaremos um breve tutorial sobre ele na aba "Creepypasta Songs". Se quiser que a gente acrescente mais alguma música na lista, deixe suas recomendações nos comentários.

Então, acho que é isso! UFA! Espero não ter esquecido de nada XD
Qualquer coisa ou pedido, podem comentar a vontade!


Abração a todos, e bons pesadelos \o/
\\Gabriel Azevedo dos Santos//

CLIP 028

Em alguns cantos do Youtube, você pode encontrar vídeos e canais abandonados, que ninguém realmente para pra prestar atenção. Alguns vídeos são de característica informativa, como filmes de estudantes que não são mais usados. Outros são projetos de animações incompletos, que ninguém realmente tem vontade de continuar.

Mas alguns são diferentes... Às vezes, são estranhas gravações anômalas do desconhecido.

Eu me deparei com este vídeo, intitulado "CLIP_028"

A descrição era somente: "WOTBAAM33M1, uploading just in case (WOTBAAM33M1, enviando apenas por acaso)".

PS: Este vídeo contém algum sangue e “gore”, assista a seu próprio risco.


O vídeo contém uma introdução de alguém escrevendo uma carta para um homem chamado "Sr. Garfield." Fora isto, fui incapaz de entender o contexto do que é mostrado no vídeo.

Outra coisa fora do normal, é que o YouTube te dá uma mensagem de erro, ao tentar acessar o canal do usuário, e todas as atividades deste canal foram interrompidas após este vídeo.

A Beleza é Cega

Bravo! Bravissimo! Uma onda de aplausos tomou conta dos ouvidos de Justine, enquanto rosas choviam no palco.

“É impressionante como eles não me atingiram”, pensou amargamente. “Eu era o maior alvo por quilômetros de diferença”.

Depois das cortinas se abaixarem, ela se retirou para seu camarim, colocou seu capacete com chifres de Viking ao lado, e rebolou em frente ao espelho com um grande sorriso em seu rosto. Houve uma batida na porta, e Henry Whalin apareceu. Henry novamente.

"Você foi magnífica, Srta. Divangelo. Você viu? Os jornais estão a chamando de melhor atrix do século XIX!". Ele olhou para o chão e inclinou seus pés, de forma desconfortável. "Todos os homens da te amam".

"Estúpido Henry", gemeu Justine, enquanto examinava o corpo dela no espelho. "Nenhum homem poderia amar uma pentelha gorda como eu." Ela tentou ajustar seu diafragma. Nojento.

Ela esperou pelo seu suspiro, mas neste dia, a resposta de Henry fora diferente. Houve um ruído, um barulho metálico. "Boa noite para você, minha senhora", ele disse, enquanto deixava o camarim. Ela então ouviu o “clack” da porta.

Justine olhou melancolicamente para uma pequena fotografia da linda Bella Magro, a atriz cuja ela mais idolatrava em sua juventude.

“Qual será o segredo de Bella?”, ela pensou, enquanto pegava uma caixa de trufas em cima da mesa.

Poucos minutos depois, Justine estava inclinada sobre o cesto de lixo ao lado da porta, engasgando e vomitando. Eventualmente, ela desistiu e tirou o dedo de sua garganta.

Então, no fundo do cesto de lixo, ela viu as rosas e a carta, e lembrou-se do barulho da porta.

Ela abriu a carta e leu em voz alta: "Você ganhou meu coração, o que não é uma tarefa fácil".

"Não é tarefa fácil?!". Ela gritou de raiva. "Uma tarefa muito difícil, não é?!". Ela amassou a carta, jogou-a no chão, e pisou para descontar sua raiva.

E então, algo dentro dela havia se partido. A partir desse momento em diante, ela estava determinada a nunca mais cantar novamente. Sua voz poderia ir para o inferno; tudo que ela queria era ser bonita.
Ninguém sabe exatamente o que aconteceu com Justine depois disso.

Nem o empresário, que implorou para ela voltar. Nem os repórteres, que haviam lhe implorado para que ela comentasse sobre o caso.

Nem Henry, que havia tido o coração demasiado partido para encará-la novamente.

Quando o senhorio de Justine finalmente conseguiu entrar em seu camarim, ele ficou surpreso ao descobrir uma mulher magra e linda, sentada em uma grande poltrona vermelha. Ela estava nua, e sua garganta havia sido cortada; o sangue havia pintado um grande buquê de rosas que se encontrava em frente ao seu peito.

A mulher segurava suas próprias cordas vocais em suas mãos.

Teddy

Minha irmã tinha um ursinho de pelúcia, um assustador ursinho de pelúcia. Eu não sei porque,
mas ele me assustava. Era tão perturbador para mim. A coisa tinha olhos que pareciam tão reais.
Era como se fosse feito de um urso real e seu rosto era apenas branco e inquietante.

Primeiramente eu comecei a ter sentimentos estranhos sobre o urso quando minha irmã o
ganhou, ela era apenas um bebê na época, e eu tinha quase 4 anos. Nós tínhamos um cachorro, e
ele tinha o hábito de comer as coisas, então minha mãe sempre tinha que o colocar em uma
pequena sala no corredor do andar de cima. Toda as vezes que subia aquelas escadas, eu via o urso estranho de repente brilhar no canto pra mim, é como se ele estivesse me observando. Essa não é a parte estranha; começou a ficar realmente estranho uns 5 anos depois: com 6-7 anos minha irmã perdeu o interesse no urso, então minha mãe apenas o jogou no armário de brinquedos antigos,o único problema era que o armário ficava no meu quarto.

Quando eu tinha 9 anos, idade suficiente para ficar sozinho e ir para cama sem qualquer
assistência, todas as noites eu deitava na minha cama e apagava minha luz. Foi quando ficou
estranho. Eu estava ficando com sono, mas de repente lembrei da minha mãe colocando o ursinho no armário; lentamente me virei para olhar em todo o meu quarto, para vê-lo através do vidro. Meu coração de repente parou, enquanto eu pensava nos horrores que o ursinho havia me causado, mas com 9 anos, eu queria crescer e perder meus medos, então só sacudi a cabeça e me deitei.

Quando me levantei para tirar meu lençol pra mais longe, notei algo que iria me deixar cicatrizes a vida toda: lá estava, no final do meu quarto, o ursinho. Meu coração começou a bater normalmente de novo. Fiquei ali sentado, olhando para ele por aproximadamente um minuto. Quando eu precisei bocejar, fechei os olhos. Os abri, para ver o ursinho sentado mais perto da minha cama. Neste momento, eu estava realmente assustado. Comecei a me mover para trás, encostei na parede e olhei em volta para ver se havia qualquer indicio de alguém ter entrado no quarto. Olhei para trás para ver o ursinho no final da minha cama, eu estava tão assustado que quase desmaiei de medo. Quando eu pisquei, ele tinha desaparecido. Olhei em volta. Para meu alívio, não vi nenhum sinal dele.

Deitei minha cabeça para trás no meu travesseiro, esperando por um pouco de sono. Então abri meus olhos. Estava acima da minha cabeça, olhando para baixo. Eu gritei pois ele pulou em cima de mim. Eu nunca vou ver um urso da mesma forma novamente. Alguns anos depois, depois de anos de horror, eu o queimei; estava satisfeito em como o urso foi transformado em cinzas na minha lareira.

Eu vivi minha pré-adolescencia e adolescência; a única coisa que eu conseguia lembrar que era de alguma forma semelhante com minha péssima experiência, foi quando assisti Trainspotting. Aquela merda de cena do bebê me chocou tanto, mas fora isso, tudo estava bem.

Quando fiz 19 anos, estava prestes a mudar para minha casa nova. Eu já tinha pegado as chaves da casa e estava pronto para montar minha mobília. Depois de horas de transporte, carreguei a útilma caixa do caminhão de mudança para a porta da frente e fechei a porta atrás de mim. Me virei para ir na cozinha e colocar a caixa na mesa.

Abri para ver que era um armário. Eu o tirei, andei até minha nova sala de estar e o coloquei lá no canto, olhei para ele e pensei comigo mesmo, eu não me lembro de embalar esse armário. Eu realmente não me importava muito com isso, afinal tinha acabado de me mudar para minha casa nova.

Voltei na cozinha para pegar minha televisão e a levei para a sala de estar, quando eu o vi. O
ursinho, ele apenas ficou lá, olhando para mim com aqueles olhos brancos e realistas. Foi além
da minha imaginação, como algo de um filme de terror. Meus medos não podiam ser contido e tanto faz aquilo ser urso ou uma possessão demoníaca, ele sabia que eu estava com medo. Eu o joguei no lixo e coloquei um bloco de cimento em cima da tampa. Naquela noite, eu dormi na minha cama, me sentindo um pouco mais seguro. Acordei de madrugada e olhei as horas. 12:00h.

Ouvi um barulho na cozinha. Fui até lá e notei que a porta de fora estava aberta e no chão tinha marcas de lama com formato de patas que levavam até a cozinha. Eu notei que uma das minhas facas não estavam no suporte e então ouvi algo estranhos atrás de mim. Corri até o carro e dirigi. Olhei no espelho retrovisor e vi o seu rosto. Ele estava segurando uma faca. Eu pisei nos freios. E ele voou pelo pára-brisa da frente, levantou-se e olhou direto nos meus olhos. Me senti como se ele estivesse me puxando pra ele. A única coisa que poderia estar indo em direção a ele seriam minhas duas rodas dianteiras. Me colidi com ele, senti uma leve batida, suspirei de alívio e dirigi. Nem um minuto depois, senti como se algo estivesse cortando a parte de baixo do meu carro. Então saí para verificá-lo: havia uma barra atravessando meu tanque de combustível. Corri bastante até o hotel mais próximo para ficar lá. O único que tinha era a uma milha de distância. Quando cheguei no hotel, caí na cama exausto. Quando eu acordei...

Ele estava no final da cama.



Creepypasta extraída do site: http://medob.blogspot.com.br/

28/08/2012

Creepypasta dos Fãs - Talking Tom Cat



Vocês devem conhecer o aplicativo Talking Tom Cat, correto? Aquele aplicativo de Android e iOS, que o gatinho repete o que você fala! É Um aplicativo muito popular. Hoje eu resolvi comprá-lo, sempre disseram que era um aplicativo muito engraçado e tal. Acabando de baixar no meu iPhone, abro o app e ele não começou pelo "Outfit 7", a empresa, como vi em outros aparelhos. Deve ser normal. Não tinha o fundo de muro. Não tinha ações, deve ter sido um bug.

Falei um "Olá" e ele repetiu normalmente: "Olá". Realmente é muito engraçado a voz. Depois de alguns segundos rindo. Vi que o Tom estava borrado. Repeti um "oi oi oi oi oi" e ele repetiu, porém com uma voz muito diferente, muito distorcida, o jeito que ele falou me lembrou o Lavender Town. Algo estava errado. Fechei o aplicativo, coloquei o iPhone para carregar. Depois eu fui ver novamente o aplicativo. Agora ele abriu normalmente, como vi em outros aparelhos e nas imagens da App Store. Toquei nas ações para ver o que ele fazia. Tocava, tocava e o gato ficava parado. Ele começou a rir de repente, achei que era alguma ação, alguns segundos depois, ele parou. Começou a dizer algumas palavras, eu não conseguia ouvir direito, mas eu sei que eu ouvi "Help" repetidas vezes.

Chegou uma hora que eu consegui entender o que ele estava falando. Ele disse: "Socorro! Estou preso dentro desse aplicativo maldito. Eu já estou morto. Fui assassinado. Minha alma foi presa neste aplicativo". Joguei o iPhone no chão. Ele falou "Calma! Apenas me escute. Todos os aplicativos da série Talking são almas perdidas. São condenados a repetir o que usuários de smartphone falam. Eu também tive problemas com este aplicativo. Agora eu estou aqui. Devolva esse aplicativo se quiser salvar sua vida! AGORA!". Como assim!? Tentei devolver o aplicativo na App Store mas não deu tempo. Continuei meu dia normalmente, sem bizarrices. Quando eu fui dormir, Eu ouvi a voz do gato em um idioma não compreensível. Fui me levantar, para beber um copo de água, eu posso estar pensando muito nele e pode me ter tido alucinações. Acendendo a luz e me deparo com um gato, como foi que ele entrou aqui? Estava tudo fechado! Ele me atacou. Ele tinha garras tão grandes que furou meu coração. Agora eu estou aqui. Repetindo coisas, meu novo emprego. Usando um smartphone qualquer, digitando esse texto.
 E você, tem algum aplicativo da série Talking também?

Escrito/ Enviado por Rafael Emidio

27/08/2012

Creepypasta dos Fãs: O Sequestro


Por que fizeram isto comigo? Há tanto tempo estou sequestrado que já perdi a noção do tempo. Semanas, meses... quem se importa? Os minutos nesta cela, neste purgatório, neste calabouço custam a passa de todo modo.

Já estou no limite! É duro ser acordado a pontapés, a baldes d'água e até chicotadas sem ter feito NADA! Aliás, sem eu ter nada para oferecer em troca de minha liberdade, pois não tenho nenhuma posse, nem nada de valor que interesse estes malditos estrangeiros. Sim, estrangeiros! Só podem ser uma quadrilha internacional, pois falam apenas uma língua que eu não entendo, e também acho que eles não me entendem.

Lembro do dia em que me sequestraram: eu havia saído para almoçar com meu filho menor, pois ele é muito peralta,e minha esposa queria realizar seus afazeres. Amo muito minha família, Adorava passear com meus filhos, sempre foi muito agradável, até este dia... Na volta para casa surgiram estes homens de preto, e tudo que pude fazer foi grita para Dean correr. Eles eram em cinco, e haviam me baleado pelas costas. Ferido, não pude defender meu caçula; espero que não o tenham levado também.

Desde então não tive mais notícias de minha família, nem sei se sabem o que aconteceu comigo.

Às vezes penso que vou enlouquecer! Não falo com ninguém desde que me trouxeram para cá. Os estrangeiros só aparecem para me dar comida (uma verdadeira lavagem) e me acordar. Tem alguns que até me "interrogam". Param na janela de meu cativeiro e parecem falar comigo, até sorriem, mas nunca soube o que me disseram.

E pelo jeito não sou o único sequestrado. Ao lado de meu cativeiro parece ter outro refém, mas ele fala em um idioma indistinguível. Com certeza um idioma diferente até dos estrangeiros.

Pelo tempo que estou aqui deviam ter percebido o engano, não sou quem eles querem! Por que não me soltam? Por que não me matam de uma vez? Tudo é melhor que esta agonia.

Prova que se enganaram é que nem meu nome eles sabem! Eu me chamo Stephen, mas neste lugar, chamado Zoológico, eles me confundem com um tal de Leão...

Escrita/Enviada por: Wagner De La Cruz

26/08/2012

Zm91bmRvbnRoZXRhcGU=

“Zm91bmRvbnRoZXRhcGU=” é o nome de um vídeo que fora recentemente enviado pro Youtube, pelo usuário rjones7171. Quando o título é decodificado usando a tecnologia “base64”, ele é nomeado para “foundonthetape (encontreiafita)”.

No vídeo, é mostrada uma série de imagens e sons perturbadores, sem motivo aparente. Em um ponto do vídeo, ele corta para preto, e logo em seguida, exibe um texto desconhecido. Em outro ponto do vídeo, o telespectador deveria desligar o som do computador, pois supostamente teria um “screamer/susto” no final.

Todas as pessoas que o assistiram, tiveram pelo menos uma alucinação de um homem sem braços, ou de um rosto ensangüentado, e também tinham fortes pesadelos sobre o vídeo.

O motivo das alucinações está na freqüência do vídeo; ele é exibido à 20hz, um número muito maior do que os videos normais.

O texto na descrição do vídeo, ainda não fora decodificado.

Felizmente, nada mais grave aconteceu com ninguém... Até agora.

2711.mp3



Um arquivo MP3 corrompido foi encontrado no computador de uma vítima de assassinato não-identificada, logo após o homem ser violentamente assassinado. Reportagens afirmam que o homem fora assassinado de uma maneira que somente as mentes mais profundas, mas macabras poderiam imaginar. O CNN comparou o ataque a um filme da série "Jogos Mortais". Todos os membros da vítima foram arrancados de seu corpo, e espalhados por várias partes de sua casa. Seu estômago fora aberto e suas entranhas não puderam ser encontradas em nenhum lugar.

O assassino ainda não foi capturado, no entanto, ele tentou "encobrir" seu ataque, reproduzindo uma musica da banda Deadmau5 enquanto assassinava a vítima. Porém, havia um arquivo, 2711.mp3 (encontrado por um investigador 2 dias depois do ocorrido), que era uma gravação feita pela namorada da vítima, que havia terminado com ele pouco tempo depois que ele a traiu. A gravação toda tinha aproximadamente 8 minutos de duração. A declaração da garota terminou em torno de em 3 minutos, e então, ocorre um silêncio. Cerca de 7 minutos e 15 segundos na gravação, há algo parecido com um grito distorcido (que o investigador alegava "ter vindo diretamente de um filme de terror", irônico, considerando a cena do crime), e então, ela finalmente termina.

As investigações ainda estão sendo feitas. No entanto, o principal suspeito ainda está pra ser determinado. O disco rígido, contendo o arquivo em MP3, já fora removido do computador da vítima, e trancado em um armário de segurança do departamento policial local de Miami. Dos quatro detetives envolvidos no caso, um deles desapareceu misteriosamente, sem deixar rastros, no dia 29 de novembro de 2011. Outro investigador havia concordado em dar informações básicas sobre o caso, mas recusou-se agressivamente quando pedimos para obtermos mais detalhes sobre o arquivo MP3.

A julgar pela qualidade do arquivo, se supõe que ele fora gravado no Audacity BETA 1.3 para Windows 7.

Desde então, foi confirmado que 2711, é a data do assassinato, do áudio, e do aniversário do casal.

23/08/2012

Jeff Está de Volta


A história a seguir foi escrita por um detetive que, após analisar os vídeos de evidência, relatos de testemunhas, e o vídeo que a vitima alegou ter assistido, desenvolveu uma história. Esta é sua história.

Era tarde da noite em uma típica terça-feira. Eu estava navegando na internet, enquanto tinha dois grandes copos de cafés que havia pegado em um bar ao lado de minha casa, e naquele dia, eu não conseguia dormir. Depois de assistir vídeo inúteis do YouTube após vídeo inútil do YouTube, me deparei com um título estranho na barra de vídeos relacionados. Nenhuma das letras estava no idioma inglês, no entanto, os formatos das letras se pareciam com palavras, embora eu não conseguisse decifrá-las. Curioso, eu cliquei no vídeo.

De repente, comecei a ouvir vários rangidos e gemidos vindos da minha casa. Rapidamente me virei e peguei um bastão de baseball que estava no canto do quarto, pronto pra uma batalha fatal. Para minha surpresa, não havia intrusos na casa, nem quaisquer sinais de uma entrada forçada. Todas as portas também estavam trancadas. Pensando que estava somente muito cansado, me virei e preguiçosamente caminhei de volta para o meu quarto.

Eu havia gastado muito dinheiro em uma conexão banda-larga, e fiquei surpreso ao perceber que o vídeo que eu tinha clicado antes, ainda não havia carregado. Impaciente, decidi atualizar a pagina mais umas quatro vezes, na esperança do vídeo carregar. Depois do que pareceu uma eternidade de espera, finalmente a página carregou. O fundo era preto e completamente escondia todo o texto, exceto pelo nome de usuário que colocara o vídeo, e a descrição, ambos em vermelho carmesim. O nome de usuário era "NightmareSLUMBER", e a descrição era a seguinte:

Mas que ignorância a sua.
Você não tem conhecimento da minha presença demoníaca em sua vida.
Vou destruir tudo pelo que você luta.
Covarde patético.
Eu sempre estive te observando.
E logo, você virá viver comigo...
Para sempre...

Pensando que isso era apenas uma idiotice de uma criança de 12 anos de idade, não prestei atenção no perigo em que eu estava me mentendo. O vídeo começou com uma imagem de um hospital mental abandonado (Mais tarde descobri que era o Hospital Denbigh). A imagem era de um corredor longo, escuro e esfarrapado, estendendo para além do campo visual do telespectador. A parede esquerda do corredor tinha janelas separadas por colunas. O corredor estava iluminado por um luar lúgubre, exceto pelas partes escurecidas pelas sombras das colunas. A escuridão do corredor era um negro profundo, algo que eu nunca tinha visto antes. Tive a impressão de que o hospital estava abandonado há muito tempo, e que nunca fora limpo.

No primeiro minuto de vídeo, tudo que mostrava era uma imagem do corredor. Não havia nenhum som, nem movimento. Em aproximadamente 1:13 de vídeo, notei um movimento lento e discreto no final do corredor. A “coisa” tinha uma postura humana, mas andava de uma maneira muito incomum, mais notavelmente com sua cabeça inclinada diretamente para o chão. A criatura acelerou firmemente a medida que o vídeo progredia, eventualmente chegando a correr em direção a tela. A criatura correu de cabeça na câmera, derrubando-a. Ao mesmo tempo, ouvi um estrondo muito forte na minha porta. Fora só uma pancada, e parecia que alguém tinha acabado de correr pra cima da porta.

Dei um pulo e peguei o bastão novamente, quando ouvi meu computador fazer um som de erro. O computador, de repente, entrou na “tela azul de erro”, dizendo que desligaria por motivos de segurança. A tela então começou a mostrar um relatório de erros, dizendo que um hacker desconhecido havia obtido informações sobre meu endereço. Meu programa antivírus ativou, e detectou o endereço de IP do hacker: ele morava em alguma cidade de Northern Wales (Escócia); especificamente, a invasão havia sido feita de um asilo mental abandonado.

Então, a energia da casa acabou. Neste ponto, eu estava extremamente assustado. Meus olhos encheram-se de lagrimas, enquanto minha respiração acelerava. Comecei a ouvir alguém gemendo de dor do lado de fora da porta. Eu sabia que sair pra ver era um erro, mas decidi ir assim mesmo. Quando olhei pelo olho mágico da porta, não havia ninguém do lado de fora. Porém, eu ainda podia ouvir o gemido. De maneira alguma eu abriria aquela porta.

Tive um ataque de pânico e imediatamente tentei entrar em contato com a polícia local, no entanto, simplesmente dava ocupado, tanto no telefone fixo como em meu celular. Corri de volta para o meu computador para ver se eu conseguia ligá-lo a um gerador e pedir ajuda desta forma, quando notei que a tela do computador ainda estava ligada. Em um texto vermelho gigante, por cima do fundo preto, somente dizia: "Vá Dormir".

Um grito penetrante ecoou em seguida. Parecia que alguém estava morrendo. Corri para a cozinha, e tirei duas facas de uma gaveta. Isso foi real. Isso realmente estava acontecendo. Os gritos ficaram mais altos e mais desesperados. Sob os gritos, comecei a ouvir uma estranha risada fraca, histérica.

Corri desesperado pela casa tentando descobrir o que estava acontecendo. Então, ouvi um choro vindo de um armário próximo ao meu quarto. Minha pele gelou, quando agarrei a maçaneta. Ela gelara com o toque. Eu deveria ter dito alguma coisa antes de abrir a porta, mas não tive o bom senso de fazer isso. Abri estrondosamente a porta, somente para ver uma garota muito jovem, morta e ensangüentada, amassada em uma pilha de roupas no meu armário.

Seu estômago havia sido rasgado, e suas entranhas arrancadas. Ela estava completamente nua, e coberta de sangue. A parede, então, fora iluminada com uma luz vermelha. Percebi que algo estava escrito com sangue na parede.

"Você deveria ter ouvido meu aviso. Hora de ir dormir."

Nisso eu me virei, e atrás de mim, me deparei com a figura no vídeo, cabisbaixo e tudo mais. Eu congelei de medo. Com um movimento brusco, quase como se eu estivesse assistindo a um vídeo que tinha pulado alguns quadros, a figura girou sua cabeça e olhou para mim. Depois disso, tudo ficou escuro.

Nota do detetive: O corpo da vítima fora encontrado em um estado semelhante ao da jovem garota no armário. Apesar de vários exames de sangue, não foi possível identificar a menina. Na verdade, devido à falta de relatório de uma pessoa desaparecida, o fato de que ninguém se apresentou para descobrir seu paradeiro ou tentar resolver o caso do assassinato, e já que nenhum dos testes de sangue que efetuamos deu resultado, parecia que a menina nunca existira. Ainda não confirmamos que a “invasão” veio do hospital mental abandonado; no entanto, não há nenhuma explicação sobre a maneira que estas invasões foram programadas em horários tão próximos. Emitimos um mandado de prisão, mas nenhum policial quer entrar nas ruínas da casa, temendo por suas vidas. A única informação que temos, é de uma testemunha que afirma ter visto uma criatura extremamente incomum e assustadora correndo para dentro de um hospital alguns dias depois. De acordo com o depoimento da testemunha, percebemos uma semelhança chocante entre o rosto do “habitante” do hospital mental, e a imagem a seguir, retirada de um site cheio de histórias de terror, com as palavras "Vá dormir" legendadas por cima.


Inúmeros assassinatos como este vem ocorrido desde então, e as vitimas tinham algo em comum: todas elas haviam assistido ao vídeo, alguns minutos antes do homicídio ter sido cometido. Funcionários do YouTube tem tentado remover aquele vídeo, no entanto, cada moderador que tenta acaba sendo brutalmente assassinado. O caso permanece sem solução."

2º Nota do detetive: Depois de mais algumas pesquisas sobre o caso, algumas descobertas foram feitas. Primeiramente, embora eu tenha sido incapaz de encontrar a origem do vídeo, testemunhas das ultimas vítimas do assassino em série forneceram provas suficientes para apontar a imagem utilizada como fundo do vídeo. Embora esta seja uma imagem JPEG e, portanto, uma imagem fixa, havia rumores de que, se você olhar para a imagem durante um tempo, ela começaria a se contorcer. Continue olhando, e você pode ver uma criatura começar a correr em direção à câmera. Ninguém nunca viu a imagem tempo o suficiente para ver a criatura chegar perto da câmera, mas a evidência visual é suficiente para firmar que o assassino é a mesma pessoa que aparece no vídeo. A imagem pode ser encontrada abaixo (Veja a seu próprio risco, pois sua vida pode estar em jogo).

Além disso, fui a busca de mais informações sobre o assassino. Para meu horror, encontrei varias notícias on-line sobre um tal de "Jeff, O Assassino". As histórias falam sobre um serial killer que, desenvolvendo suas tendências psicopatas ainda no início de sua adolescência, acabou matando todos em sua família. O aspecto mais chocante da história é que Jeff matava suas vítimas da mesma maneira brutal que os assassinos internados do Hospital Mental Denbigh, chegando até mesmo ao ponto de dizer para as vitimas "IREM DORMIR", antes de assassiná-las. O aspecto mais assustador, porém, é que a imagem fornecida de Jeff, é exatamente a mesma imagem fornecida por testemunhas do assassino do Asilo Denbigh, levando os investigadores a acreditarem que eles realmente são a mesma pessoa. Para ler mais, basta pesquisar "Jeff, O Assassino" na internet e ler por sua conta e risco.

O fato mais terrível de tudo, porém, está na minha experiência pessoal. Depois de escrever este relatório, comecei a ouvir sons estranhos em toda minha casa. Imaginando não ser nada demais, continuei fazendo minha pesquisa sobre Jeff. Os ruídos ficaram cada vez mais altos. Procurei do lado de fora, pensando ser um pássaro ferido. Quando voltei pra casa pela minha porta, no entanto, notei movimento na janela. Eu imediatamente tentei ligar para os reforços policiais, mas dava sinal de ocupado. Preocupado, desliguei o telefone e olhei para a porta, somente para ver Jeff, olhando diretamente para mim com aqueles olhos frios e mortos, e seu rosto horrivelmente desfigurado. Seu sorriso era a coisa mais estranha que eu já vi em toda minha vida. Então, imediatamente carreguei minha arma e comecei a atirar. Jeff desapareceu no meio da noite.

Sei que estou em perigo, por isso coloquei vigilância constante em volta de minha casa para me proteger. Eu ainda vejo flashes brilhantes de luz e escuto fortes batidas ao redor de minha casa, junto com um riso horrível e malicioso, dos quais apenas um serial killer psicótico poderia reproduzir. Talvez seja só minha imaginação. Não sei por quanto tempo passarei por isso até conseguirmos pegá-lo, mas, se ele continuar com essas aparições, então provavelmente teremos uma confirmação de sua identidade exata. Sinto que estamos muito perto de capturá-lo, porque eu continuo a ouvir risadas e sons que crescem ao longo dos dias, e no momento em que escrevo isto, estou à beira do desespero. Estou tentando me comunicar com a estação policial pelo rádio, mas ele simplesmente parou de funcionar. Vejo uma luz se aproximando, mas estou com minha arma carregada, e pronta. É ele, eu sei disso. Posso ver o seu rosto. Agora é hora ded
mntoujiujujujujujujujujujujujujujujujujujujujujujujujujujujujujujujujujujujujujujyhjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjj/

Olá a todos. Meu nome é Jeff. Não gosto que esta história esteja sendo publicado, mas tudo bem. Não é como se qualquer um de vocês fosse capturar um demônio de meu nível. O detetive está morto. As pesquisas estão terminadas. E isso tudo é hilário, porque ao ver este documento, eu registrei cada um de seus endereços IP, e agora sei exatamente onde você está. Lucas, vou pegar você primeiro.

Vocês não estão mais seguros. Heh. Hahahaha! AHAHAHAHHH!

Eu acho melhor você ir dormir :) Estarei por ai em breve.

Atenciosamente,
Jeffrey, O Assassino.

20/08/2012

COMUNICADO: Canal do Youtube & Creepypasta Brasil


Fala aê rapaziada! Beleza? Então, estou aqui só pra fazer um pequeno comunicado pra vocês...

Como muitas pessoas ainda não sabem, temos um Canal no Youtube, chamado Strongstar Productions, onde eu, o Alex, e mais um amigo nosso, fazemos videos (na maioria das vezes, videos de jogos, jogatinas, etc), e ele está no ar desde o começo de 2011. Agora, pra vocês que estão se perguntando: "Mas que diabos isso tem a ver com o blog?" Bem, vou explicar: Há um tempo atrás, citei em um de meus (vários) videos que, no futuro, faríamos videos paralelos, relacionados a assuntos de terror (Sim, me refiro especificamente às Creepypastas \o/). Bem, já passou da hora de fazermos algo novo no canal, e a hora é agora! A partir deste sábado, começaremos a trabalhar em videos relacionados ao blog, de diversos tipos de categorias. No momento, são essas:

Videos de Reação: Videos mostrando nossa reação, no momento em que assistimos algum vídeo "tenso" pela primeira vez.

Videos de Let's Play de Creepy Hacks: Videos seguindo o mesmo formato de nossos videos-padrão de "Let's Plays", que são basicamente quando jogamos algum jogo, do começo ao fim, e comentamos ao longo dos videos (Como este vídeo, por exemplo: http://www.youtube.com/watch?v=weTbIbdmalY). Mas, a partir de agora, jogaremos também Hacks relacionadas à Creepypastas de Jogos (Acredito que os melhores exemplos sejam os "Creepy Hacks" do Pokemon), e como de costume, informações sobre o jogo, sustos e comentários sem noção não faltaram.

Videos de Leitura de Creepypastas: Como o próprio nome já diz, são os videos em que fazemos uma leitura de uma Creepypasta do nosso blog, enquanto são mostradas imagens ilustrativas da história ao longo do vídeo.

Videos de Curta-Metragens: Esse tipo de vídeo tem sido um de nossos sonhos há muito tempo... Bom, basicamente, são curta-metragens baseados em Creepypastas, feitos somente por nós, uma câmera e um editor de videos \o/ Na minha opinião, o melhor exemplo deste tipo, é ESTE curta metragem, baseado na Creepypasta "A Garota da Fotografia", que você visualizar aqui mesmo no blog. Pra galera que ainda não sabe, no momento, estou fazendo faculdade na área de Produção Multimídia (ainda cursando o 2° Semestre), e a partir do 3° Semestre, trabalharemos especificamente com produção e edição de videos, então isso realmente nos ajudará bastante.

Bom galera, pro nosso primeiro vídeo em "parceria" com o blog, pretendemos fazer um vídeo de reação, só pra começar. Já temos algumas opções de videos aqui do blog mesmo (que ainda nunca assistimos, é claro), e se você tem alguma sugestão ou pedido, pode deixar nos comentários que deixaremos anotado! Compartilharemos todos estes videos aqui no blog, então o que vocês preferem? Que criemos uma nova Categoria, intitulada "Vídeos (Strongstar Prods)", algo do tipo? Ou que a gente coloque todos os videos compartilhados aqui na mesma categoria das outras Creepys, a Categoria "Vídeos"? Deixem suas opiniões nos comentários ;)

Então, acho que é isso ai. Please, se inscrevam lá no canal (http://www.youtube.com/user/StrongstarProds), avaliem os videos, comentem, mandem mensagens e ajudem a incentivar nosso trabalho! Ainda terão muitas novidades por virem (tanto em relação aos videos de jogos, como também aos novos "Creepy Videos"), então fiquem ligados! \o/

Por hoje não tem Creepypasta, devido ao feriado e tals, porém, ontem eu passei o dia inteiro traduzindo três Creepys enormes (uma de Mindfuck, duas de Video-Games) que muuuitos de vocês estão pedindo já faz um bom tempo, então esta semana, se preparem para ficaremos acordados durante muuuitas noites ;)

Muito obrigado pela atenção, abraços, e bons pesadelos!!! \m/
\\Gabriel Azevedo dos Santos//

19/08/2012

GhostHouse.exe


Um dia, quando estava na página inicial do site Clickteam, eu estava dando uma olhada na seção de jogos em exibição, e nisso, encontrei um jogo chamado "Ghosthouse". Ele era o 1º lugar na lista de jogos do mês, então decidi experimentá-lo. O estranho é que a imagem abaixo do título do jogo não carregou. Eu atualizei a página, mas ainda assim ela não carregava. Tentei usar o Google Chrome (eu estava usando o Internet Explorer, anteriormente), e a imagem ainda não fora carregada. Com isso, simplesmente presumi que eles não tinham uma imagem para o jogo.

Ao clicar no link de download, ele veio com uma caixa de diálogo com apenas um arquivo executável chamado "GhostHouse.exe." Era o único arquivo que precisava ser baixado, e com isso em mente, eu baixei o jogo em meu disco rígido. Assim que o download terminou, o som de confirmação de download (DING!) fora substituído com o som de erro ou corrupção. Verifiquei o arquivo, mas ele estava lá em meu desktop; nada de errado com ele.

Eu queria muito jogar aquele jogo, mas precisava ir tomar conta da filha de minha tia Becky (o que significava que eu também tinha que ficar de olhos nas suas sobrinhas, Jessie e Carlos, yay), então transferi o arquivo para um CD-RW e levei-o comigo. Poucos minutos depois de ficar confortável em sua casa, eu entrei em seu quarto, e coloquei o CD no computador. Carlos queria saber o que eu estava fazendo, e eu disse a ele que estava prestes a instalar um jogo. Ele perguntou se podia assistir, e eu disse que tudo bem. Quando a pasta do CD carregou, cliquei duas vezes no ícone do jogo, e comecei a jogá-lo.

Foi ai que as coisas começaram a ficar estranhas. Alguns segundos depois que eu cliquei no ícone, a tela começou a piscar. Em seguida, o título do jogo apareceu. Não havia nenhuma introdução, nenhum logotipo de inicialização, nada; simplesmente fui levado direto para a tela de título. Havia apenas três opções - Novo Jogo, Carregar Jogo, e Opções. Dei uma olhada nas Opções, e havia apenas três configurações lá: Música, Som e Sair. As caixas de som de lá não funcionavam, então a única coisa que eu podia fazer era Sair. A opção Carregar parecia não funcionar. Pelo menos, ainda sobrava uma ultima opção... Novo Jogo. Apertei a Barra de Espaço, e fui colocado direto no jogo, sem nenhuma história ou enredo para me explicar o que estava acontecendo.

A jogabilidade era apenas um jogo de tiro em primeira pessoa, onde você tinha que eliminar todos os fantasmas e escapar de lá vivo. Havia somente um contador de fantasmas e uma barra de vida. Quanto aos gráficos, eles eram em preto-e-branco, mas em 3D (3D real, não igual ao jogo Wolfenstein 3D). Parecia com gráficos que você normalmente veria em um jogo de Playstation 1. Não havia realmente muito mais a dizer sobre ele... exceto por uma única sala. Ela estava infestada por fantasmas, provavelmente de uns 8 a 12 fantasmas. Eu estava apanhando pra caralho lá dentro; minha barra de vida diminuía cada vez mais a cada segundo. Pouco tempo depois, eu estava morto. Um texto, dizendo "GaME OvEr", em uma fonte sangrenta e quase ilegível. Em seguida, o computador me deu uma tela azul de erro. Porém, não havia nenhum texto branco sobre ela, apenas uma tela azul brilhante e sem vida. Fiquei revoltado, e decidi desligar o computador.

Mas antes de fazer isso, Carlos me disse para olhar para a tela. Havia ficado tudo escuro, e eu podia ouvir um som de baixa freqüência zumbindo do computador... Mas isso não era possível, já que as caixas de som não estavam funcionando. Em seguida, na tela, vimos uma foto do rosto de alguém, mas a foto fora imediatamente quebrada em pedaços e espalhada por toda a tela. O zumbido ficou mais alto, o que fez com que pulássemos de susto. O computador fez isso mais umas três vezes, antes do fim deste "vídeo". Ele mostrou um texto branco, somente dizendo: "NADA FORA ENCONTRADO". Pensando no rosto que aparecera, ele se parecia um pouco com o rosto da Jessie, mas era difícil de dizer. Eu e Carlos nos olhamos por alguns segundos, antes de irmos para o outro quarto, chocados.

Algumas semanas depois, recebi um telefonema da casa da tia Becky. Mas quando atendi ao telefone, tudo que eu podia ouvir era alguém dizendo algo parecido com: "RED...ED...R-UM...". Parecia muito com a voz de Carlos. Assustado, fui para a casa deles o mais rápido possível (eles moravam a poucas quadras de distância de mim, então não era uma viagem muito longa). Assim que cheguei lá e chamei as crianças, ninguém respondeu. Aparentemente, não havia ninguém na casa. A TV estava ligada, mas sem sinal e com um barulho horrível de chiado. Aquilo me deixou assustado, mas infelizmente criei coragem, e fui direto para a sala de jantar... Lá dentro, encontrei Jessie, deitada no chão, e com seu rosto literalmente mutilado. Eu conseguia ver os ossos por baixo de sua carne. No chão, ao lado dela, estavam pedaços de sua pele, colocados em uma pilha. Logo depois de ver aquilo, de repente, o computador começou a fazer um barulho extremamente alto, e em seguida, deu um pipoco, e aparentemente queimou. Aquilo tudo fez com que eu quase me cagasse nas calças. Depois disso, fui correndo chamar a polícia.

Liguei para o 190, e eles imediatamente chegaram lá. Eu estava esperando do lado de fora, e quando eles chegaram, corri direto para o policial, dizendo-lhe o que havia acontecido. Eles correram para dentro, revistaram a casa toda, mas não encontraram nada. Ele então me avisou para nunca mais pregar uma pegadinha daquelas novamente, ou eu estaria em apuros.  Enquanto eles iam embora da casa de Becky, eu me perguntava: "O que eles queriam dizer com ‘não encontraram nada lá dentro?’". Voltei lá pra dentro, e para minha surpresa, todo mundo estava na sala de estar, exceto Jessie. Perguntei onde ela estava, e Becky simplesmente respondeu: "Não sei, me diga você, eu não a vejo desde a noite que você veio cuidar das crianças.”

ALGUMAS IMAGENS DO JOGO... E AI, TEM CORAGEM?!






18/08/2012

Sonic the Hedgehog 2 - Sound Test

No jogo Sonic the Hedgehog 2, para Mega Drive, vá no menu de opções, e dentro no sub-menu "Sound Test", digite o seguinte código: 73, 6C, 65, 6E, 64, 65, 72, 6D, 61, 6E, 00.

Depois de fazer isto, segure o botão A, e aperte Start para reiniciar o jogo. Pule todas as telas, sempre mantendo o A pressionado (não muito diferente do código para desbloquear a seleção de fases) o tempo todo, até você selecionar a opção “1 Player “. Note que não haverá nenhum som de confirmação, por isso, se nada de anormal ocorrer, desligue seu console, e tente novamente. Se ainda assim não funcionar, provavelmente sua cópia do jogo não é a versão correta. Até agora, somente as versões 1,05 & 1,07 permitem que este “encontro” aconteça.

A versão 1.10 removeu este "segredo" que, de fato, ficou inacessível, ou completamente ausente das versões finais do jogo. O motivo da adição disto ainda é desconhecido; é horripilante, e não modifica em nada o resto do jogo, além da novidade de “apagar” o Sonic do cartucho, caso você continue jogando sem desligar o console. O tal código não parece funcionar quando você tenta jogar com Tails sozinho.


Unhas

Há um ou dois anos atrás, comecei a notar uma coisa muito estranha acontecendo com meu carro; uma superstição, ou como você quiser chamá-lo. Quando eu estava no banco do motorista, sempre verificava se havia alguém nos bancos de trás, embora apenas à noite (meu trabalho normalmente terminava em diferentes horas da noite). Muitas pessoas fazem isso, provavelmente por causa de histórias como "O Gancho", aquela sobre o motorista de caminhão piscando suas luzes para uma mulher desconhecida, sem motivo alguem. Mas, eu tinha uma boa razão para isso, e, assim como as lendas, tudo começou com uma história.

De volta quando eu estava no grupo de escoteiros, todas as crianças contavam lendas urbanas, tentando assustar os nossos amigos. Mas as melhores histórias vinham de nossos pais. Talvez porque os ouvimos mais atenciosamente, ou porque eles estiveram vivos por tempo o suficiente para saber como cativar um público. Ou, pode ter sido porque sempre havia alguma verdade (mesmo que às vezes somente uma pequena pitada de verdade), para fazer com que tudo aquilo soasse muito real para crianças como nós.

Eu me lembro de uma vez que estávamos acampados muito tarde na floresta. Minha tropa estava se preparando para uma "corrida de revezamento de inverno." Foi somente depois que eles nos disseram para irmos pra cama, que eu abri meu saco de dormir apenas o suficiente para ouvir o que o meu pai estava dizendo para os pais de meus colegas escoteiros. A história se passava quando meu pai ainda trabalhava no Hospital Beth Israel, na década de setenta. Ele estava contando sobre uma sala de queimaduras que havia lá; ele se lembra de ter visto algumas celebridades por lá, famosos até mesmo fora da área de Boston. Ele descreveu que, quando sua pele arde no fogo, ela deixa de agir como pele, e passa a agir mais como uma espécie se “substância cerâmica”. A parte mais assustadora era olhar as fotos das vítimas da maneira como eles eram antes, e como haviam ficado depois das queimaduras. Era especialmente assustador olhar para as celebridades quando você já sabia suas aparências anteriores às queimaduras.

Meu pai só falava sobre aquela sala de queimaduras com os outros pais. Eu nunca ousei perguntar a ele, com medo de talvez levar um tapa na cabeça por ficar acordado até tarde. De qualquer maneira, todos nós ficávamos até tarde para ouvir as histórias mais assustadoras de todos eles. Havia três atributos dessas histórias que eu me lembro: Primeiro, ele só contava as histórias da sala de queimaduras quando estava frio (aquele frio comum da Nova Inglaterra, onde você podia sentir o cheiro da neve que vinha). Frio o suficiente para ver nossas respirações, mas não a ponto de precisarmos cancelar nossos acampamentos. Em segundo lugar, os olhos dos pacientes, o que a maioria das pessoas não pensam. Para elas, os olhos são basicamente “colados”, pela pele que escorre para fora e se reconstrói na base das pálpebras. Às vezes, os médicos tentam erguer as pálpebras para abri-las, mas na maioria das vezes, seus olhos literalmente “explodem”.

E a terceira coisa que meu pai mais conseguia lembrar, não era o cabelo ou os olhos, mas sim suas unhas. Suas mãos eram as únicas coisas que ele tinha que tocar, na distribuição de medicamentos. A verdade, é que as células que formam as unhas nunca são reformadas corretamente depois de estar sob calor o suficiente para dar queimaduras de terceiro grau em todo o corpo, mesmo depois de se curar. A integridade das unhas fica fraca e frágil, mesmo depois de anos e anos da recuperação do resto do corpo da vítima. Meu pai disse que quando ele limpava a sala, ele encontrava dezenas e centenas de unhas quebradiças que compunham o lixo no chão.

Agora, de volta à minha superstição antes de começar a explicar minha história. Ultimamente, tenho encontrado unhas nos meus bancos traseiros mais e mais vezes. As unhas, obviamente, vinham de um ser humano, mas tinha certeza de que não vinham de mim. A primeira coisa que eu pensei foram meus clientes; tenho trabalhado em uma facilidade para idosos há cerca de dois meses, e às vezes eu tinha que levar meus clientes no meu carro. No começo, pensei que eles provavelmente estariam agindo preguiçosamente e não os jogando fora, ou simplesmente queriam deixar uma bagunça nojenta como um meio de conseguir um aumento infantil das pessoas.

Isto é, até o dia em que fui pouco cuidadoso, e vi alguém tentando abrir a porta de trás do carro. Estava escuro, e quando gritei para ele, ele olhou para mim e imediatamente fugiu em direção a floresta. Eu gostaria de poder dizer que não consegui dar uma boa olhada em seu rosto. Afinal, foi isso que eu disse para a polícia quando contei sobre a invasão. Mas eu vi o seu rosto, se é que você poderia chamá-lo de rosto. É difícil explicar agora, apesar de conseguir vê-lo claramente em minha cabeça. O rosto não é difícil de descrever por causa de meu medo na hora, mas sim, por causa das graves queimaduras no homem.

Ele não tinha orelhas, nem olhos, nada além de uma boca aberta, uma boca que parecia desproporcionalmente grande para o resto de sua cabeça, provavelmente porque era a única coisa que dava algum contexto natural ao homem (ou coisa). Apesar disso, a boca era o suficiente para expressar o medo do homem; o medo, ao tomar conhecimento que eu havia interrompido seus planos. Todo mundo já ouviu essas histórias assustadoras sobre o homem com um gancho, ou sobre o motorista do caminhão piscando suas luzes sem motivo aparente. Essas histórias ainda se espalham para todas as novas gerações de motoristas. Antes deste incidente, eu provavelmente riria delas, assim como você. Não precisa necessariamente de um homem com uma faca para fazer com que alguma pessoa comece a olhar atrás de suas costas, assustada. No meu caso, só me bastou uma visita à ala de queimados do Hospital Beth Israel, quando descobri que muitos pacientes estavam desaparecidos...

Cuidado com as unhas.


15/08/2012

Besouro


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Caso Psicótico - Distúrbio mental violento - Nº: 318
Registrado Na 16ª D.P de SP, São Paulo, Vila Clementino para transferência do detento de solitária para sanatório mais próximo e mais rápido o possível. Detento com tendências suicidas. Segue anexado em documento informações e registros.

Nome: Aldo Pereira Coutinho
Idade: 18
Nível do Distúrbio: Grave

Registro digitado a partir do relato gravado em áudio da parte do paciente, para futuros estudos:

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"Meu nome é Aldo. 18 anos. Não sei se devia ou não estar aqui, não faço idéia mesmo. Sei que me deixaram com essa merda de gravador ligado e me disseram pra contar o que aconteceu. Não sei de mais nada, sinceramente, se mereço ou se quer estar vivo, mas por falta do que fazer, ou falta de opção, vou contar o que me lembro dessa merda toda.

Começou do jeito mais comum o possível, algo que me parecia idiota a princípio provou ser bem mais sério do que eu imaginava. Voltava do jogo de futebol com o pessoal, e quando passamos perto dos arbustos do caminho, ouvi muitos sons de grilos, besouros, insetos em geral. E vi vários, também. Haviam muitos para ser normal. Tomei um puta de um susto e pulei para trás, mas ainda assim um veio voando na minha direção, um besouro verde escuro, do tamanho de uma bola de gude.

Me debati e esperniei, acertei quase todo mundo com socos e pontapés pra me livrar do besouro, mas ainda assim o filho da puta sumiu da minha visão sem ser morto. Ainda ouvia o barulho dele, mesmo com todos gritando e perguntando se tinha enlouquecido. Me acalmei aos poucos e fui me levantando, me apoiando no chão, quando olhei para minha mão no asfalto e vi um relevo, do tamanho de uma bola de gude, por debaixo da minha pele.

Gritei, sacudi a mão e tampei o relevo. Ofeguei e relutei até tirar a mão de cima, mas quando o fiz, estava tudo bem. Nenhum sinal de caroço absurdo sob a pele. Só uma sensação incômoda de algo estar errado. Todo mundo me encarando estranho e rindo de mim. No caminho de volta até minha casa, vim conversando e citei o arbusto cheio de insetos. Ninguém mais tinha visto nem ouvido inseto algum. Ri. Não sei de que, mas ri. Resolvi só esquecer.

Fui tomar meu banho, bem mais tranquilo, quando notei que meu nariz sangrava. Fiquei muito assustado e sem entender direito a situação. Num instinto, fiquei olhando para o sangue, sem saber o que fazer. Então começou o inferno. Um zumbido, bem baixo, daqueles que moscas, mosquitos ou pernilongos fazem quando passam perto do seu ouvido. Agoniante. Esbofetiei meus ouvidos para afastar seja lá o que fosse, mas não sumia. O som começou a aumentar.

Cai no chão do banheiro e comecei a chorar feito uma moça... Não sabia o que fazer, só doia em meus ouvidos e ficava cada vez mais alto. Comecei a gritar e me debater. Então vi mais uma vez. Na minha barriga, o relevo, o caroço, o maldito inseto por debaixo da minha pele. Em segundos me levantei, me debati e quebrei a porta de vidro do box, cortando meus dedos no processo, tentando me livrar do inseto que corria por debaixo da minha pele por todo meu corpo. Todo. Meu. Corpo. Quando comecei a vomitar por não aguentar mais ver aquilo, meu Pai já havia entrado no banheiro acompanhado de minha Mãe. Ela já chorava mesmo sem saber o que acontecia, por ter visto minhas mãos cheias de sangue e o box destruído... Meu Pai me conteve e me sentou na privada. Me perguntou que porra estava acontecendo. Chorei, chorei, engasguei e desmaiei.

Acordei em meu quarto, com curativos nas mãos e um médico saindo, apertando a mão do meu Pai e dizendo que ficaria tudo bem. Que havia sido apenas um ataque, talvez hormonal ou emocional. Relativamente comum entre jovens sob tanta pressão como eu provavelmente era...

Quando meu pai voltou para meu quarto e ouvi o barulho da ambulância indo embora, fingi dormir e esperei ele fechar a porta. Assim que ele saiu eu me levantei e procurei no meu corpo pelo maldito. Não achei em lugar algum, e também não ouvia o zumbido. Deveria estar tranquilo, mas o silêncio mortal daquela parte do bairro e o tic-tac do relógio só me agoniavam de modo estranho.

Deitei. Divaguei. Conversei comigo mesmo sobre minha situação. Não fazia o menor sentido. Andei pelo meu quarto e mexi nas minhas coisas. Relaxei, me senti melhor. Minhas mãos nem doíam tanto, só quando dobrava os nós dos dedos ou cerrava os punhos...

Me sentei na cama, bem mais relaxado depois de um dia tão estranho. Domingo. Ainda eram duas da tarde. Meu Pai entrou no quarto e eu logo disse que queria falar sobre o que aconteceu mais tarde, mas que estava tudo bem. Ele entendeu e me ofereceu um lanche. Aceitei, e em minutos ele voltou com uma bandeja, com pão, manteiga, queijo e suco. Agradeci e bebi o suco. Ele saiu do quarto. Olhei para a bandeja, respirei fundo e senti uma pontada no peito.

Me joguei para trás e vi o besouro debaixo da minha pele de novo. Agora não tinha mais medo dele. Tinha raiva. Ia matar ele. Vi ele descendo até perto da minha cintura, me joguei e peguei a faca de serra que veio com o pão e depois de pensar duas, três, quinze vezes, enfiei a faca no começo da minha virilha, bem rente ao maldito, que não se mexeu. Quando comecei a cortar a pele ao redor para tirar ele de mim, meu pai abriu a porta de novo.

'Puta que pariu, moleque!'. No susto, olhei para ele, e quando olhei de volta, o besouro havia sumido. Só havia um semi círculo na minha virilha e bastante sangue. 'Caralho, moleque, caralho!', gritou meu Pai. Olhei para ele com medo, não dele, e sim do que vi no rosto dele. Bem do lado do seu olho, o besouro. Entrou pela fresta do globo ocular e se fixou acima. Um calombo acima do olho do meu Pai. E ele não reagiu, parecia não sentir nada, sequer notar algo invadindo seu rosto. Não pensei duas vezes.

Voei com a faca no rosto do meu Pai, que esquivou, cortei um pouco de sua testa. Me desarmou com um soco, que logo devolvi, bem no meio do rosto, em cima do besouro. 'Agora você tá fudido, moleque'. E eu levei a maior surra da minha vida. Não conseguia encarar meu Pai enquanto apanhava. O besouro havia mudado ele, mudado seu rosto. Era como uma máscara vermelha com expressões exageradas... terrívelmente doentio.

Lembro de minha Mãe tentando conter ele e de desmaiar de novo.

Acordei preso com algemas e dentro de um cubículo preto. Com novos curativos. É... era uma solitária. Ouvi mais uma vez uma conversa, dessa vez, de um homem com minha Mãe. 'Precisamos manter ele aqui, senhora, enquanto a ambulância do sanatório não chega. É pela segurança de todos, principalmente, a dele mesmo'. Ouvi minha mãe chorar e seu choro se afastar nos corredores.

A mais ou menos uma hora atrás vieram me amarrar com cordas para evitar qualquer movimento. É... eu estive me jogando contra as paredes desde que ele voltou a aparecer sob minha pele. Podia escutar ele andar pelos meus músculos, tendões, juntas. Indiscritivelmente nojento.

Me amarram. Só posso observar e sentir enquanto eles rastejam sob minha pele. Sim, não é só mais um. Ele colocou... Colocou ovos debaixo da minha pele, e alguns já se abriram. Vários circulam pelo meu corpo e mais estão por vir, das dezenas de ovos que ele pôs...

...Acho que quero morrer...

...Por favor...

...Me matem..."

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Observações médicas adicionais: Série de hemorragias internas de caráter e origem desconhecidos. Paciente contorce o corpo em movimentos involuntários enquanto chora. Não dorme, não come, não urina ou defeca normalmente.

São Paulo, SP, 11/03/2011.



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Caso Psicótico - Distúrbio mental violento - Nº: 319
Registrado Na 16ª D.P de SP, São Paulo, Vila Clementino para transferência do detento de solitária para sanatório mais próximo e mais rápido o possível. Detento com tendências suicidas. Segue anexado em documento informações e registros.

Nome: Fernando Rael Nunes
Idade: 23
Nível do Distúrbio: Grave

Registro digitado a partir do relato gravado em áudio da parte do paciente, para...



Fonte: Fornit Some Fornus

14/08/2012

Nenhuma alma deixada para trás


"O que é isso?"

"Vamos ouvir."

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Gravação de áudio ativada.
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Data da gravação: 21/12/2102
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Aqui fala... Aqui fala o Tenente Coronel Joseph Hunningan, Comandante da centésimo-sétimo batalhão, cavalaria, Fuzileiros da Federação Unida.

A quem quer que interesse, antes que eu prossiga, deixe-me pedir desculpas por estar gravando em um aparelho que provavelmente vai desaparecer logo.

Se você for humano, então deve saber da situação. Vou recapitular só para o caso de qualquer informação que eu possua lhe seja útil.

Se você é um deles... então saiba que um dia, talvez não logo mas um dia, o que vocês fizeram a esse planeta vai ser feito ao de vocês. O que vocês fizeram aqui, o caos que trouxeram, será retribuído, dez vezes pior.

A sete meses atrás, a aproximadamente as 13:37 G.M.T, o pessoal da U.F.S.A recebeu uma transmissão de uma localização desconhecida próxima a maior lua de Saturno, Titã.

A transmissão era falada em inglês fluente.

Ela dizia: "...Seres da Terra. Nos dirigimos a vocês agora para que quando o tempo chegue vocês talvez tenham alguma chance de sobrevivência. Seu planeta, o que chamam de Terra, é um dos poucos corpos celestes em sua galáxia, a qual chamam Via Láctea, farto de recursos. Somos seres, que, como vocês, precisamos de recursos para sobreviver. Viremos até a Terra. Levaremos seus recursos. E nós não deixaremos...".

A transmissão acabava ali. Meses se passaram e nada ocorreu. O planeta todo estava aflito, cada país totalmente militarizado, cada maldita bomba nuclear na existência estava pronta para destruir o que quer que se aproximasse a mais de 30 kilômetros da atmosfera.

Achamos que o planeta finalmente veria paz após décadas de guerra. Acreditávamos que a Guerra do Fim teria sido a última que a humanidade teria visto. Depois de perdermos toda a China e metade do Japão na Guerra do Fim devido a radiação, julgamos que a terra viveria longos períodos de paz e prosperidade. A humanidade finalmente havia aprendido que a paz era a verdadeira chave para a prosperidade... e ao que parece, estávamos errados. Peço desculpas por ficar enrolando, tenho pouco tempo.

Após meses de espera por uma invasão alienígena, as coisas começaram a acalmar.

Então eles vieram.

Não em um número grande, nem em incontáveis naves.

Só uma.

Uma única nave, com a altura do Empire State e a largura de um campo de futebol americano. Pousou no sul da África do Sul. O mundo ficou sem ação, assustado, e no mais, curioso. Nenhum satélite detectou-os, nenhum telescópio os viu, nenhuma pessoa escutou... Até que pousou. Não saíram robôs com armas marchando de dentro, nada números imensos de alienígenas grotescos nem nada assim. Só uma coisa. Parecia humano.... Era humano... Pelo menos parecia muito. Até notarmos furos do lado do seu pescoço e estranhos anéis ao redor de seu pulso. Usava um robe branco e tinha a cor de pele marrom clara.

Não era humano.

Quando saiu da nave, a Federação Unida já havia o rodeado de fuzileiros. Graças a Deus eu estava em Nova York e não na África.

Não falou nada. Tudo que fez foi andar até o lago próximo da rampa que descera da nave e colocar a mão dentro da água. Os círculos no seu pulso alargaram e sugaram uma substancial parte da água, água o suficiente para que o lago, que não era tão grande assim, perder meio metro de profundidade. Ninguém fazia idéia de como aquilo era possível.

O que aconteceu a seguir foi inacreditável.

A criatura começou a sugar uma imensa quantia de ar, e logo após exalou um gás pelos buracos do lado do pescoço. Foi como o ar que sai de nossos pulmões em lugares frios, como uma fumaça. A única diferença é que a nuvem que se formou era do tamanho de um elefante e até que ele parasse de exalar a fumaça, se passaram dois minutos.

Ninguém falou nada, ninguém se mexeu, ninguém sabia o que fazer.

Após a criatura terminar de exalar, começou a se engasgar. Tossiu violentamente e cuspiu pedrinhas. Milhares de pedrinhas do tamanho de moedas.

Depois disso, a criatura re-entrou na sua nave e a rampa se fechou, fechando o único acesso à enorme estrutura negra.

Imediatamente foi instaurada quarentena na área para observação. Observação essa que mostrou que as pedrinhas eram compostas de hidrogênio. Só hidrogênio.

Pode não parecer assustador, mas deixe-me explicar. Eu era professor de química na faculdade do exército e sei que hidrogênio sólido só pode ser obtido quando o mesmo é contido em uma área e que a temperatura dessa área seja menor que 260 graus Celsius negativos. E nem temperaturas de 816 Celsius conseguiam derreter as pedrinhas.

A mesma área em quarentena foi diagnosticada com uma quantia anormal de oxigênio.

A primeira hipótese foi que seja lá o que aquela criatura fez, ela converteu a água aos seus dois elementos básicos. Hidrogênio e Oxigênio. Muitos disseram que era impossível porque oxigênio criado nunca é igual ao encontrado na terra, mas a estrutura atômica das pedrinhas era igual à do hidrogênio encontrado na terra. Também era mais sólido que diamante e mais leve que titânio.

Ninguém fazia idéia com o que estávamos lidando.

A nave permaneceu imóvel por 35 dias. Na próxima vez que a nave abriu a rampa, três criaturas iguais saíram de dentro. A essa altura a humanidade já julgava a outra aparição só como uma amostra de poder, já estávamos impacientes. Saíram e assim que chegaram ao chão, ergueram os braços, e não responderam à ordem dos fuzileiros para ficarem onde estavam e não se mexerem. Bateram as palmas e um campo negro cobriu 2 quilômetros quadrados ao redor de onde eles estavam.

Nada sólido, líquido, gasoso e sequer a luz conseguia atravessar o campo. Se manteve lá por três dias. Ninguém que estava dentro do campo quando ele surgiu conseguiu sair. De súbito, após os três dias, as 7:30 G.M.T., o campo sumiu, em menos de um segundo. Junto com o campo, também haviam sumido as pessoas que estavam nele. 73 pessoas desaparecidas. Todos que estavam no campo haviam sumido. Nenhum traço de sua existência, nada. Só se manteve lá a nave e os três seres. Idênticos... Os três... Os três com sorrisos em seus rostos.

Naquele momento deveríamos ter agido. Deveríamos ter feito algo. Sacrificado a África do Sul com todas as bombas atômicas existentes e matar aqueles filhos da puta, talvez pudessemos ter sobrevivido.

O que aconteceu a seguir marcou o fim.

No dia seguinte as 7:40 G.M.T. um flash de luz ao lado da nave chocou todo o mundo. Após o flash se apagar, o que se enfileirou ao lado da nave foi terrível.

73 corpos no chão. Cada corpo estava sem roupas e sem armas. Após cada corpo ser examinado, descobriu-se inalteração. Tudo estava normal... E elas ainda estavam vivas. Não respondiam mais a estímulos e não tinham reações nervosas. Nenhum sinal de atividade cerebral, nada que os humanos considerem "vida". Mas os corpos ainda tinham um coração pulsando sangue e respiração perfeitamente funcional...

O incidente, posteriormente chamado de "O Buraco Negro", foi o início do fim, e ninguém queria aceitar isso.

A partir da semana seguinte, situações similares ao "Buraco negro" ocorreram no mundo todo. Imensos pedaços de terra, agora dúzias de vezes mais que dois quilômetros quadrados, eram cobertos pelo campo negro por toda a Terra. Os "Buracos Negros" apareciam por três dias, e após sumirem, deixavam todos em um estado de vida... sem vida. Algo pior do que vegetar.

Bombardeamos a nave com nossas bombas nucleares, mas após cada explosão, quando a poeria baixava, lá estava a nave. Imóvel, intacta.

Nessa época muitas religiões surgiram, transformando os seres em Deuses. Os seguidores acreditavam que as almas das pessoas capturadas nos buracos era levados ao céu, ou ao purgatório, ou para a terra da felicidade eterna. Típico Messianismo catastrófico.

Nos meses seguintes, os Buracos consumiram praticamente todo e qualquer pessoa deste maldito planeta...

Acho que não tenho muito mais tempo de gravação...

Estou sentado aqui no escritório do prédio da central da Federação Unida em Nova York. Está tão solitário... Não vejo uma pessoa viva faz semanas. Os corpos fazem da cidade uma grande lixeira humana. Não faço idéia do porque sobrevivi tanto tempo. Estive a metros de ser engolido por um Buraco, mas escapei diversas as três vezes... Porque ainda estou vivo?

Os corpos dos que foram afetados pelos buracos são horríveis, mas o que piora a situação mil vezes mais, são os corpos dos suicidas... Incontáveis corpos destroçados. Milhões que se mataram com medo do que aconteceria nos Buracos. Cada rua está pintada com restos humanos, sangue, corpos vivos vegetando, sujos desta imundice, alguns magros de desnutrição, sujos dos próprios detritos... É como estar no Inferno.

Acho que não aguento mais viver.

Seja lá quem estiver escutando isso tudo... Adeus. Adeus e boa sorte. E lembrem-se... se acham que estão seguros de seja lá o que for que está lá fora no infinito do universo... Vocês estão muito errados...
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Gravação de áudio desativada.
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"Tolas criaturas elas eram."
"Sim, mas tiveram o 'fim' necessário. Mande a mensagem para o próximo planeta. Não é muito longe daqui. Iniciemos a próxima colheita."

A transmissão foi ao ar e capturada pela estação espacial do próximo planeta na sua língua fluente.

Dizia: "Seres de Monotath. Nos dirigimos a vocês agora para que quando o tempo chegue vocês talvez tenham alguma chance de sobrevivência. Seu planeta, o que chamam de Monotath, é um dos poucos corpos celestes em sua galáxia, a qual chamam Sarcil, farto de recursos. Somos seres, que, como vocês, precisamos de recursos para sobreviver. Viremos até Monotath. Levaremos seus recursos. E nós não deixaremos nenhuma alma para trás".

13/08/2012

Creepypasta dos Fãs: Doce Dacy


Ela me parou e começou a contar:

“Eu era nova na vizinhança e tinha me divorciado recentemente. Enquanto eu terminava de desempacotar as coisas da mudança, minha filha de sete anos brincava no pátio. Eu tinha acabado de me mudar para um casebre em uma cidadezinha deserta.  Não tinha uma vizinhança muito... Próxima... Isso se é que eu possa dizer que existia uma vizinhança... A distancia de uma casa para outra era grande.

Ao entardecer eu já tinha acabado de desempacotar as coisas da mudança , então, chamei minha filha pra dentro. Ela apareceu com um sorriso reluzente estampado no rosto e estava histericamente feliz. Os lindos olhos verdes brilhavam de tanta felicidade. Ela me disse que uma senhora muito velha havia passado e tinha lhe presenteado com uma boneca. Ela me mostrou a boneca e não era uma coisa tão ruim. A boneca era encantadora. Ela tinha cabelos ruivos, lisos, longos até a cintura. Suas mãos tinham uma textura tão... agradável... Sua pele era alva, macia, sedosa.  A boneca era linda, porém, eu não pude deixar de notar que faltavam algumas partes no corpo da boneca, ela não tinha dedos nos pés, nem dentes, mas o mais notável para mim: Ela não possuía olhos.”

— Moça, eu não tenho tempo para ouvir histórias. Se não se importa, tenho que ir trabalhar. —Interrompi a moça.
A moça pediu-me um pouco mais de atenção e disse que não gastaria muito meu tempo. Então sentei-me na calçada, ao lado da moça que havia me parado no meio do caminho do meu trabalho e ela continuou com sua história:

“—Dacy! — Disse minha filha — O nome dela é Dacy! Foi a velha que me disse.
—Então vá por a Dacy no sofá. Está na hora de tomar banho.
Minha filha pôs a boneca no sofá, em frente à TV e foi tomar banho no andar de cima. Enquanto eu preparava o jantar ouvi minha filha gritar no andar de cima. Larguei tudo o que eu estava fazendo e corri desesperada em direção ao banheiro. Quando cheguei lá minha filha estava encolhida no canto e apontando para a parede.
— UMA ARANHA!!! Mata, mãe, por favor!
Eu matei a aranha e acalmei minha filha, deixei ela no banheiro pra terminar o banho e desci para terminar a janta. Quando cheguei à cozinha tudo estava como eu havia deixado, exceto a boneca que estava jogava no chão próxima à geladeira e havia uma faca no chão próxima à boneca. Ignorei. Tudo ocorreu normalmente no resto do dia. Na hora de dormir eu pus minha filha na cama e a boneca ao lado dela e fui pro meu quarto. Minutos depois de eu ter deitado, pude ouvir risadas vindo do quarto de minha filha. Levantei-me e fui ver o que estava acontecendo. Ao me aproximar do quarto, pude ouvir minha filha agradecer. Ela simplesmente disse “Obrigada”. Chegando ao quarto de minha filha, eu a vi sentada no chão em frente à boneca.
— A Dacy disse que meus olhos são lindos, mamãe.
— Oras filha... Ela nem tem olhos... Como ela poderia te enxergar?
— Não sei. Ela só disse...
Coloquei minha filha na cama e a boneca junto a ela.  Durante a madrugada fui acordada por uma voz doce:
— Posso dormir com você? Tive um pesadelo.
— Tá bem.
Senti suas pequenas e frias mãos em minha perna, subindo pela cama. Ela pôs-se abaixo dos lençóis, deitou-se atrás de mim e me abraçou.
Quando eu acordei, eu estava sozinha na cama. Fui checar no quarto dela. Ela estava deitada em sua cama e a boneca estava jogada ao chão. Deixei minha filha na cama, dormindo, e saí pra comprar coisas pro café da manhã. Não havia problema em deixá-la sozinha, pelo menos era o que eu achava. Quando eu voltei, minha filha estava na cozinha com uma faca apontada pro seu olho.
— FILHA!—Berrei enquanto corria pra tirar a faca das mãos dela e a abraçava— O QUE ESTÁ TENTANDO FAZER???
— A Dacy. Ela pediu meus olhos emprestados. Mas tudo bem. Ela vai me devolver depois.”

—Espera, senhora... Isso é verdade?— Eu estava cada vez mais intrigado
—Calma, deixe-me terminar. —Disse a senhora. — “ Eu peguei a boneca furiosamente e a joguei na lixeira em frente à minha casa. Nesse momento uma senhora muito velha passou e disse:
—Dacy não gosta de ser ignorada.
Ela não disse mais nada, apenas caminhou até desaparecer entre a névoa matinal que cobrira aquele lugar. 
Durante a noite eu acordei com som de passos pela casa. Os pisos de madeira rangiam e os passos quebravam o silêncio da madrugada com um eco que percorria todo o andar de cima. Levantei-me para checar e os sons dos passos sumiram. Quando fui ao quarto de minha filha elas estavam lá sentadas na cama.
—MAS O QUE DIABOS ELA ESTÁ FAZENDO AQUI? PORQUE VOCÊ A TROUXE DE VOLTA? — Reclamei com minha filha.
—Não fui eu, mãe. Não fui eu.
Nossa, que clichê. Quão burra sou eu ao ponto de deixar de acreditar em minha filha? Eu apenas a deixei no quarto com a maldita boneca e fui dormir. Na mesma madrugada, pouco mais tarde, fui acordada por uma voz doce:
—Posso dormir com você? Tive um pesadelo.
Eu já estava morta de sono, e sem nem pensar, respondi:
— Claro.
Ela, da mesma forma, deitou-se atrás de mim, abraçando-me. Quando acordei, eu estava sozinha na cama novamente. Era sexta feira e minha filha iria passar o final de semana com o pai. Logo após o café da manhã eu a levei para a estação ferroviária e voltei pra casa.
Eu estava incomodada. Aquela aberração estava ali. Sentada no sofá, como se estivesse me monitorando. O fato d’ela não ter olhos me agonizava.  Só de olhá-la já me provocava calafrios. Eu tinha que ver o que havia de errado com aquela boneca. Minha curiosidade era imensa. Peguei a boneca, carreguei-a. Ela era mais pesada do que eu pensava. Acho que a raiva não me deixou perceber seu peso na primeira vez que a carreguei.  Os orifícios onde deveriam estar os olhos eram profundos. Grandes buracos profundos e de cor vermelha, e por dentro, parecia ser... carne...”
—Mas era uma boneca, minha senhora! — Exclamei confuso
—Deixe-me terminar. — Disse a velha.
“ Resolvi procurar mais bizarrices. Virando e revirando as camadas e mais camadas de seu vestido. Pareciam aquelas roupas das mulheres de época. Na perna esquerda tinha uma mancha na pele, similar a um sinal de nascença de uma sobrinha minha que faleceu ainda criança. Até hoje não sei o motivo de sua morte. Ao subir mais a minha mão por debaixo do vestido, senti um pequeno volume na área da virilha. Subi o vestido dela, eu estava espantada, era uma cicatriz enorme que a rodeava toda a perna. Eu larguei a boneca no chão imediatamente e dei as costas. Ouvi um ruído e quando virei para checar, a boneca já não estava mais lá. Ouvi um grito de pavor e medo vindo do andar de cima. Fiquei na sala, tentei me distrair, ouvi musicas, assisti TV, mas nada tirou minha mente da maldita boneca.
Eu subi as escadas e fui em direção ao meu quarto. Eu estava morta de sono e precisava dormir. Antes de me deitar, procurei pela boneca. Assustei-me ao vê-la sentada na cama de minha filha. Tranquei a porta do quarto de minha filha e fui dormir.
Durante a madrugada, fui acordada por uma voz doce:
—Posso dormir com você? Tive um pesadelo. ”

—ESPERA SENHORA! — Interrompi a velha — Mas sua filha não estava com o pai?
—Pois é, meu jovem... Foi tarde demais quando eu notei isso...
“Ela subiu em minha cama e deitou-se atrás de mim, abraçando-me. Quando me dei conta do que estava acontecendo, pulei da cama, gritando, horrorizada, saí de meu quarto correndo e ao olhar pra trás só pude ver a maldita boneca sorrindo. Eu saí de casa desesperada. Passei a noite na estação ferroviária, sem dormir. Aquela estação deserta, escura e imunda era mais segura do que minha casa com aquele monstro lá dentro.
Pela manhã meu celular tocou. Era meu ex-marido:
— Oi. Sou eu. É que ocorreu um imprevisto e eu não poderei ficar com nossa filha nesse final de semana. Onde você está? Eu já estou em sua casa.
— Eu estou na estação há um bom tempo. Como agente não se viu aqui?
—Eu vim de carro cm um amigo meu. Olha, eu estou atrasado pro meu compromisso. Posso deixar nossa filha aqui com a amiguinha dela te esperando?
Eu já estava aflita e não conseguia mais pensar em nada. Minha alma tremeu quando ele falou isso... Minha filha não tinha nenhuma amiga naquela cidade.
—Amiguinha? Que amiguinha? — Perguntei quase entrando em desespero.
— É uma ruivinha, do tamanho dela. Ela usa umas roupas meio estranhas, tipo de época... Engraçado... Ela ta usando uns óculos-escuros igual ao que eu te dei no verão retrasado.
—SAIA DAÍ COM A NOSSA FILHA AGORA!
Eu larguei o celular e corri o mais rápido que pude em direção a minha casa. Embora, quando cheguei foi tarde demais. Meu ex-marido estava morto, ensanguentado, Minha filha, próxima à cozinha, no chão, ensanguentada e seus olhos haviam sido arrancados. A boneca, bem... Ela não estava mais lá. ”
— Chega, senhora. — Interrompi novamente a velha que me contava a história — É demais pra mim.
— Tudo bem. Pode ir. Desculpe o incômodo.
Eu fiquei um pouco nervoso e perturbado sobre a história que a senhora havia me contado. Resolvi ir pra casa. Eu não estava com mente pra trabalhar... Quando cheguei em casa, minha filha correu em minha direção. Ela tinha uma boneca em mãos. A boneca era encantadora. Cabelos ruivos, lisos longos até a cintura, pareciam ser reais. Sua pele era alva, macia, sedosa. Ela tinha um lindo par de olhos verdes que brilhavam. A boneca era linda, porém eu não pude deixar de notar que lhe faltava algumas partes no corpo. Mas o mais notável, pra mim, ela não tinha dentes.
—Foi uma velha que me deu essa boneca. Ela disse que o nome da boneca é Dacy.


Escrito/ Enviado por: Mateus